seg, 29 de setembro de 2025

Variedades Digital | 27 e 28.09.25

Resumo de segunda-feira, dia 29/09/2025

Germano Rigotto Foto: Cedida

Edição de Chico Bruno

 

Manchetes dos jornais

 

Valor Econômico – Compra de empresas com ações em bolsa ganha força

 

FOLHA DE S.PAULO – Programa de socorro a estados tem apenas uma adesão a 3 meses do fim

 

O ESTADO DE S.PAULO – Cresce o número de servidores temporários na máquina pública

 

O GLOBO – Reajuste das mensalidades em 2026 será o dobro da inflação

 

CORREIO BRAZILIENSE – “Julgamento mostrou que ciclos do atraso ficaram para trás”

 

Destaques de primeiras páginas e fatos mais importantes

 

Aquisições – Empresas de capital fechado tem cogitado se listar na bolsa por meio da compra de uma companhia com ações negociadas na B3. A operação, conhecida como IPO reverso, ganha fôlego em um período de entressafra, que já dura mais de quatro anos, para ofertas iniciais de ações (IPOs). Os alvos dessas aquisições costumam ser companhias menores, com baixíssima liquidez. Muitas delas abriram capital no último “boom” de ofertas – na pandemia -, mas agora estão pequenas na bolsa e sem perspectiva de retomarem alguma posição de relevância entre os investidores. O Valor apurou que algumas empresas com esse perfil estão consultando bancos de investimento para se mostrar disponíveis a interessados em fazer um IPO reverso.

 

Sem adesão – A três meses do fim do período de adesão ao Propag, o programa de renegociação da dívida dos estados com a União, parlamentares articulam a aprovação de um novo projeto de lei complementar para prorrogar o prazo de ingresso até 31 de dezembro de 2026. Até agora, só Goiás conseguiu entrar no programa. Outros estados mantêm interesse na adesão —entre eles Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, alguns dos mais endividados—, mas apontam dificuldades devido à indefinição de aspectos técnicos e também políticos. A apreciação dos vetos à lei do Propag, sancionada em janeiro, é um ponto crucial para estados como Rio de Janeiro e São Paulo, pois a retomada de artigos barrados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliaria as vantagens financeiras do programa. O total da dívida é de R$ 806,3 bilhões.

 

Servidores instáveis – O Brasil aumentou a quantidade de funcionários temporários e comissionados no serviço público, enquanto reduziu o número de servidores concursados nos últimos anos, conforme nota técnica do Movimento Pessoas à Frente. A quantidade de temporários — aqueles selecionados por tempo determinado — aumentou 42,1% nos Estados e 10,6% no governo federal entre 2017 e 2023, subindo de 474.674 para 674.295 e de 13.358 para 14.779 no período, respectivamente. O número de comissionados — os cargos políticos sem vínculo efetivo —, por sua vez, cresceu 14,2% nos Estados e diminuiu 24,1% na União no mesmo período (no total, juntando União e Estados, houve aumento de 11,7%). A ocupação por servidores efetivos, ou seja, aqueles que passaram em um concurso público, caiu 11,8% nos governos estaduais e 9,9% na União. Os Estados dizem que o aumento de funcionários temporários ocorreu com contratações excepcionais e emergenciais em áreas como saúde, educação e segurança pública, apontando limitações fiscais e legais para a realização de concursos públicos. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) alegou que, no governo federal, as contratações temporárias são excepcionais e não substituem as funções permanentes de servidores efetivos. O estudo aponta que o aumento de funcionários temporários se deu em um cenário sem regras rígidas e uniformes. Os Estados e a União e com uso indiscriminado desse tipo de contratação, transformando a exceção constitucional em regra para a ocupação das vagas.

 

Dobro da inflação – Escolas particulares no Brasil planejam aumentar as mensalidades em 2026 em média 9,8%, mais que o dobro da inflação projetada de 4,83%. O aumento reflete custos crescentes e investimentos em infraestrutura e programas. Algumas instituições, como o Colégio Bandeirantes e o Objetivo, já anunciaram reajustes entre 7,5% e 11,5%. As famílias buscam antecipar matrículas para evitar despesas maiores.

 

Missão cumprida no STF – O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, encerra o mandato de dois anos à frente da instituição convencido de que a Corte deu uma contribuição relevante para o fortalecimento da democracia no Brasil. Ele entende que o julgamento da trama golpista interrompeu o histórico de golpes, contragolpes e anistias que marcou a história política nacional. Lembrou que o STF está unido desde a época da pandemia e que o protagonismo decorre do arranjo institucional definido pela Constituição. Sobre o futuro, ele se mostra sereno: “Tenho duas possibilidades na mesa: ficar num lugar onde sou feliz e não tenho problemas, ou seguir outros caminhos.”

