qua, 30 de abril de 2025

Variedades Digital | 26 e 27.04.25

Farsul promove reunião com agentes financeiros

- Emerson Foguinho / Divulgação Sistema Farsul

Encontro dá continuidade na busca por solução ao endividamento de produtores

Representantes do Banco do Brasil, Banrisul e Sicredi estiveram na sede da Farsul para reunião, nesta terça-feira (22/4) onde foi discutido o método para elaboração da estratificação das dívidas dos produtores rurais gaúchos. A demanda é uma solicitação do Governo Federal e dá continuidade às conversas entre os representantes dos produtores e Ministério da Fazenda após encontro realizado no dia 16 de abril, na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília. Participaram pela Farsul, o 1º vice-presidente, Elmar Konrad, o diretor vice-presidente, Domingos Velho Lopes, e o economista-Chefe, Antonio da Luz. O secretário Executivo da Fetag, Kaliton Prestes, também esteve presente.
Konrad abriu o encontro fazendo uma recuperação das perdas acontecidas nos últimos anos. Ressaltou a irregularidade na produtividade pelo estado em decorrência das estiagens e o histórico da securitização acontecida há duas décadas. “Atualmente a situação exige uma medida similar”, afirmou, lembrando que após as perdas em 2022, iniciou o afastamento das resseguradoras no estado.

O 1º vice-presidente também apontou o PL nº 2.951/2024, da senadora Tereza Cristina (PP-MS), como única esperança para um futuro mais tranquilo para o setor, especialmente por tratar de uma modernização do Seguro Rural. “Para o momento, buscamos a ideia mais coerente”, garantiu.

O economista-Chefe da Farsul, Antonio da Luz, demonstrou preocupação com a próxima safra. Ele alega que, além da previsão do Governo Federal de não haver recursos discricionários para 2027, existem ainda as mudanças no IFRS 9 que podem gerar impedimentos às instituições financeiras se medidas não forem tomadas agora.

Conforme Luz, o quadro atual não apresenta grandes expectativas em relação a uma solução ampla. “O que se tem é para tentar manter vivo o produtor a espera de um milagre, de alguma sequência de boas safras para um respiro. Mas, tudo indica que será a pior safra do ciclo. Começamos a ter perda em regiões que não tinham e quando isso acontece os números despencam”, comentou, referindo-se a região do Planalto Médio.

O economista destaca o ineditismo da situação. “Até o ano passado havia problemas, mas não como neste. Nós temos que equilibrar uma situação que nunca enfrentamos. Todos estamos passando por isso pela primeira vez”, disse. Ele vê como clara a posição do Governo Federal que, diante da escassez de recursos, irá fazer escolhas e enxerga de um modo diferente a situação do Rio Grande do Sul. Também reforçou a posição negativa em relação à prorrogação dos prazos pela Fazenda.

Luz demonstrou preocupação com o que pode acontecer se mantido esse posicionamento. “Temos a menor inadimplência do país conforme o Serasa. Produtor tem feito tudo o que pode para se manter adimplente. Se deixarmos eles ficarem negativados, terá consequências”, alertou.

Os dados levados pelos bancos indicam um total de dívidas superior a R$ 30 bi para 2025 entre vencimentos normais e os já prorrogados. Por solicitação da Farsul, os agentes financeiros irão apresentar, ainda nesta semana, os valores considerando o tipo de crédito (Custeio, CPR, investimentos e comercialização) e fonte de recursos
Os representantes dos bancos endossaram a orientação já dada pela Farsul para aqueles produtores que tenham condições de efetuar a quitação do pagamento ou a prorrogação via MCR que o façam. Não há indicação por parte do Governo Federal de uma medida geral e irrestrita e o atraso na espera de uma renegociação a todos irá gerar mais custos em razão dos atrasos.

Domingos Lopes avalia de forma positiva a reunião. Ao classificar como eficiente e produtiva, ressalta a clareza e transparência do debate. “Conseguimos chegar a um consenso na forma de se apresentar todas as questões do endividamento dos produtores rurais de todos os seguimentos. Estamos muito preocupados, o prazo está exíguo para evoluir efetivamente para uma solução de alongamento que o Rio Grande do Sul é merecedor em razão dos quatro anos de estiagem e a enchente do ano passado”, disse.

“O setor segue na expectativa e estamos cumprindo os combinados tanto com o Poder Legislativo, quanto com o Poder Executivo Federal para que possamos chegar a uma solução definitiva ao setor produtivo do estado do Rio Grande do Sul”, concluiu Domingos.

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