O ex-vice-presidente da República e atual senador pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão, foi recepcionado pouco antes do meio-dia desta quinta-feira (26), no Palacinho, sede da Prefeitura de Santa Cruz do Sul. O parlamentar foi acolhido pelo prefeito Sérgio Moraes, pelo vice-prefeito Alex Knak, pelos deputados Marcelo e Kelly Moraes, além de secretários municipais, vereadores e outras lideranças regionais.
Durante o encontro, Mourão reafirmou seu apoio ao mandato do prefeito Sérgio Moraes, relembrou a destinação de R$500 mil no ano passado ao Hospital Santa Cruz e abordou a atual dificuldade de liberação de recursos por parte do governo federal. “Está havendo um atraso na liberação das emendas parlamentares. Até o presente momento, não chega a R$ 800 milhões liberados este ano. No mesmo período do ano passado, já haviam sido 23 bilhões”, afirmou. Segundo ele, a situação fiscal do país tem prejudicado a execução orçamentária. “Lamentavelmente, no atual governo, o dinheiro acabou antes do fim do mandato”, analisou.
O prefeito Sérgio Moraes, ao lado do presidente da Amvarp e prefeito de Candelária, Nestor Ellwanger – conhecido como Rim –, relatou as dificuldades causadas pelas enchentes nas regiões do Vale do Rio Pardo e Vale do Taquari. Ele reforçou a importância do apoio dos governos estadual e federal para auxiliar os municípios atingidos e mencionou, ainda, tratativas junto à Caixa Econômica Federal para suspender temporariamente os pagamentos de financiamentos, a fim de que os municípios possam investir na recuperação de áreas degradadas.
O deputado federal Marcelo Moraes ressaltou o alinhamento com Mourão em pautas de interesse da região. “Em Brasília, eu e Mourão trabalhamos pelas mesmas causas. Temos alinhamento ideológico”, afirmou. Ele destacou a importância do apoio do senador à PEC 66 – que institui limite para o pagamento de precatórios pelos Municípios e abre novo prazo para parcelamento especial de débitos com regimes de Previdência Social – e à pauta da securitização das dívidas dos agricultores – processo que facilita a quitação das dívidas rurais, transformando-as em títulos negociados no mercado.
Marcelo também enfatizou a necessidade de articulação em torno da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. “Há uma perseguição indireta por parte do governo federal, que pode acabar inviabilizando a produção de tabaco ao longo do tempo. Vamos precisar da força do senador na Convenção, para que se possa discutir a questão do tabaco pelos âmbitos social e econômico, como fonte de sustento de muitas famílias da nossa região”, declarou.
Sobre o tema, Mourão defendeu medidas contra o contrabando de cigarros, em vez de ataques à cadeia produtiva do fumo. “Hoje, 60% a 70% do cigarro vendido no Brasil é contrabandeado do Paraguai. O governo tem que agir contra esse contrabando. Essa é a tarefa dele. E não tem que agir em cima de um grupo que emprega, trabalha, produz e representa uma fonte fundamental de exportação e de ingresso de recursos”, pontuou.
A deputada estadual Kelly Moraes também se pronunciou, destacando que os parlamentares compartilham objetivos comuns voltados ao desenvolvimento da região, com ênfase especial no apoio aos produtores rurais, buscando garantir a segurança necessária para que continuem contribuindo para o crescimento do estado. “Falamos do fumo com muito orgulho, porque aqui temos as empresas, os safristas e a economia da região movimentada por essa produção”, afirmou.
Já a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Fátima Alves da Silva, aproveitou a ocasião para solicitar o apoio do senador a um projeto de lei em tramitação no Congresso que propõe a fixação de índices mínimos de recursos a serem destinados pelos governos à assistência social, com o objetivo de assegurar um padrão de atendimento e suporte às pessoas em situação de vulnerabilidade.