 

Brasil precisa de conserto, avisa secretário dos EUA – Menos de uma semana de pois do aceno do presidente norte-americano Donald Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o secretário de Comércio dos Esta dos Unidos, Howard Lutnick, disse que o Brasil é um dos países que precisam ter sua relação comercial com os EUA “consertada” para, segundo ele, deixar de prejudicar o mercado norte-americano. Em meio aos trabalhos de diplomatas de ambos os países para tentar marcar uma conversa entre os presidentes, Lutnick afirmou que o Brasil, assim como a Índia — país que também foi taxado em 50% mesmo após negociar com os EUA —, precisa jogar segundo as regras de Trump. “Temos um monte de países para resolver, como Suíça, Brasil e Índia também. Esses são países que realmente precisam reagir da forma correta com os Estados Unidos: abrir seus mercados, parar de adotar medidas que prejudicam os EUA. É por isso que estamos em desacordo com eles”, afirmou, no sábado, em entrevista ao canal norte-americano NewsNation. “Precisamos resolver isso, e acho que será resolvido. Mas leva tempo. E esses países têm que entender que, se você quer vender para o consumidor americano, tem que jogar o jogo com o presidente dos Estados Unidos”, disse o secretário.

 

Lula: “Não tem motociata, tem caminhada” – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, ontem de manhã, da corrida e caminhada em comemoração aos 95 anos do Ministério da Educação (MEC), realizada na Esplanada dos Ministérios. No fim do percurso, o petista ironizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ficou conhecido por organizar motociatas durante seu governo. “Não tem motociata, não tem pornochanchada, tem caminha da. Caminhada de educadores. E eu tenho o privilégio de estar aqui com os dois melhores ministros da Educação do Brasil”, declarou Lula, ao lado dos ministros Camilo San tana (Educação) e Fernando Haddad (Fazenda). O presidente percorreu os 3km de caminhada em 35 minutos, ao lado da primeira-dama, Janja, e recebeu uma medalha simbólica. Entre as autoridades presentes, além de Haddad e Santa na, estiveram os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Alexandre Padilha (Saúde) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). Organizadores de plebiscito popular farão pressão – A coordenação do plebiscito popular, organizado por movimentos sociais e partidos de esquerda, fará uma blitz na semana que vem para pressionar a Câmara dos Deputados a aprovar o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda salários até R$ 5.000. A votação pelos deputados está prevista para quarta-feira (1º). Haverá presença em aeroportos em todo o país para pressionar os deputados que embarcarem a Brasília, assim como na chegada à capital federal. Na terça-feira (30), está programada uma marcha de mulheres pela Esplanada dos Ministérios em defesa do projeto.

 

Comissões abandonadas no Senado – Duas comissões do Senado Federal criadas pelo ex-presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foram abandonadas na gestão atual, de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e usadas para inflar o gabinete de senadores. A Comissão de Defesa da Democracia e a Comissão de Comunicação não fizeram nem sequer uma reunião neste ano, mas mantiveram 23 cargos à disposição dos respectivos ex-presidentes, Eliziane Gama (PSD-MA) e Eduardo Gomes (PL-TO). Os dois colegiados não têm presidente nem membros, mas continuam existindo no papel —e, como toda comissão permanente do Senado, têm até R$ 162 mil por mês à disposição para o pagamento de comissionados. O montante equivale a seis funcionários com salário de R$ 27 mil, mas costuma ser fracionado pelos senadores para viabilizar a contratação de um número maior de pessoas. Cerca de R$ 100 mil por mês estão sendo gastos mensalmente por cada comissão.

 

Eduardo Bolsonaro elogia Getúlio, JK e Jango – Pouco mais de um mês antes de Donald Trump anunciar guerra tarifária contra o Brasil, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um vídeo que, de tão impressionante, parece falso, mas cujo conteúdo saiu mesmo da boca do terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A publicação de 1º de junho exalta o nacionalismo, conclama a “reencontrar o verdadeiro espírito brasileiro” e tem um trecho em que Eduardo elogia três símbolos brasileiros dessa corrente, os ex-presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart, o Jango, deposto pelos militares no golpe de 64. O vídeo foi Influenciado por Aldo Rebelo e Kim Paim.

