sáb, 20 de abril de 2024

Variedades Digital | 13 e 14.04.23

Cinema x Preconceito

Call Me ByYourName – Me Chame Pelo Seu Nome – 2017 – Luca Guadagnino

O cinema possui uma capacidade enorme de emocionar. Já havia comentado sobre isso. A emoção toma conta de quem assiste o filme, à medida que a história avança e você vai se identificando com os personagens ou a unidade do filme como um todo é capaz de te emocionar. Entendo que não existe o certo e o errado quando se trata de sentir o filme e se emocionar com ele, seja entendendo sua unidade, seja se identificando com a história. Entendo que ambas as situações são válidas, mas gostaria de fazer menção a forma de entender a unidade do filme. Pois muitas vezes vamos nos deparar com histórias que são afastadas da nossa realidade pessoal e, apesar de ser a realidade de outras pessoas, não temos como nos identificar imediatamente com a história. Acredito que isso se torna possível mediante sua sensibilidade.

Carol – 2015 – Todd Haynes

Conforme você assiste filmes e vai aumentando sua sensibilidade ao vê-los, fica mais fácil entender sua unidade, independentemente de se identificar ou não. E por que digo isso? Sinto que nos falta empatia nos dias de hoje. Não nos colocamos na posição do outro. Não fazemos a pergunta: e se fosse comigo? O cinema pode auxiliar nisso, desde que você esteja disposto a sentir empatia pelo próximo. A indústria cinematográfica, como grande parte da sociedade, de maneira geral, sempre foi muito machista e conservadora. Histórias sobre a comunidade LGBTQ+, histórias sobre a comunidade pobre, histórias sobre violência, histórias sobre as pessoas com transtornos, histórias sobre diferença de classes, pouco tinham espaço até poucos anos atrás, mas essa realidade está mudando. E somente através da empatia e da sensibilidade poderemos garantir que essas histórias sigam sendo contadas.

Brokeback Mountain – O Segredo de Brokeback Mountain – 2005 – Ang Lee

Vou destacar um exemplo que, ao meu ver, parece pertinente. Eu não acredito que O Segredo de Brokeback Mountain não foi o grande vencedor do Oscar no seu ano. Na verdade é muito errado isso não ter acontecido. Não é tão errado quanto triste, pois as razões que motivaram os votantes da Academia a não escolher este como Melhor Filme, são razões preconceituosas. A temática do filme não agradou os votantes machistas da época. Como um filme com temática homossexual vai ficar na história como o melhor filme do ano? Como que não? É a minha pergunta! Essa foi a razão? Não interessa o conteúdo do filme? A mensagem que o filme traz? A forma como o filme é feito? A frase “o amor é uma força da natureza” estampava os cartazes de divulgação do filme, pois essa era a principal mensagem passada pela história. Minha intenção é apenas deixar uma reflexão sobre o assunto. Não há espaço para preconceito na sociedade moderna e as artes são importantes para melhorar esse contexto. Não pretendo forçar ninguém a assistir filmes que não gostam, apenas acredito que há possibilidade de pensar o filme com outra perspectiva. Que possa ser possível afastar os preconceitos e apreciar uma boa obra cinematográfica.

 

Mainardi defende que metade sul abrigue centro estratégico de energia limpa no estado

Em agendas nos últimos dias 15 e 16 em Pamplona, na Espanha, os deputados Luiz Fernando Mainardi (PT) e Valdeci Oliveira (PT), juntamente do empresário bajeense Sérgio Barbieri, do Diretor do Setor de Eólicas do Sindienergia-RS, Guilherme Sari, e do consultor de negócios da empresa Nordex Energy Brasil, Robertson Brito, estiveram reunidos com representantes da Nordex, empresa que fabrica turbinas,