É dinheiro público para tapar buraco de um prejuízo que não para de crescer. Só no primeiro semestre de 2025, as perdas chegaram a R$ 4,3 bilhões, quase três vezes mais do que no mesmo período do ano passado.
Esse cenário não surgiu do nada. Quando estávamos no Congresso, aprovamos a privatização da estatal na Câmara dos Deputados. Era a chance de atrair investimentos, modernizar a empresa e reduzir o peso para o contribuinte. Mas o governo Lula retirou os Correios do plano de privatização, em nome de uma visão ideológica ultrapassada de que o Estado deve administrar até a entrega de cartas.
O resultado está aí: o cidadão paga a conta bilionária de uma estatal que perde competitividade dia após dia. Enquanto empresas privadas oferecem serviços rápidos, rastreamento em tempo real e prazos confiáveis, os Correios acumulam atrasos, extravios e reclamações. A qualidade do atendimento só piora, mas a fatura enviada ao contribuinte cresce.
A pergunta que fica é: até quando? Já são mais de R$ 7 bilhões em prejuízos acumulados nos últimos dois anos e meio. Agora, projeta-se a necessidade de mais R$ 7 bilhões até 2026. Quanto ainda vamos desembolsar para sustentar uma empresa que, ao fim e ao cabo, corre o risco de quebrar?
Ideologia não paga contas. A insistência em manter os Correios como uma estatal inviável apenas transfere para a sociedade uma conta cada vez mais cara. O Brasil precisa escolher: continuar bancando prejuízos sem fim ou adotar um modelo capaz de devolver qualidade ao serviço e eficiência ao gasto público.
POR: Jerônimo Goergen