Jornal A Plateia – Rádio RCC – Santana do Livramento

sex, 14 de novembro de 2025

Felipe Torres rebate Prefeita e acusa executivo de arrogância e má-fé

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O Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Felipe Torres, usou o microfone da Rádio RCC FM em uma entrevista na manhã de hoje para responder de forma contundente ao vídeo publicado pela Prefeita de Santana do Livramento em suas redes sociais, no qual ela o acusou de “falta de gratidão” e de “cuspir no prato que comeu”.

Torres negou veementemente as acusações, classificou a postura do Executivo como “arrogante e autoritária” e elevou o tom do conflito ao ameaçar levar a disputa orçamentária ao Judiciário e anunciar a descoberta de inconsistências nas contas da própria Prefeitura.

Torres reforçou que a crise orçamentária é causada pelo Executivo e detalhou o impacto do veto derrubado:

“Nós chegamos nessa situação primeiramente tudo por culpa do Executivo Municipal, que fez questão de todo momento… de atrapalhar a minha gestão. (…) A Prefeitura… mandaram o Veto pra casa. Atrapalhando, na realidade, vetando um orçamento que a gente tava prevendo pra ter um bom andamento dos serviços na casa pro ano que vem.”

Ele esclareceu que a Câmara não usa o percentual máximo constitucional (7%) e que a tentativa do Executivo é inconstitucional:

“A Prefeitura… de forma errada, de forma precipitada, de forma arrogante, autoritária. Ela quer comandar o orçamento do poder legislativo, dizendo quais são os valores que o legislativo tem que utilizar. E não é assim que funciona.”

Torres revelou que o problema é agravado por uma PEC que exige que inativos do CISPREM sejam incluídos na folha, e que a falta de repasse correto pode gerar uma crise social:

“Se não acontecer esses ajustes aí, há uma grande possibilidade de a gente fazer demissão em massa, inclusive mais, tá? Aproximadamente 40 servidores, 40 pais de famílias que poderiam ser desempregados.”

O presidente da Câmara acusou a Prefeita de confundir verba pública com patrimônio pessoal e garantiu que está preparado para uma batalha legal:

“A prefeita municipal, infelizmente, de forma errada, ela confunde, e ela sabe que ela confunde. Ela acha que esse orçamento da Câmara de Vereadores é dela. (…) O executivo nada mais faz que a obrigação dele de fazer o repasse constitucional que manda a lei.”

“Nós derrubamos o veto, nós vamos aguardar… e eu falei ontem, nós estamos bem embasado tecnicamente e se for o caso dela judicializar, nós vamos tomar as medidas cabíveis e se tiver que ir pro judiciário pra fazer as devidas exigências.”

Torres rebateu a acusação de “falta de gratidão” e a insinuação de que seria incompetente por ter solicitado crédito extraordinário:

“Ela me chamou de incompetente ontem, né? (…) E ela sabe o que aconteceu nos bastidores, eu não vou ser mau caráter de falar aqui. Ela sabe o que ela utilizou. Ela sabe o que ela fez. Tá na consciência dela. Aí ela vem falar de crédito extraordinário pra tapar minha incompetência aqui. Pelo contrário, Marcelo, ela só fez a obrigação dela. E ela segurou o máximo que ela pôde esse crédito extraordinário.”

O presidente inverteu o papel, afirmando que a Prefeita é quem deveria ser grata a ele:

“Se ela é prefeita, agradeça a eu, Felipe Torres. Eu fui o primeiro cara a brigar pelo nome dela no Democratas. As pessoas dentro democratas não queriam, a maioria não queriam que ela fosse candidata a prefeita porque conheciam ela, a postura dela.”

Sobre o protesto político anterior, que a Prefeita citou como prova de ingratidão, Torres revelou a causa:

“Foi essa briga que ela fala na live, que eu fiquei em favor dos professores, que ela não quis pagar uma portaria do nosso presidente, do Bolsonaro, 33% pros professores, e eu comprei a briga e fiquei do lado dos professores.”

“Ela nunca me ajudou em absolutamente nada. Eu sim. Ajudo muito a gestão dela… votando os projetos dela aqui dentro da casa. Então eu acho que quem come e vira o coxo não sou eu.”

O presidente concluiu alertando a Prefeita para se concentrar em seu próprio orçamento, pois a Câmara está auditando suas contas:

“Ela tem que cuidar o orçamento dela. Que a gente tá fazendo a fiscalização criteriosamente e nós achamos já várias inconsistências. (…) Depois que nós finalizar, nós vamos fazer a entrega para os órgãos competentes. É ela que se explica depois, né, do orçamento dela, da competência dela, já que eles sabem tudo.”

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