O relato de mortandade de abelhas mundo afora por consequências das mudanças climáticas, ou pela ação do homem, já é bastante conhecido de todos nós e preocupa especialistas do mundo todo. No Brasil, e no Rio Grande do Sul, há casos, nos últimos anos, de muitos produtores que relataram a morte desses insetos atrelados a má utilização de agroquímicos em lavouras inclusive. Em Sant’Ana do Livramento que é um dos maiores produtores de mel do país vários casos foram registrados.
Um deles é do produtor e apicultor Sergio Pires que possui registro na Associação Santanense de Apicultores e na Secretaria de Agricultura. Segundo ele, em 2019, cerca de 100 colmeias foram perdidas. Conforme o apicultor no dia 23 de setembro de 2019 ele foi fazer a colocação de “melqueiras” em um apiário de sua propriedade localizado na Adalgiso Ferreira, próximo à lagoa do Faeco. Naquela ocasião, acabou encontrando todo o apiário morto. “Ao averiguar foi-me dito por populares que naqueles dias foi colocado veneno com um trator em um parreiral próximo ao local. Fato que ocorreu nos dias 20 e 21 de setembro daquele ano. Na minha interpretação este foi o motivo da mortandade das abelhas”, destaca.
Sérgio Pires comenta que logo após o fato procurou os meios legais para fazer a denúncia indo até a Inspetoria de Defesa Agropecuária que fez a coleta das abelhas, porém naquela oportunidade foi informado que o resultado laboratorial demorava bastante para ser divulgado. O Apicultor diz que além do prejuízo econômico a morte dos insetos gera um desequilíbrio entre a flora e a fauna.
Além de comunicar os órgãos competentes assinou um ato declaratório de denúncia ambiental no Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura, pela inscrição 0028/2019, denunciando o fato e uma ocorrência policial número 5336 de 2019, registrada na Delegacia de Pronto Atendimento. “Nós fomos lá. O pessoal da Inspetoria foi junto e fez a coleta. Mas até hoje não saiu nenhum resultado”, disso.
O apicultor comenta que somente neste ano já foi várias vezes na Inspetoria de Defesa Agropecuária, mas que não obteve resposta. “Essa situação é complicada. Porque até hoje não temos nenhuma resposta. Dá uma vergonha de andar batendo nas portas”.


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