qui, 3 de julho de 2025

Variedades Digital | 28 e 29.06.25

Resumo de quinta-feira – 03/07/2025

Germano Rigotto - Foto: Cedida

 

Edição de Chico Bruno

 

Manchetes dos jornais

 

CORREIO BRAZILIENSE – Acordo sobre IOF esbarra em divergência entre Lula e Motta

 

O ESTADO DE S. PAULO – Impopular no Congresso e na rua, Lula elege ‘ricos’ como alvo e antecipa campanha

 

O GLOBO – Esquerda acirra ataques a Motta nas redes, e governo abre espaço a negociação no STF

 

FOLHA DE S. PAULO – Ataque hacker desvia R$ 1 bi de empresa que liga bancos ao Pix

 

Valor Econômico – Emissões externas atingem US$ 20,3 bi no semestre, valor próximo ao total de 2024

 

Destaques de primeiras páginas e fatos mais importantes do dia

 

Tá difícil – Em Portugal para um amplo debate sobre transformações no Brasil e no mundo, representantes dos Três Poderes buscaram formas, ontem, de “esfriar” a crise provocada pela derrubada, pelo Congresso, do aumento de impostos proposto pela equipe econômica. No XIII Fórum de Lisboa, representantes do Planalto, ministros do STF e lideranças parlamentares reiteraram a urgência numa conciliação que evite mais desgaste político — a judicialização do IOF no Supremo foi mais um capítulo. No entanto, declarações de Lula mantiveram a tensão em alta. O chefe do Planalto voltou a criticar o presidente da Câmara, Hugo Motta, por pautar a votação que derrubou as medidas do Executivo. “O erro foi o descumprimento de um acordo que tinha sido feito”, disse o petista, que defendeu a elevação do tributo. Lideranças governistas tentaram amenizar as novas críticas a Motta, que nos últimos dias tem mantido o confronto nas redes sociais.

 

Nova incursão publicitária – O governo vai dobrar a aposta e fazer nova disputa política com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), antecipando o tom da campanha de 2026. Depois de ressuscitar o “nós contra eles”, a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara uma estratégia para atingir também a classe média. A ideia é mostrar que os mais ricos estão isolados porque 99% da população defende “justiça tributária” e apenas 1% é contra. Lula será o “motor” do conceito de que, para manter as contas públicas equilibradas, o governo vai taxar “quem sempre pagou pouco ou quase nada”. Todos os ministros também foram orientados a bater na mesma tecla, sem se importar com o impacto do enfrentamento ao Congresso. Desde a semana passada, quando o Congresso derrubou o decreto de Lula que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o Planalto entendeu que o pano de fundo da briga ia muito além do tributo. Na lista dos fatores que contribuíram para o Centrão puxar a faca contra o governo estão embates por cargos, insatisfação com o atraso no pagamento de emendas parlamentares, queixas do mercado e as eleições de 2026. Lula ficou irritado com um vídeo divulgado nas redes sociais pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), dizendo que “quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos”. A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Congresso.

 

Em busca de paz – O ministro da AGU, Jorge Messias, destaca a conciliação como essencial para resolver conflitos judiciais, em meio à disputa entre governo e Congresso sobre o aumento do IOF, levada ao STF. Messias busca apoio de ministros do STF, como Barroso, Moraes e Gilmar Mendes, para validar o decreto que elevou o imposto. Ele enfatiza a importância de consenso na questão tributária para promover justiça social e evitar divisões na sociedade.

 

Ataque fulminante – Um ataque hacker desviou cerca de R$ 1 bilhão de recursos mantidos no Banco Central, no maior evento do tipo já registrado no Brasil, segundo a principal empresa brasileira de segurança cibernética, o Grupo FS. Os valores estavam em contas de clientes da empresa C&M Software, que presta serviços de tecnologia para instituições do setor financeiro. Segundo pessoas que acompanham o caso, ouvidas pela Folha, do rombo de cerca de R$ 1 bilhão envolvendo oito instituições, R$ 500 milhões pertenciam a uma única cliente da C&M. A notícia do desvio foi antecipada pelo Brazil Journal. A empresa de tecnologia que sofreu o ataque hacker administra a troca de informações entre instituições brasileiras ligadas ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), incluindo o ambiente do Pix. Entre os seus clientes estão grandes companhias brasileiras como os bancos Bradesco e XP, que afirmam não terem sido afetados pelo incidente. Em nota, o BC disse que a prestadora de serviços de tecnologia comunicou o ataque à sua infraestrutura tecnológica e que a autoridade monetária determinou o “desligamento do acesso das instituições às infraestruturas por ela operadas”. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso.

