Em coletiva de imprensa, Polícia Civil detalhou participação do suspeito preso em flagrante. Brigada Militar garantiu continuidade do cerco que busca a captura de outros três suspeitos.
O policial militar aposentado preso em flagrante no sábado (27) é suspeito de prestar apoio logístico e ceder sítio para servir de esconderijo ao grupo que atacou uma agência bancária na última quarta-feira (24) em Porto Xavier, no Norte do Rio Grande do Sul. Segundo a polícia, o assalto foi planejado 15 dias antes.
Em coletiva de imprensa na tarde deste domingo (28) em Campina das Missões, o delegado responsável pela investigação do caso detalhou a suposta participação do ex-policial no crime.
“A investigação mostrou até agora que esse PM aposentado prestou apoio logístico, fez todo o levantamento do banco, a movimentação da Polícia Civil, da Polícia Militar, dando apoio prévio também, cedendo um sítio que ele tem lá em Porto Xavier. Foi nesse sítio que essa quadrilha ficou sitiada durante alguns dias até a prática do roubo”, explica o delegado Heleno dos Santos.
A polícia chegou ao PM aposentado após efetuar a prisão do primeiro suspeito, que conseguiu fugir do cerco, pegar um ônibus e chegar até a rodoviária de Porto Lucena, cidade onde acabou preso. Lá, o homem foi atrás de comida e água e acabou sendo denunciado por moradores. Foi ele que delatou os demais.
Antes do ataque ao banco, dois galpões de cebola em Porto Xavier tiveram seus cofres furtados. A polícia acredita que esses crimes tenham sido praticados pela mesma quadrilha, já que o grupo precisava de dinheiro para adquirir armamento.
Sobre a morte do soldado da Brigada Militar Fabiano Heck Lunkes no dia seguinte ao crime, a polícia disse durante a coletiva que as circunstâncias ainda vão ser investigadas e que seria muito cedo apontar a autoria do disparo.
Na manhã deste domingo, um suspeito também foi morto em confronto com a polícia. De acordo com a Brigada Militar (BM), o homem, cuja identidade não foi divulgada, tentou escapar do cerco policial que está montado em Campina das Missões desde o dia do assalto.
Ainda na coletiva, a polícia afirmou que esse suspeito que foi morto não se trata de um ex-policial militar, informação que vinha circulando na comunidade. A idade do homem varia de 30 a 40 anos.
“Nós temos feito rodízio de efetivo, o efetivo é o mesmo, os locais de fechamento são os mesmos e a atenção continua sempre a mesma até conseguirmos êxito total na missão”, garante o comandante regional da BM, tenente coronel Alexandre Britte.
A polícia ainda busca outros três suspeitos na mata, que estariam armados com fuzis, revólveres e pistolas. Segundo a BM, 150 policiais estão envolvidos na operação. As buscas ocorrem diariamente a partir das 6h até o anoitecer.
A polícia pede que a comunidade comunique qualquer movimentação ou fato estranhos na cidade.