Após o decreto que proibiu a circulação de cavaleiros em qualquer via urbana após às 20h em Sant’Ana do Livramento, surgiram questionamentos por parte da comunidade santanense a respeito do que é permitido durante os Festejos Farroupilhas. Em entrevista a RCC FM, o Secretário da Associação Tradicionalista de Sant’Ana do Livramento (ATSL) Igor da Silva Braz, esclareceu algumas dúvidas. Ele afirma que a ATSL e a comissão organizadora do desfile não participaram da decisão do decreto, que foi emitido pela Prefeitura Municipal em conjunto com a Brigada Militar.
Confira algumas das normas:
Crianças no desfile (à frente no cavalo): É proibido carregar crianças à frente no cavalo (duas pessoas em um só animal) por regulamento da Semana Farroupilha e por lei (Brigada Militar/Direitos da Criança e do Adolescente), devido ao alto risco de acidentes e à responsabilidade dos organizadores. A Brigada Militar agirá em casos de descumprimento, especialmente se houver bebida alcoólica envolvida.
Crianças a cabresto: Crianças conduzindo o cavalo a cabresto (pela guia) são permitidas, desde que tenham idade e capacidade para se firmar.
Consumo de álcool: É proibido beber durante o desfile.
Facas na indumentária: Embora faça parte da indumentária gaúcha, o uso da faca é uma questão delicada para crianças. As regras são flexibilizadas, pois segundo Igor, uma proibição restrita poderia inviabilizar o desfile.
Desfile e condições climáticas
Com relação à realização do desfile, como há previsão de chuva forte, a comissão afirma que a decisão final sobre o acontecimento será discutida em reunião às 7h do dia 20. O objetivo é adiar os horários de início, ao invés de cancelar definitivamente. Também ressaltam, que há a flexibilidade para realizar o evento no domingo, caso seja inviável ocorrer no sábado.
Todavia, haverá um horário limite para o adiamento, até 10h será delliberada a decisão, pois a comissão preocupa-se com a segurança dos cavaleiros no retorno pós-desfile.
A expectativa é que o desfile termine mais cedo que no ano anterior, com um controle maior, principalmente no espaçamento entre os piquetes, que, se muito grande, acaba por atrapalhar a agilidade de passagem dos cavaleiros.
Com base nos GTAs (Guia de Trânsito Animal) emitidos, a estimativa é de que 3.500 a 4.000 cavaleiros atravessem a Rua dos Andradas durante o tradicional evento.