 

O desafio de Fachin – Pela segunda vez, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso e Edson Fachin se sucedem no comando de um órgão em um momento de alta tensão e marcado por ataques ao Judiciário. Em 2022, a ameaça era interna. Fachin assumia a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) num momento em que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) mais uma vez subia o tom de contestação às urnas e à Justiça Eleitoral —e quando a participação dos militares em comissão do tribunal ganhava contornos preocupantes, alinhada aos interesses do então mandatário. Passados mais de três anos, o ministro volta a receber o bastão de Barroso nesta segunda-feira (29). Desta vez, porém, para assumir a presidência do Supremo. Se antes o foco de preocupação vinha do próprio presidente da República, que já ameaçava não aceitar o resultado da eleição, agora ela vem de fora. Fachin assume a corte diante de uma desafiadora e inédita campanha de punições a ministros do STF por parte de uma potência estrangeira.

 

Maioria formada – A Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria neste domingo (28) para manter presos o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, envolvidos no escândalo dos descontos indevidos. Foram favoráveis à prisão preventiva os ministros André Mendonça, Edson Fachin e Nunes Marques. Gilmar Mendes se declarou impedido de julgar o caso; resta o voto de Dias Toffoli. O julgamento ocorre no plenário virtual do STF, com término previsto para a próxima sexta-feira (3).

 

Disputa paralela – Acordos do PT, liderado por Lula, estão impactando estratégias eleitorais de líderes do Congresso, como Hugo Motta, Arthur Lira e Ciro Nogueira, para 2026. Lira enfrenta dificuldades em Alagoas devido à forte presença do MDB e busca neutralidade política. Ciro, opositor de Lula, vê suas aspirações ameaçadas no Piauí. Enquanto isso, Motta tenta consolidar a candidatura de seu pai ao Senado na Paraíba, enfrentando desafios internos e de aliados.

 

A volta à cena política – Ex-líderes da Câmara, como Aécio Neves, Michel Temer e João Paulo Cunha, ressurgem como negociadores de um acordo de anistia para envolvidos em atos golpistas. A proposta, agora chamada de PL da Dosimetria, busca reduzir penas em vez de oferecer perdão total. Aécio, posicionado entre bolsonarismo e petismo, visa resolver o impasse no Congresso, enquanto Temer tenta uma proposta aceitável pelo STF. A votação ainda é incerta devido a cautelas no Congresso.

 

Ação da PF pressiona Zema – A Operação Rejeito da PF, que revelou fraudes em projetos de mineração, colocou pressão sobre o governador de Minas, Romeu Zema, e outros políticos, incluindo Nikolas Ferreira e Rodrigo Pacheco, afetando a sucessão ao governo estadual em 2026. A operação prendeu indivíduos ligados a políticos e ex-membros do governo, acusados de receber propinas para autorizações ilegais de mineração. A Assembleia Legislativa de Minas pode abrir uma CPI sobre o caso, enquanto a Câmara dos Deputados também considera uma investigação. Zema, que busca viabilizar sua candidatura presidencial, enfrenta críticas por omissão, apesar de demissões e promessas de punição.

 

Fachin assume e sinaliza contenção da Corte – Edson Fachin assume a presidência do STF com uma postura discreta e foco na contenção da atuação da Corte, contrastando com o estilo de seu antecessor, Luís Roberto Barroso. Fachin enfatiza a proteção dos direitos fundamentais e a democracia, evitando interferências legislativas. Sua posse ocorre em meio a tensões políticas e sanções dos EUA, com o ministro Alexandre de Moraes como vice. Fachin, defensor da Lava-Jato, enfrenta desafios como a regulação de redes sociais e a ADPF das Favelas.

 

 

 

 

Na minha agenda

Às 20h, analiso o atual cenário político e os desdobramentos da Reforma Tributária, para Rotarys do Estado, em Reunião Virtual organizada pelo Rotary Porto Alegre – Centenário

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Livramento recebe curso de elaboração de projetos culturais

Uma oportunidade de capacitação de peso está disponível para agentes e produtores culturais de Sant’Ana do Livramento e região. O Curso de Elaboração de Projetos Culturais, ministrado pelo especialista Marco Aurélio Alves, promete fornecer as ferramentas práticas para transformar ideias criativas em propostas estruturadas, prontas para buscar financiamento. A iniciativa chega em um momento crucial, visto o volume de editais

Acidente de trânsito com lesão corporal é registrado na zona rural de Sant’Ana do Livramento

Um acidente de trânsito envolvendo dois veículos foi registrado na manhã desta segunda-feira (29), por volta das 6h50, na Estrada Robledo Braz, na zona rural de Santana do Livramento. A ocorrência foi atendida pela Polícia Civil, através da 12ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (DPPA). De acordo com o boletim policial, a colisão aconteceu quando um automóvel Renault/Duster, colidiu