seg, 21 de julho de 2025

Variedades Digital | 19 e 20.07.25

Focinhos gelados, corações quentes

Os cães Lucky e Maia fazem parte do time de policiais no combate ao tráfico de drogas (Foto: Elis Regina;/AP)

Como são escolhidos e como trabalham os cães policiais

O Brasil e o mundo têm acompanhado o trabalho de resgate na cidade de Brumadinho em Minas Gerais e um dos destaques dessa grande operação de resgate de vítimas e corpos de vítimas tem sido dos bombeiros e dos cães policiais e dos bombeiros. O trabalho dos “agentes de quatro patas” mostrou o valor e a importância desses animais para as forças de segurança e resgate.
Nessa reportagem, o leitor irá conhecer um pouco a história da Maia e do Lucky, dois cães farejadores, um da Brigada Militar e outro da Polícia Civil e a importância do trabalho deles para as forças policiais na cidade, além de saber como é feito o treinamento e a importância dele para a formação desses verdadeiros agentes policiais.
O Escrivão da Polícia Civil, Marcos André é o responsável pelo Lucky, um Border Collie que foi treinado para se tornar um cão farejador. Marcos que possui a formação de “condutor de cão farejador” conta que tudo começou como uma brincadeira e curiosidade. Lucky era e ainda é um cão de família, de pátio, todavia, Marcos começou a ver a potencialidade do seu cão e passou a desenvolver um treinamento com ele a partir das dicas de amigos policiais. Lucky tinha um ano e oito meses quando começou o treinamento, hoje, o cão ganhou uma profissão e destaque na Polícia Civil, participando de operações e exercendo um papel importante no combate ao tráfico de drogas.
Mas Lucky foi um cão especial que fugiu à regra. O Soldado Dutra, responsável também pelo Canil da Brigada Militar conta que os cães são escolhidos ainda pequenos, momento em que eles começam a demonstrar aptidões para o trabalho. Um dos testes iniciais é separar os filhotes da mãe quando eles ainda não abriram os olhos, colocá-los numa distância de dois a três metros e observar quem chega primeiro à mãe, isso demonstra que o cão é bom de faro já bebê, característica que poderá ser aperfeiçoada com muito treinamento.
Depois da seleção, é preciso iniciar um treinamento sério, intenso e contínuo. Dutra conta que para o cão o trabalho é como uma brincadeira e exatamente por isso que quando os animais não estão participando de operações, é preciso manter uma rotina de trabalho para que o cão não esqueça ou perca a concentração.
O cão tem que ter uma genética boa, ou mesmo ser filho de cães que já trabalham para as forças policiais, geralmente das raças Labrador, Pastor Belga Malinois e Border Collie. É observado no cão a sua atividade, foco e vivacidade.
Na Brigada Militar, o destaque, contudo, é para um cão mestiço que se apresentou como um dos melhores na função de cão de guarda e que foi doado quando tinha dois anos de idade. Dutra lembra que além de alguns cães serem especiais, a qualidade do treinamento prepara o animal para um serviço de excelência na segurança, seja com cão de guarda ou farejador no caso da cadela Maia.
O Lucky (Pol. Civil) foi uma descoberta que começou como brincadeira. Até a idade de um ano e oito meses ele era um cão de casa, de pátio, mas o escrivão Marcos André começou a ter curiosidade sobre o treinamento e preparação porque enxergou o potencial de Lucky. Foi a partir de pesquisas, vídeos e dicas de amigos da Segurança Pública que André preparou Lucky e agora ele faz parte da Polícia Civil, muito embora ele ainda continue sendo o cão da família (apenas com mais responsabilidades).

O treinamento

Os policiais contaram que o cão farejador em nenhum momento é viciado, “não há vício em nenhuma substância, o cão não tem contato com a droga ou explosivo, por exemplo, o que fazemos é contar uma mentira para o cachorro e associar o seu brinquedo preferido com o cheiro da substância que queremos que ele procure”, disse Dutra.
Tudo começa com a escolha do brinquedo, que pode ser um cano PVC, uma bolhinha, uma trança de cordas, etc., qualquer brinquedo, o que o cachorro escolher é o que será usado para o resto de vida de trabalho do cão, que na verdade será uma grande brincadeira.

Na operação, como funciona?