 

Bônus aquecidos – No primeiro semestre, o volume de emissões de bônus brasileiros no exterior alcançou US$ 20,3 bilhões, praticamente se igualando aos US$ 21 bilhões de todo o ano passado. A despeito do aumento da volatilidade global, com o avanço de guerras e as medidas adotadas pelo governo de Donald Trump, as captações externas por companhias locais e pelo Tesouro Nacional tiveram um dos semestres mais fortes dos últimos anos, 35% acima do mesmo período de 2024. Nesse quadro, as estimativas para o volume total de 2025 foram revisadas, chegando até a US$ 35 bilhões. Na visão de banqueiros de investimento, o movimento deve continuar aquecido em julho, antes da pausa para as férias no Hemisfério Norte.

 

Em política, a ordem dos fatores… – Lula está convencido de que sua melhor alternativa para a supervisão de uma política de base rumo a 2026 é, primeiramente, conquistar uma parcela expressiva da população e, depois, reaglutinar apoios políticos. Se não se mostrar visualmente viável, a tendência é a turma buscar outros caminhos. Aliás, a base começou a minguar depois que a popularidade caiu.

 

… altera o produto – Os partidos de centro, por exemplo, só ficarão mais próximos a Lula se sentirem firmes na reeleição. Até aqui, a ordem é manter o ensaio de movimentos longe do PT. A conclusão dos parlamentares é que o governo pode até conseguir pacificar a questão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, a relação seguirá tensa e só se pacificará se a popularidade subir.

 

Movimentos coordenados – Pouco antes de a Câmara aprovar a urgência da proposta que fixa critérios para concessão de benefícios tributários e financeiros essa semana, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, esteve no Congresso para começar uma conversa sobre os cortes de 10% dos subsídios a todos os setores. O governo deverá enviar seu projeto em breve, para tramitação conjunta com o projeto do deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), que trata desse tema.

 

Falta de comunicação – A base do governo na Câmara dos Deputados tem reclamado de “falta de comunicação” com o Planalto. O caso do veto presidencial ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um exemplo. Muitos governantes não sabiam que o governo havia vetado o item, a ser derrubado no Congresso Nacional mediante acordo. Muitos foram para os microfones, criticar o governo nesse quesito, criticar o governo sem saber que havia acordo para a derrubada.

 

Foi ele! – Nesse curto-circuito, muitos dizem que é difícil a conversa com a Casa Civil, leia-se o ministro Rui Costa, que custa a receber até os amigos do seu partido.

 

Os olhos de Motta – Enquanto o presidente da Câmara, Hugo Motta, está em Lisboa, sua assessoria mantém total atenção às entrevistas concedidas por governo e oposição no Salão Verde. A ordem é não perder um lance e informar diretamente ao chefe.

 

Por falar em Lisboa…- No almoço em Portugal, um dos anfitriões, o ex-deputado Fábio Ramalho, fez questão de posar ao lado dos homenageados, Hugo Motta e Michel Temer, e do ministro das Cidades, Jader Filho.

 

Ainda não – O senador Cleitinho (Republicanos-MG), um dos favoritos, de acordo com pesquisas eleitorais, na disputa do governo de Minas Gerais, disse à coluna que só no ano que vem é que decidirá sobre uma candidatura. “Ainda há muita coisa a ser resolvida no Senado para se pensar nas eleições de 2026”.

 

Constrangimento – Durante a sessão solene em homenagem aos 77 anos da Nakba, a catástrofe palestina, um participante ficou gritando no Plenário “Viva ao Hamas”, o que deu “munição” de crítica para a oposição e muita gente deu razão.

 

Deixe para depois – Com a pauta do Senado abarrotada de projetos e medidas provisórias, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), adiou o balanço que havia prometido a alguns senadores para essa quarta-feira.

 

“Ponte” para o futuro – Em Lisboa, almoço que homenageou e colocou sentados à mesa em frente ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o ex-presidente Michel Temer, comandante de honra do MDB, foi lido por muitos como mais um passo do ensaio de uma possível federação entre os dois partidos. Por lá passaram ainda o presidente do MDB, Baleia Rossi, e do Republicanos, Marcos Pereira, ambos deputados por São Paulo, além de quase 500 pessoas, entre políticos, empresários e membros do mundo jurídico. A federação entre as duas legendas é uma das grandes apostas do MDB para encorpar sua bancada rumo a 2026, como forma de unir forças para ampliar o espaço na Câmara: “O MDB é um centro estendido, estamos resolvendo as questões regionais, mas as conversas estão avançando”, afirmou o deputado Hildo Rocha, vice-líder do partido na Câmara. Ele é muito claro quando questionado sobre a indicação de um vice emedebista para a chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição: “Não temos intenção de indicar um vice do MDB para Lula. Além disso, o vice-presidente Geraldo Alckmin tem feito um bom trabalho”, contornou Rocha. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que não foi almoço em Lisboa, é, hoje, a maior aposta.

