Jornal A Plateia – Rádio RCC – Santana do Livramento

ter, 23 de dezembro de 2025

Resumo de terça-feira – 23/12/2025

Foto: Cedida
O texto abaixo está em

Edição de Chico Bruno

 

Manchetes dos jornais

 

O GLOBO – Em crise, Correios tem o índice de entregas no prazo às vésperas do Natal

 

FOLHA DE S.PAULO – Disputa entre Lula e Flávio pode reeditar eleição da rejeição de 2022

 

O ESTADO DE S.PAULO – Sem caixa, um terço das cidades está em atraso com fornecedor

 

Correio Braziliense – Operação remove invasores após ataque na Asa Norte

 

Valor Econômico – Inflação baixa na China ajuda a segurar preços de bens industrializados no Brasil

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importante do dia

 

Beco sem Saída – A crise financeira dos Correios tem deteriorado o serviço ao longo do ano e, na véspera de Natal, a taxa de entregas feitas em dia caiu para menos de 70%. O objetivo da empresa é cumprir o prazo em pelo menos 96% dos casos — em janeiro, segundo fontes do Correios, a média diária foi de 97,7%, um número que vem caindo ao longo do ano. A paralisação de funcionários em cidades como São Paulo, Rio e Belo Horizonte agravou a situação. Quadro aumentou a demanda por transportadoras privadas.

 

Reedição – Se o senador Flávio Bolsonaro (PL) mantiver sua candidatura ao Planalto em 2026, irá reeditar com o presidente Lula (PT) a guerra de rejeições da corrida eleitoral de 2022, avaliam políticos e estrategistas de campanha. Na última eleição presidencial, Jair Bolsonaro (PL) saiu derrotado. Flávio já tenta mudar o roteiro se apresentando como uma versão moderada do pai. Publicada na semana passada, a mais recente pesquisa Genial/Quaest animou bolsonaristas por mostrar Flávio logo atrás de Lula em intenções de voto no primeiro turno. No cenário com Tarcísio de Freitas (Republicanos), presidenciável preferido do centrão, o governador de São Paulo sai com 10%, enquanto Flávio aparece com 23%, e Lula, com 41%. O levantamento, porém, mostra um dado crucial que pesa contra o filho de Bolsonaro: 60% dos entrevistados dizem que não votariam em Flávio. É a maior rejeição entre todos os cotados —Lula tem 54%, Tarcísio, 47%, Ratinho Júnior (PSD), 39%, Ronaldo Caiado (União Brasil), 40%, e Romeu Zema (Novo), 35%. Integrantes do PL admitem à reportagem que, se confirmada a rejeição na faixa de 60% nas próximas pesquisas, será muito difícil o senador se tornar viável. Para o professor de comunicação política na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Beto Vasques afirma esperar uma eleição de rejeições, decidida por diferença de poucos pontos percentuais.

 

Caixa furada – Pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que uma em cada três prefeituras brasileiras está em atraso com fornecedores e não terá recursos suficientes para quitar despesas em 2025. O levantamento mapeou a situação fiscal de 4.172 cidades (75% do total do País). Segundo a CNM, os prefeitos estão com a folha de pagamento dos servidores em dia, mas assumiram novas obrigações com programas sociais e políticas públicas, muitas delas criadas pelo governo federal e aprovadas pelo Congresso. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, cita o piso salarial dos enfermeiros, o programa Mais Médicos e a implantação de escolas em tempo integral como exemplos de ações que aumentaram as despesas dos municípios sem que a arrecadação e os repasses federais cubram os custos.

 

Insegurança no DF – O estrupo e espancamento de uma mulher debaixo de um bloco da SQN 411 provocou comoção e assustou moradores da área nobre de Brasília, que relatam sensação de insegurança na região. Rafael Silva Lima, 19 anos, foi preso pelo crime e está na Papuda. Ele foi detido horas após a barbárie numa invasão da 611 Norte, palco de outras ocorrências de violência. Com apoio da Polícia Militar, equipes do GDF fizeram uma ação para retirada de barracos, com a remoção de 35 estruturas ilegais. “Aquela é a maior invasão da Asa Norte e concentra muitos dos crimes da região”, explicou o comandante do 3º Batalhão da PMDF, tenente-coronel Michello Bueno. O mi litar explica que as equipes intensificaram o policiamento após o caso. “Sabíamos que eles tentariam voltar aos poucos para a ocupação. Por isso, demos continuidade à ação e, se for preciso, vamos retornar. Esse crime foi um caso isolado, mas não pode acontecer de forma nenhuma, com ninguém”. A vítima do ataque recebeu alta do hospital ontem.

