O Deputado Federal Gustavo Gayer (PL-GO )classifica o processo como “absurdo” e “sem provas”, alegando que o objetivo é barrar sua candidatura ao Senado. Reagiu com veemência ao seu indiciamento pela Polícia Federal (PF) em um inquérito sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um vídeo divulgado nesta quinta-feira (11), o parlamentar classificou o processo como um “escárnio” e uma ação “sem lógica, sem provas e cheia de contradições”, denunciando uma clara perseguição política.
Gayer ironizou as acusações, destacando a justificativa “surreal” para o caso chegar ao STF: a alegação de que ele teria financiado os atos de 8 de janeiro com cota parlamentar antes de assumir o mandato. “É a primeira vez na história que isso acontece”, ironizou.
Contradições e a Tese da “Escola Clandestina”
O deputado rebateu a principal acusação de que seu escritório político funcionaria como uma escola de inglês clandestina financiada indevidamente com cota parlamentar. Ele explicou que o imóvel abrigou uma escola de inglês até 2020, mas que o contrato social não foi alterado, o que estaria sendo usado para “criminalizar fatos absolutamente legais”.
Gayer apontou uma contradição no inquérito: um agente da PF teria visitado o local e registrado que “aqui não é escola de inglês”, mas o indiciamento foi mantido. Ele também criticou a inclusão de seu filho no indiciamento por ser o responsável formal por uma pequena loja virtual de produtos bolsonaristas, classificando a medida como uma tentativa de “destruir inocentes” para atingi-lo.
Outra acusação contestada foi o apoio à criação de uma OSCIP, que, segundo Gayer, jamais recebeu recursos públicos. Ele alega que o ministro Moraes teria escrito que ele estaria “preparando um esquema futuro para desviar emendas”, mesmo ele não utilizando emendas parlamentares.
Motivação Política
Para o deputado, a operação tem um objetivo político claro: impedir sua chegada ao Senado, onde ele afirma estar em primeiro lugar nas pesquisas e ser um dos principais críticos de Alexandre de Moraes. Ele lembrou ainda a busca e apreensão realizada em sua casa, na véspera da eleição de 2022, que classificou como “bizarra” e uma “tentativa de intimidação”.
Gayer concluiu afirmando que os ataques à sua família apenas fortalecem sua determinação em lutar contra o que ele chama de “abuso de autoridade” e “ditadura”. “Eu não vou parar. Não vou calar a boca. Nós vamos chegar ao Senado e resgatar este país”, finalizou.