 

Marina não abaixa a cabeça – A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi alvo de novos ataques no Congresso Nacional. Diferentemente da agressão verbal sofrida no Senado, a chefe da pasta, contudo, foi defendida por parte dos parlamentares da Casa. Os deputados debatiam sobre queimadas e desmatamentos. Marina foi chamada para prestar esclarecimentos e apontar as políticas públicas do governo federal para enfrentar o problema. Durante a inquirição, o deputado Evair de Melo (PP-ES), da banca da ruralista e autor do requerimento de convocação, chegou a compará-la com grupos armados, como as Farc da Colômbia e o Hamas, na Faixa de Gaza. Marina rebateu e citou trechos bíblicos. “Hoje de manhã, eu fiz uma longa oração e pedi a Deus para me dar calma. Acho que Deus me ouviu, porque eu estou em paz”, disse. “É preferível sofrer injustiça do que praticar uma injustiça. E eu prefiro sofrer injustiças do que praticá-las, porque quando você é injustiçado, a justiça virá”, completou. A chefe da pasta também citou os desafios do ministério durante sua gestão. “Qualquer pessoa que não seja negacionista sabe que a seca com baixa precipitação, temperatura alta, perda de umidade, potencializa os incêndios, potencializa em todos os níveis”, disse. Após os insultos no colegiado, a ministra do Meio Ambiente participou de uma coletiva de imprensa na Câmara. Ela disse que o comportamento não é novo e que “o desrespeito às vezes é a única coisa que as pessoas que não conhecem o respeito são capazes de oferecer”, observou. “Todos nós que não defendemos a agenda autoritária, negacionista, que não reconhece a mudança do clima, somos desrespeitados”, afirmou.

 

Senado aprova consignado – O Senado aprovou, ontem, uma Medida Provisória (MP) que reformula o sistema de crédito consigna do no Brasil para trabalhadores do setor privado. A proposta expande o alcance da modalidade, permitindo que celetistas, microempreendedores individuais (MEIs), empregados domésticos, trabalhadores rurais e motoristas de aplicativo possam contratar empréstimos com desconto automático em folha ou nos repasses recebidos por plataformas digitais. A medida estava em vigor desde março, mas precisava da aprovação do Congresso para se tornar lei. Como passou por alterações, precisará da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Batizada de “Crédito do Trabalhador”, a nova política pública representa uma mudança no acesso ao crédito para categorias até então excluídas dessa modalidade. Antes, apenas servidores públicos, aposentados e trabalhadores de empresas conveniadas com instituições financeiras podiam recorrer ao consignado.

 

Controle de armas avança, mas desafia Polícia Federal – A Polícia Federal (PF) assumiu integralmente a responsabilidade pela fiscalização e controle de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs), marcando o desfecho de um longo processo de transição do controle de armas civis dos militares para uma instituição civil. Esta mudança, impulsionada por uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) e formalizada pelo Decreto nº 11.615/2023, representa um avanço rumo a um controle mais eficaz e transparente, mas vem acompanhada de desafios operacionais substanciais para a PF. A necessidade dessa transição tornou-se evidente após uma auditoria do TCU, entre 2019 e 2022, que revelou falhas na fiscalização do Exército sobre o Sistema Sigma, identificando milhares de ocorrências criminais associadas a indivíduos registrados, vendas de munições a pessoas falecidas e armas registradas para indivíduos privados de liberdade. A mesma auditoria, porém, também expôs a fragilidade do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), administrado pela PF — menos de 3% das armas apreendi das no país foram cadastradas no Sinarm, e muitas apreensões sequer são comunicadas à PF, segundo o Atlas da Violência 2025 Ao Correio, a PF informou que existem no Brasil mais de 978,4 mil Certificados de Registro de CACs e 1,5 milhão de armas de fogo registradas em seus nomes. Segundo a instituição, os dados recebidos da Força ainda estão sob análise detalhada e os números por unidade da federação serão disponibilizados assim que prontos.