 

Ajuda chinesa – A queda da inflação neste ano no Brasil contou com a ajuda da China, além do próprio movimento de valorização do câmbio, na esteira de um dólar mais fraco no mercado global. O país asiático tem “exportado deflação” para o mundo, um cenário que pode se estender para 2026, segundo economistas. O Bradesco estima que, ao longo de 2025, a importação de bens industriais chineses tirou 0,2 ponto percentual, em média, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) trimestral de bens industrializados. “Consideramos esse valor relevante, dado que a média do IPCA de bens industriais no período analisado é de 1,3% ao trimestre”, afirma Paula Magalhães, economista do Bradesco.

 

Gilmar não vê necessidade de código de conduta – Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes sustentou, ontem, que não vê necessidade da criação de um código de conduta para os integrantes da Corte. Segundo ele, existem regras claras do Conselho Nacional de Justiça (STF) que dizem respeito à ética dos magistrados dos tribunais superiores. Em conversa com jornalistas, Gilmar também afirmou ter “absoluta confiança” no ministro Alexandre de Moraes, diante das críticas envolvendo o escândalo do Banco Master. Na semana passada, o presidente do STF, ministro Edson Fachin, declarou que a proposta de criação de um código de conduta está sob “gestação” e com expectativa de resolução no ano que vem. Gilmar afirmou que não se opõe à criação de normas, disse não ver necessidade. “Eu não sou contra. Se entender que é necessário consolidar…, mas nós já temos as regras todas aí. Se quisermos, inclusive, podemos dizer: adota-se o código de ética da magistratura nacional, do CNJ (Código Nacional de Justiça) e ponto final”, argumentou. Na conversa, Gilmar declarou ter “absoluta confiança” na atuação imparcial do ministro Alexandre de Moraes no STF. Ele também afirmou não acreditar que Dias Toffoli e um dos advogados do caso do Banco Master tenham tratado de qualquer assunto além de futebol durante uma viagem que fizeram juntos ao Peru.

 

Senador colherá assinaturas para uma CPI – O senador Alessandro Vieira (MDB) afirmou que vai coletar assinaturas, após o recesso par lamentar, para a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) voltada a investigar denúncias envolvendo um contrato entre o Banco Master e o escritório da família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o parlamentar, o acordo, estimado em R$ 129 milhões, estaria “fora dos padrões da advocacia” e envolve ainda suspeitas de “atuação direta do magistrado” em favor da instituição financeira.

 

Fundo Eleitoral reacende discussão sobre gastos – Aprovada pelo Congresso no Orçamento da União, a ampliação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para um patamar que deve superar os R$ 6 bilhões nas eleições gerais de 2026 consolida uma trajetória de crescimento acelerado desde a criação do mecanismo, em 2017. E reforça o debate sobre o custo do sistema político brasileiro e os limites do financiamento público de campanhas. Instituído pela Lei nº 13.487/2017, o Fundo Eleitoral surgiu como resposta à decisão do Su premo Tribunal Federal (STF) que proibiu doações de pessoas jurídicas para campanhas. Nas eleições gerais de 2018 — que marcam a sua primeira aplicação —, o montante autorizado foi de cerca de R$ 1,7 bilhão, o que foi considerada, à época, uma solução transitória para compensar a retirada abrupta do financiamento empresarial do processo eleitoral. Dois anos depois, nas eleições municipais, o fundo foi ampliado para aproximadamente R$ 2 bilhões, por decisão do próprio Congresso, durante a tramitação da Lei Orçamentária Anual. Já em 2022, o salto foi expressivo: o FEFC alcançou cerca de R$ 4,9 bilhões, consolidando-se como a principal fonte de recursos das campanhas e ampliando as críticas sobre o impacto fiscal e a concentração de verbas nas grandes legendas. O patamar elevado foi mantido nas eleições municipais de 2024, novamente próximo de R$ 4,9 bilhões. Agora, para 2026, parlamentares discutem uma nova ampliação, com projeções que ultrapassam os R$ 6 bilhões.

