Jornal A Plateia – Rádio RCC – Santana do Livramento

seg, 22 de dezembro de 2025

“Distribuição vai ser no Brasil inteiro ao mesmo tempo”, diz ministro da Saúde sobre vacina contra a dengue

Alexandre Padilha assinou, na sexta-feira, contrato de aquisição de mais de um milhão de doses do imunizante produzido pelo Instituto Butantan

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A nova vacina contra a dengue produzida pelo Instituto Butantan deve começar a ser distribuída até o final de janeiro. A informação foi confirmada neste sábado (20) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que está em Porto Alegre e concedeu entrevista exclusiva para Zero Hora.

Na sexta-feira (19), o ministro assinou, em São Paulo, o contrato de aquisição da primeira leva do imunizante, que será aplicado em dose única. A previsão é de que o instituto distribua mais de um milhão de doses até o final mês que vem.

Segundo Padilha, ainda não há um quantitativo definido para cada Estado, mas serão priorizados os profissionais da atenção primária de saúde.

— A distribuição vai ser no Brasil inteiro ao mesmo tempo. Com essa entrega, que vai ser feita pelo Butantan até o final de janeiro, vamos poder começar a vacinação nos profissionais de atenção primária em saúde, que são aquelas pessoas que visitam as famílias, que atendem as pessoas nas unidades básicas de saúde e que são o primeiro atendimento quando há um caso de dengue. Então, é muito importante que estejam protegidas — afirmou o ministro.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, adquiriu essas primeiras doses da vacina contra a dengue ao custo de aproximadamente R$ 368 milhões.

— Quando o Butantan for entregando mais doses, vamos vacinar o conjunto da população, começando por pessoas de 59 anos e descendo — acrescentou.

Outros anúncios

O ministro está na capital gaúcha para anúncios sobre programas do governo federal na área da saúde. Entre eles, investimentos em tratamento contra o câncer e iniciativas que visam a redução de fila de atendimentos do SUS, como o Agora Tem Especialistas e o projeto Terceiro Turno.

Pela manhã, Padilha visitou o local onde será construído o novo centro de imagem e diagnóstico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). As obras do prédio de nove andares começarão em janeiro. Chamado de Centro de Apoio ao Diagnóstico e Terapia (CADT), o novo prédio vai ofertar exames e procedimentos para a rede de saúde de Porto Alegre e Estado.

A estrutura vai funcionar junto à sede do GHC e oferecer serviços como exames de imagem, análises laboratoriais, radiontervencao, endoscopia e hemodiálise, totalizando mais de 700 mil procedimentos por ano.

Questionado sobre o tempo de espera no Rio Grande do Sul, que chega a até 800 dias em casos de cirurgias, Padilha afirmou que o problema é estrutural e global, mas foi agravado no país pelos efeitos prolongados da pandemia:

— Esse é um problema do mundo todo. E no Brasil foi agravado por uma pandemia que durou mais do que deveria. Durante mais de dois anos, exames, cirurgias e acompanhamentos foram interrompidos. Isso criou um grande represamento que ainda pressiona o sistema público e o privado.

Para enfrentar a questão, o ministro destacou três frentes principais: ampliação do acesso do SUS à estrutura privada, formação e distribuição de especialistas, e investimento em tecnologia e gestão das filas.

Uma das novidades, segundo ele, é a obrigatoriedade de Estados, municípios e hospitais alimentarem os sistemas do Ministério da Saúde, o que permitirá uso de inteligência artificial para priorizar pacientes conforme a gravidade clínica.

Padilha mencionou a inauguração recente de um novo serviço de radioterapia no GHC que, segundo ele, já reduziu significativamente o tempo de espera na Capital, permitindo que pacientes iniciem o tratamento em até 30 dias após a indicação médica, conforme o prazo recomendado.

— A redução do tempo de espera é a nossa principal métrica. É um trabalho permanente, porque é o problema que mais faz a população sofrer — ressalta.

Com início em junho, o programa Terceiro Turno foi anunciado no GHC com a promessa de realizar cerca de 14 mil cirurgias eletivas na rede hospitalar do grupo em até um ano. Segundo o ministro, o serviço já agilizou cerca de 40% dos procedimentos, com meta mantida até junho do ano que vem e intenção de manter o Terceiro Turno de forma fixa a partir de 2026.

Segundo o diretor presidente do GHC, Gilberto Barichello, a meta está mantida.

— Já fizemos, nos primeiros seis meses, 7 mil procedimentos. Agora, deve aumentar a média do mês porque o Hospital Criança está mais liberado após o período de inverno.

A projeção do ministério é ultrapassar 14 milhões de cirurgias eletivas em 2025, em parceria com Estados, municípios e hospitais filantrópicos.

Dentro do programa Agora Tem Especialistas, também iniciado em junho, o titular da Saúde anunciou que o ministério, por meio do GHC, vai contratar equipes para atuarem por três meses em hospitais com espaços ociosos, com blocos cirúrgicos desativados. Os hospitais são o Hospital Universitário de Canoas e a Santa Casa de São Lourenço do Sul.

Além disso, depois de anunciado, também em junho, acordos para utilização da estrutura de nove hospitais privados para procedimentos via SUS em troca de abatimento da dívida com a União ou crédito para impostos futuros, o ministro agora confrimou a relação das instituições que entraram em acordo com o Ministério. São elas:

  1. Santa Casa (Rio Grande)
  2. Hospital Bom Jesus (Taquara)
  3. Hospital Regional Nelson Cornetet (Guaíba)
  4. Hospital Monporto (Rio Grande)
  5. Santa Casa (Porto Alegre)
  6. Instituto de Cardiologia (Porto Alegre)
  7. Vila Nova Restinga e Extremo Sul (Porto Alegre)
  8. Hosp. Vila Nova (Porto Alegre)
  9. Santa Casa (Pelotas)

Padilha ainda deve anunciar investimentos em radioterapia e oncologia no Estado, somando mais de R$ 20 milhões. Entre as instituições contempladas, estão a Santa Casa de Porto Alegre, o Hospital de Clínicas de Passo Fundo, o Hospital Ana Nery, de Santa Cruz do Sul, e a Associação Hospitalar Vila Nova.

confira a matéria completa em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2025/12/distribuicao-vai-ser-no-brasil-inteiro-ao-mesmo-tempo-diz-ministro-da-saude-sobre-vacina-contra-a-dengue-cmjea273r02dk017bq2b2g1oh.html

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