 

Mercosul assina acordo com Efta – O Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta, na sigla em inglês), fecharam, ontem, um acordo comercial que está em negociação desde 2017. O tratado foi firmado durante a Cúpula do bloco sul-americano, que está termina hoje em Buenos Aires, Argentina. O acordo é considerado complementar ao firmado entre Mercosul e União Europeia (UE), e expande o acesso dos produtos brasileiros e sul-americanos ao continente. Os dois tratados ainda precisam ser ratificados, antes de entrarem em vigor. A Efta é formada por quatro países europeus: Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein. São membros plenos do Mercosul: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

 

PLC dos benefícios fiscais vai a plenário – A Câmara dos Deputados aprovou, ontem, a tramitação em regime de urgência do Projeto de Lei Complementar (PLC) 41 de 2019. O texto altera a Lei de Responsabilidade Fiscal e impõe critérios para reavaliação da concessão, renovação ou alteração de benefícios tributários a empresas. O assunto interessa ao governo e une a equipe econômica de Lula e os presidentes da Câmara e do Senado. Com a aprovação da urgência, poderá pu lar a tramitação nas comissões e ser votado direto no plenário. A proposta é de autoria do senador Esperidião Amin (PP-SC) e foi aprovada no Senado em 2023. Tramitava na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara sob a relatoria do deputado Rogério Correia (PT-MG), que preside a comissão. O relator no plenário ainda não foi definido. A expectativa é que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decida o nome quando voltar de sua viagem a Portugal, onde participa do Fórum Jurídico de Lisboa.

 

Gesto educado – O senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-ministro de Jair Bolsonaro, agradeceu ao ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) por realizar “investimentos importantes” em uma obra do governo federal em Ponta Grossa, no Paraná. Moro participou nesta terça-feira (1º) da assinatura da ordem de serviço do aeroporto da cidade paranaense. “Muito positivo que essa demanda tenha sido recepcionada com tanto cuidado por vossa excelência”, afirmou Moro a Costa Filho no evento. O senador foi ministro da Justiça de Bolsonaro e integra a ala do União Brasil que faz oposição ao governo Lula.

 

PT faz encontro com influenciadores – Lideranças do PT realizaram nesta quarta-feira (2) um encontro virtual com influenciadores para discutir estratégias de disseminação de conteúdo em defesa dos projetos do governo Lula (PT) de isenção do Imposto de Renda para quem tem renda de até R$ 5.000 e de tributação dos super-ricos. O encontro coincide com o momento em que o governo petista decidiu intensificar o discurso “ricos contra pobres”, após a derrubada do decreto sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras pelo Congresso). A reunião virtual foi aberta a todos os interessados e contou com a presença de pouco mais de 200 pessoas. Entre os participantes, estavam Jilmar Tatto, deputado federal e secretário de comunicação do PT, e Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Prerrogativas, grupo de advogados ligado ao governo. Em suas falas, os petistas e aliados comemoraram o que veem como sucesso da campanha “taxação BBB”, que defende que bilionários, bets e bancos paguem mais impostos para que seja possível custear a isenção do Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5.000. A avaliação é a de que a mobilização tem tido grande repercussão e alcance para além dos círculos petistas.

 

Gleisi desautoriza ataques pessoais a Motta – Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, desautorizou ataques pessoais a Hugo Motta, presidente da Câmara, em meio à pressão nas redes sociais por conta do aumento do IOF. A estratégia do governo visava acusar o Congresso de proteger os privilegiados, mas Gleisi destacou a importância do respeito nas divergências políticas. O líder do governo, José Guimarães, também repudiou os ataques, enfatizando o foco na justiça social e tributária.

 

Cargo cobiçado por União Brasil de Alcolumbre – A presidência dos Correios está em disputa interna no PT, com Fabiano Silva pressionado a sair. A estatal enfrenta déficit de R$ 2,6 bilhões e resistências internas a demissões e fechamento de agências. Davi Alcolumbre, do União Brasil, organiza indicações para o cargo, enquanto a Casa Civil busca enxugar gastos. A decisão final sobre a saída de Silva deve ser influenciada por negociações políticas em andamento.

 

PSB e do Cidadania acertam formação de federação – Os presidentes do PSB, João Campos, e do Cidadania, Comte Bittencourt, acordaram a formação de uma federação entre os partidos, visando superar a cláusula de barreira em 2026. A aliança permitirá somar votos para manter acesso ao fundo partidário e tempo de propaganda. Ambos apoiarão o mesmo candidato presidencial em 2026. O Cidadania busca romper federação atual com o PSDB, consultando o TSE sobre a viabilidade.

