qui, 28 de março de 2024

Aplateia Digital | 23 e 24.03.24

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Sob nova direção, Casa do Bem ganhará novo local em Livramento

Delise Montenegro é a nova diretora do acolhimento municipal e promete mudanças

Desde o fim do mês de janeiro, a Casa do Bem, entidade municipal responsável pelo acolhimento de crianças e adolescentes de Sant’Ana do Livramento, está sob nova direção. Delise Montenegro assumiu a função e promete mudanças. Em entrevista ao Jornal A Plateia, nessa semana, ela garantiu que o seu objetivo é mudar a imagem que as pessoas têm sobre o local. “O nosso objetivo é que as crianças e adolescentes se vejam como crianças normais que são, e que possam cuidar um pouco da sua autoestima. Também peço que a sociedade enxergue a Casa do Bem, não como um problema da cidade, mas como o espaço que acolhe crianças e adolescentes que em algum momento precisaram da atenção do município”, disse.

Delise lembrou que desde 2017, quando a Casa foi inaugurada, vários casos negativos como crianças que abandonaram o acolhimento, mancharam a imagem do trabalho realizado no local. “A casa já passou por vários momentos, alguns não tão bons e hoje mais voltado à questão mais humana da Casa. Tivemos momentos ruins em que a casa foi vista de uma maneira muito preconceituosa, e a gente está tentando mudar a imagem que muitos tem”. A diretora complementou que os casos de crianças que ainda deixam o acolhimento. “Quando eles saem da casa, nós dizemos que eles abandonaram a medida protetiva. As pessoas, às vezes têm uma ideia de que eles devem ficar presos. Mas eles não estão presos, pelo contrário, eles têm total liberdade como qualquer adolescente.

Hoje temos quatro adolescentes lá, entre 12 e 17 anos, que praticam esportes, fazem cursos profissionalizantes, podendo ter autonomia para quando saírem da casa como manicure, maquiagem, informática. Também estamos em busca de vagas para o Programa Jovem Aprendiz para quem tem idade para isso”, confirmou. “A ideia é fazer com que a casa tenha um ambiente familiar saudável. Fazer com que eles se sintam acolhidos e a vontade lá é o nosso objetivo. Hoje a visão do juiz (da Infância e Juventude) é muito boa, que é de não misturar na Casa crianças com os dois perfis. Hoje, a Casa tem mais o perfil de vítimas e não de agressores”, finalizou.