 

Ministro cobra mais recursos – O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mudou de posição e passou a concordar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública, caso avance no Congresso a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do tema. A avaliação foi feita em entrevista ao Valor Econômico, publicada ontem. Ao defender a volta da pasta, Lewandowski afirmou que a mudança só fará sentido se vier acompanhada de uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade e de um reforço significativo de recursos federais. Segundo ele, sem “verbas substanciais”, o novo ministério tende a ser ineficaz.

 

Prisão domiciliar a Heleno – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu, ontem, prisão domiciliar humanitária ao general Augusto Heleno, condenado a 21 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. Conforme antecipado pelo Correio, a defesa do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) pediu o benefício argumentando o diagnóstico de Alzheimer, o que foi, agora, comprovado. Ao conceder a prisão domiciliar, Moraes citou o resultado do laudo médico oficial elaborado por peritos da Polícia Federal. Segundo os médicos, Heleno apresenta “quadro demencial” em estado inicial, e a manutenção no regime fechado poderia piorar a saúde do general.

 

Veto à dosimetria deve sair até 8 de janeiro – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará do veto ao projeto de lei (PL) da Dosimetria um “ato político” para rememorar os três anos dos ataques de militantes bolsonaristas contra as sedes dos Três Poderes em Brasília. A informação foi confirmada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), em entrevista a uma rádio baiana. Na entrevista, o parlamentar recordou que a intenção de trans formar o veto em um ato político já havia sido mencionada por Lula durante a última reunião ministerial, realizada na semana passada, quando o presidente chegou a pedir que os ministros estivessem em Brasília na data para participar da cerimônia, nos moldes do evento realizado este ano.

 

Eduardo e Ramagem sem passaporte – A Câmara cancelou os passaportes diplomáticos dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). Os dois foram comunicados do ato um dia após a publicação, no Diário Oficial, da cassação dos seus mandatos. O informe foi repassado aos ex-parlamentares por meio de ofícios assinados pela Chefia do Serviço de Passaportes e Vistos da 2ª Secretaria da Mesa Diretora. Emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, o passaporte diplomático é concedido a autoridades brasileiras e funcionários do serviço exterior.

 

Ninguém mete a colher – Os deputados distritais do Partido Liberal afirmaram que não irão assinar o requerimento de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco de Brasília (BRB) na Câmara Legislativa do DF. Segundo eles, a recusa se deve ao fato de o pedido ter sido apresentado pelo PSol, além de manterem o apoio à base do governo de Ibaneis Rocha (MDB). Parlamentares da esquerda se movimentam para uma investigação sobre a tentativa de compra do Banco Master pela instituição.

 

Em planejamento – Não foi batido o martelo para a criação das chapas de José Roberto Arruda (PSD) e do senador Izalci Lucas (PL) na disputa pelo Governo do Distrito Federal. Os pré-candidatos não definiram quem serão seus respectivos vices. Izalci também tenta permanecer no partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas, caso a sigla mantenha o apoio à vice-governadora Celina Leão, o parlamentar poderá mudar de legenda. As alternativas são: Republicanos ou União Brasil.

 

Lá em Minas – Para o marqueteiro Leandro Grôppo, que fez as duas campanhas de Romeu Zema (Novo) ao governo de Minas Gerais, as eleições mineiras podem surpreender no próximo ano, assim como ocorreu em 2018. Com a esquerda sem um candidato definitivo e o vice-governador Mateus Simões (PSD) trabalhando nos bastidores para ser o único nome da direita, o especialista observa que sobra uma avenida inteira aberta para uma terceira via.

 

Para relembrar – Naquele ano, de um lado o então governador petista Fernando Pimentel, pensando em não dividir os votos da esquerda, acabou demovendo o ex-prefeito da capital Márcio Lacerda (PSB) de disputar o cargo. De outro, Antonio Anastasia, à época senador pelo PSDB, negociou a retirada da candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD), que era do DEM, em troca de uma vaga na chapa ao Senado. Correndo por fora, Zema bateu os dois no primeiro e no segundo turno.