Quando o cão é levado para alguma Operação, ele sabe que a “brincadeira” vai começar. O Condutor mostra o brinquedo e o esconde do cachorro, é quando ele recebe o comando para iniciar a busca. O cão foi treinado para associar que o seu brinquedo sempre se esconde em lugares onde exista o odor de alguma droga, substância ou mesmo armamento, e que pode estar em qualquer lugar. O cão inicia uma busca pelos chamados “cones de odores” e investiga cada cantinho do local onde está sendo feita a operação. O Condutor o acompanha e quando o cão sinaliza que encontrou “o seu brinquedo”, ele sinaliza raspando o local ou latindo, imediatamente o condutor entrega o brinquedo para o cão, que foi iludido em considerar que havia encontrado o seu brinquedo, mas na verdade ele encontrou a fonte do cheiro da droga ou substância que ele foi treinado.

Confinamento

Dutra ainda conta que os cães da Brigada Militar vivem no canil, cada um no seu Box e que este “confinamento” faz parte do treinamento, embora eles brinquem e tenham seu momento de lazer. “O confinamento é importante para o treinamento, justamente para que o cão entenda que o quando ele está numa Operação real, ele trabalhe bem, porque aquele será o seu lazer, o momento de achar o brinquedo”, explica. Quando não estão numa Operação ou fechados nos boxes, o mais importante é que eles estejam treinando, praticando aquilo que eles fazem numa atividade real.
Para o Lucky, o treinamento funciona diferente, ela sabe que “não precisa encontrar o brinquedo”, porque ele está com o Policial André, e que o jogo é fazer uma troca. O cão fareja e encontra a fonte do odor e em recompensa ele ganha o brinquedo.

O serviço canino

Os cães trabalham em média oito anos, mas podem chegar a servir até dez anos se tiver um físico bom e manter sempre a rotina de treinamento, o que mantém o cão sempre apto para participar das Operações. O serviço na Brigada ou mesmo na Polícia Civil está totalmente ligado ao treinamento e rotina do cão, ele é fundamental para manter o cão sempre 100% para o trabalho.

Operações marcantes

Para o Soldado Dutra uma Operação marcante da cadela Maia foi justamente a sua primeira ação onde ela também teve êxito. A equipe estava numa busca e apreensão e não encontrava os entorpecentes, foi quando a Maia foi chamada para a sua primeira ação e ela teve êxito. Para Dutra que está há 10 anos trabalhando com o Canil esta foi a certeza que o trabalho e o treinamento estavam sendo bem feitos.
Para Marcos Andre a ação mais marcante do Lucky foi quando chamados para uma Operação o cão ficava dando voltas e voltas na casa. André teve certeza que a droga estaria escondida nas frestas da casa, mas nada era encontrado. André conta que já estava perdendo a paciência quando o Lucky fugiu e correu em direção a proprietária da casa que estava sentada há uma certa distância com um bebê nos braços. Lucky ficou estático olhando para a criança. André conta que pediu desculpas para a senhora e alertou que o cão estava apenas curioso com o bebê, já que nunca tinha visto um. Foi quando a equipe percebeu que era a segunda vez que Lucky corria na direção da senhora e resolveram fazer uma busca pessoal na senhora. A droga estava escondida no peito da mulher que usava o bebê para proteger o volume.
As duas ações contadas pelos agentes de segurança mostram o apoio e importância dos cães para o serviço da segurança pública, assim como em Brumadinho para o resgate de vítimas e recuperação de corpos em meio à lama.
“Precisamos confiar no cão, ele estará sempre certo” – Marcos André.
A equipe do Canil da Brigada Militar é composta também pelos soldados Elder e Marcelo que trabalham junto com o soldado Dutra.

Morre Preta Gil aos 50 anos

Filha de Gilberto Gil, artista lançou seis álbuns. Ela estava em tratamento contra um câncer no intestino

Equipe Santanense se Destaca em Competição Estadual de Capoeira

Porto Alegre, RS – O II Jogos Estudantis Abertos de Capoeira – Abadá movimentou o Ginásio do Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE), em Porto Alegre, no último sábado, 19 de julho. O evento, idealizado pelos professores “Véio” e “Coelha”, reuniu centenas de estudantes do ensino fundamental de escolas públicas e privadas da Capital, Região Metropolitana, interior do Estado, e

RESUMO-002 NOTÍCIAS DO DIA – ANO 9 n° 3164

Dia 19 de Julho de 2025, Sábado DATAS COMEMORATIVAS Dia da Caridade Dia da Junta Comercial Dia Nacional do Futebol TEMPERATURA E INDICADORES FINANCEIROS ⛅ Mín 14° Máx 31° (Cuiabá-MT) 💵 Dólar Com ⬆️ 0,73% R$ 5,58 💶 Euro ⬆️ 0,94% R$ 6,49 📊 Ibovespa ⬇️ 1,61% 133.381 pts 🪙 Bitcoin ⬇️ 0,7% R$ 657.433,79 💲IPCA ⬆️ 0,24% Junho de