A segurança na região central de Sant’Ana do Livramento tem sido questionada por comerciantes da Rua Rivadávia Corrêa, que relatam uma série de arrombamentos e assaltos. O caso da Odonto Company, que sofreu o terceiro assalto em um curto período, serve como um exemplo da vulnerabilidade enfrentada pelos estabelecimentos após o fechamento.
Átila Menezes, sócio-proprietário da Odonto Company, relatou que o último incidente ocorreu na madrugada do dia 25, às 5h18. O criminoso conseguiu levar material de trabalho e itens de escritório. Nos assaltos anteriores, o prejuízo foi maior, incluindo a perda de um celular. “Passam arrombando ali, parece que nada é feito”, relatou Menezes.
A Rotina dos Assaltos
O padrão dos crimes sugere que os assaltantes agem com conhecimento da rotina de segurança da área. Segundo o comerciante, a presença de segurança privada (o “guardinha”) se encerra às 5h da manhã. “Até às cinco horas fica o guardinha, né? Aí o guardinha vai embora às cinco horas, o cara fica até às seis, seis e meia, sete horas pra roubar. Aí é sempre esse horário, sempre às cinco horas, cinco e meia, eles vão lá roubar, porque já sabe que não tem segurança, nem o particular, que é o guardinha, que fica até às cinco horas e nem polícia”, observou Menezes. A repetição dos assaltos, mesmo após a instalação de proteções e o registro de Boletins de Ocorrência (BOs) com vídeos dos criminosos, gera um sentimento de indignação entre os comerciantes.
“Sabe, isso aí que indigna, é uma falta de respeito, a gente pega, paga todas as coisas, imposto, tudo, e três vezes é assaltado, três vezes”, desabafou o sócio-proprietário.
O caso da Odonto Company, que já havia investido em medidas de proteção após os incidentes anteriores, ilustra a dificuldade dos comerciantes em garantir a segurança de seus negócios. A situação na Rua Rivadávia Corrêa aponta para uma falha na segurança geral da região, exigindo uma reavaliação das estratégias de policiamento e vigilância no período noturno e de madrugada.