 

Aposta no interior – O prefeito reeleito de Patos de Minas e presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Luís Eduardo Falcão, emerge como um “fato novo” com potencial para sacudir a sucessão mineira em 2026. Sem partido e empunhando a bandeira municipalista, Falcão já aparece com 3% na pesquisa F5 Atualiza Dados, empatado com o vice-governador Mateus Simões — um desempenho expressivo para quem acaba de entrar no radar estadual e ainda é bastante desconhecido do eleitorado mineiro.

 

Mágoa compartilhada – As recentes operações da Polícia Federal têm deixado o Congresso Nacional preocupado com a imagem perante a sociedade. Da esquerda à direita, a maioria concorda que os políticos saem, de 2026, “machucados” diante dos desdobramentos das investigações da PF.

 

Em alta – A Polícia Federal é avaliada como uma das instituições mais bem conceituadas do Brasil, com alta confiança da população. A última pesquisa, realizada pela Atlasintel, em fevereiro, revelou que 53% dos brasileiros confiam na instituição, principalmente em atuações contra a corrupção e o crime organizado.

 

Novo ministro – Toma posse, hoje, o novo ministro do Turismo, Gustavo Feliciano. Filho e indicado do deputado Damião Feliciano (União-PB), o nome foi uma reivindicação da bancada governista do União Brasil na Câmara. Nos bastidores, há quem diga que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), também participou da negociação com o objetivo de acenar para o governo.

 

Ficou sem nada – Os parlamentares do União Brasil, de Antônio Rueda, avaliam que Celso Sabino pode ter sido “sacaneado” ao ser demitido do Turismo. O ex-ministro lutou para ficar na gestão de Lula, o que causou sua expulsão da legenda. Em seguida, acabou exonerado e ficou sem um cargo para chamar de seu.

 

Brasil conciliador – Entre analistas do Itamaraty e de órgãos internacionais de direitos humanos, existe a avaliação de que o Brasil, atualmente, é o único país da América do Sul que poderia frear a escalada militar dos Estados Unidos sobre a Venezuela. Esse papel, seja bilateral, com Donald Trump, seja de diálogo com Nicolás Maduro, seria possível, graças ao bom momento na relação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o republicano. Recentemente, eles trocaram afagos após a revogação do tarifaço. O petista não descarta reunir seu time para tentar solucionar a crise. Além da importância regional histórica, o governo federal mostrou que é independente e que consegue resolver seus dilemas econômicos e comerciais com os EUA na base do diálogo. Para os diplomatas, o caminho de não se acovardar rende frutos.

 

Veto a jabuti – O Congresso Nacional está irritado após o Palácio do Planalto sinalizar que deve vetar um “jabuti” de R$ 1,9 bilhão em emendas parlamentares, incluído em um projeto de lei. O Centrão alega que a inclusão foi fruto de um acordo com o governo, enquanto parlamentares do PT tentam se afastar do chamado “orçamento secreto”. A decisão gerou desconforto entre governistas, Centrão e oposição, com divergências sobre a responsabilidade do dispositivo. O STF já suspendeu temporariamente o artigo, alegando inconstitucionalidade por falta de transparência.

 

Tarcísio troca farpas com Mercadante – O governador Tarcísio de Freitas inaugurou o primeiro trecho do Rodoanel Norte em São Paulo, ligando as rodovias Fernão Dias e Presidente Dutra, após 13 anos de obras. Com 24 km, o trecho utiliza pedágio free flow, e a conclusão total do Rodoanel está prevista para 2026. A obra enfrentou atrasos e problemas de corrupção, sendo uma vitrine política para diversos governos estaduais.

 

Boicote conservador a comercial da Havaianas gera perdas milionárias -A Alpargatas, controladora da Havaianas, viu suas ações perderem R$ 200 milhões após boicote liderado por políticos conservadores a um comercial estrelado por Fernanda Torres. O vídeo, considerado uma indireta à direita, gerou descontentamento, com figuras como Eduardo Bolsonaro descartando as sandálias em protesto. Nikolas Ferreira também criticou a campanha, que resultou em queda de 2,56% nas ações.

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