dom, 11 de maio de 2025

Variedades Digital | 10 e 11.05.25

A Jornada da Mãe Eduarda na UTI Neonatal

Quando o Amor Chega Antes do Tempo

“Eu nunca imaginei que minha jornada como mãe começaria assim: tão cedo, tão intensa e, ao mesmo tempo, tão transformadora. Com 32 semanas de gestação, minha filha Alice resolveu vir ao mundo — antes do tempo, sem aviso, sem manual, sem nenhuma das certezas que eu imaginava ter quando me tornasse mãe.

O parto foi um misto de medo, esperança e incertezas. Lembro-me do primeiro chorinho ecoando na sala de cirurgia, acompanhado da corrida dos médicos, dos tubos, da incubadora… Minha filha foi levada direto para a UTI neonatal.

Ser mãe de um bebê prematuro é aprender a viver um dia de cada vez. Nos primeiros dias, eu me sentia perdida entre as máquinas, alarmes, profissionais de jaleco e palavras difíceis. Mas foi ali que meu amor materno começou a se revelar de forma avassaladora. Cada vez que eu conseguia tocar sua pele pela janelinha da incubadora, cada vez que ela reagia à minha voz, eu sentia um amor que não cabia mais em mim.

Houve dias difíceis. Ver aquele serzinho tão pequeno, cheio de fios, lutando para se manter estável, era um sofrimento que nenhuma mãe deveria enfrentar. Eu me sentia impotente, frágil, com medo do futuro. Aos poucos, fui descobrindo uma força que eu não sabia que existia dentro de mim. Porque, por ela, eu seria — e sempre serei — capaz de qualquer coisa.

E, junto com a força, veio a fé. Eu, que nunca fui tão próxima de Deus, comecei a conversar com Ele todos os dias. Pedia proteção, vida, saúde. E cada melhora da minha filha era como uma resposta: um ganho de peso, o aumento na quantidade de leite que ela tomava, a primeira vez que respirou sozinha… Eram pequenas vitórias que, para nós, eram milagres. Comecei a agradecer mais do que pedir. Aprendi a confiar.

A primeira vez que ela abriu os olhos e me olhou foi como se o tempo parasse. Eu não sabia que um olhar tão pequeno podia carregar tanta força. Eu não sabia que o amor podia ser tão imenso, mesmo antes de pegá-la no colo de verdade. E, quando finalmente me deixaram fazer o primeiro canguru — 17 dias depois —, eu soube que ali, naquele instante, eu estava completa. O mundo podia estar desabando lá fora, mas eu tinha tudo que precisava.

Ainda estamos em processo. Ainda não a tenho em casa. Mas hoje eu tenho fé, tenho esperança e, principalmente, tenho amor. Um amor que não depende do tempo, da saúde ou das condições ideais. Um amor que nasceu prematuro, mas que é imenso, forte e incondicional.

Ser mãe de UTI é aprender que o tempo de Deus não é o nosso. É celebrar os mililitros, os miligramas, os segundos de respiração. E é saber que, por mais que esse começo tenha sido diferente do que eu sonhei, ele foi exatamente o que eu precisava para entender o verdadeiro significado de ser mãe”.

Texto escrito por: Eduarda Vieira

Zucco aciona PGR contra ministro da Previdência e Frei Chico por suposta omissão e interferência nas investigações de esquema bilionário de descontos ilegais no INSS

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