 

STF condena líder de acampamento bolsonarista – O STF condenou Diego Dias Ventura a 14 anos de prisão por sua participação nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Líder de um acampamento bolsonarista em Brasília, Ventura foi considerado culpado por diversos crimes, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ele também deverá pagar R$ 30 milhões em danos morais. Ventura foi alvo da Operação Lesa Pátria e detido em dezembro de 2022.

 

Zambelli pede que CCJ da Câmara ouça hacker – A defesa da deputada Carla Zambelli solicitou que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara ouça o hacker Walter Delgatti antes de decidir sobre a perda do mandato da parlamentar, atualmente foragida na Itália. A deputada enfrenta um pedido de cassação após ser condenada pelo STF por invasão ao sistema do CNJ. O PL, partido de Zambelli, nega tê-la abandonado, apesar de declarações críticas do ex-presidente Bolsonaro.

 

Bolsonaro recebe ‘ultimato médico’ – Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, recebeu um “ultimato médico” para cumprir quarentena após sentir-se mal devido a esofagite provocada pelo uso prolongado de sonda. Médicos descartaram nova cirurgia abdominal, orientando repouso e exercícios regulares. A saúde frágil de Bolsonaro preocupa o PL, impactando sua candidatura em 2026. Após endoscopia, ele iniciou tratamento medicamentoso, cancelando compromissos em SC e RO.

 

Receita fala em eliminar ‘distorções do mercado’ – A Receita Federal elogiou o decreto do governo Lula para aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e afirmou que a medida promoveria estabilidade econômica. O documento, que embasou o decreto do IOF, foi obtido pela Coluna do Estadão por meio da Lei de Acesso à Informação. A alta do imposto foi derrubada pelo Congresso, em uma derrota do governo, que recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“As medidas propostas geram fortalecimento dos instrumentos de política econômica, a eliminação de distorções no mercado e a promoção da estabilidade macroeconômica e financeira”, escreveu o coordenador-geral de Tributação do Fisco, Rodrigo Augusto Verly, em 21 de maio. No dia seguinte, o governo anunciou o aumento do tributo cobrado sobre empréstimo, câmbio e outras operações financeiras.

 

Zero Hora recorre de condenação – A jornalista Rosane Oliveira, colunista de política, e o jornal Zero Hora, do Grupo RBS, entraram com recurso para tentar reverter a sentença que os condenou a pagar R$ 600 mil de indenização à desembargadora Iris Medeiros Nogueira, do Tribunal de Justiçado Rio Grande do Sul, por matérias que divulgaram o salário cima do teto da magistrada. Em apelação ao Tribunal de Justiça, o jornal argumenta que foi punido pela publicação de informações verdadeiras e que há interesse público na divulgação dos pagamentos da desembargadora. “Reportagens sobre gestão de dinheiro público são sempre polêmicas. Referências à atuação de agentes públicos, mesmo quando expressamente indicada a licitude da conduta, repercutem. Ainda assim, esses temas são fulcrais para a manutenção da democracia e da pluralidade de ideias”, diz um trecho do recurso. O jornal defende ainda que o uso de “tom crítico” para narrar fatos verdadeiros não é suficiente para gerar indenização. “Reportagens que seguem essa linha de escrita são lícitas e estão protegidas pela liberdade de imprensa.” Os advogados Guilherme Rizzo, Daniele Marcon e Maria Vivanco, que representam o Zero Hora, afirmam também que não houve dano moral e que a repercussão negativa não decorreu das reportagens, mas do fato noticiado.

Na minha agenda

Recebi do Presidente Delmar Albarello, do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Rio Grande do Sul – SETCERGS, o honroso convite para integrar o Conselho Consultivo da entidade
Sabedor da importância do setor e do papel do SETCERGS para o maior desenvolvimento do Estado e do País, espero poder dar minha contribuição e retribuir esta confiança

595 – Ofício Convite Conselho Consultivo SETCERGS – Sr. Germano Rigotto

Bebê é levado sem vida para a Santa Casa pela Brigada Militar

Uma triste e chocante ocorrência marcou a manhã desta quinta-feira (3 de julho de 2025) no Bairro Tabatinga, em Sant’Ana do Livramento. A Brigada Militar foi acionada para atender a um chamado no bairro após uma mãe encontrar seu bebê, de poucos meses de vida, com a pele arroxeada na casa do pai. De acordo com as informações preliminares, a