qui, 1 de maio de 2025

Variedades Digital | 26 e 27.04.25

Professores… A base para qualquer profissão

Maicon utiliza recursos tecnológicos para seu aprendizado. (Foto: : Hanelle Abot/AP)

A arte de ensinar através da acessibilidade e inclusão

Nesta segunda-feira, 15 de outubro, é comemorado o Dia do Professor, uma categoria que é a base de informação e conhecimento para qualquer profissão, que muitas vezes passa desvalorizada. É importante que não só nessa data, mas qualquer outro dia, pais, alunos e gestores valorizem e compreendam a importância para a formação dos estudantes e para a educação.
Com a inclusão de alunos com necessidades especiais no sistema regular de ensino, sendo hoje a diretriz principal das políticas públicas educacionais, tanto a nível federal, quanto estadual e municipal, a reportagem procurou a professora Carmem Lia Alves, da escola General Neto para contar um pouco do seu trabalho desenvolvido com alunos com deficiência visual incluídos nas escolares regulares.
Carmem tem 30 anos de trabalho em Escola Pública, mas há 18 anos começou no General Neto o ensino e aprendizado em braille para alunos cegos ou com baixa visão. A professora fez sua especialização no Instituto Benjamim Constant, no Rio de Janeiro, que é mais do que uma escola para atender crianças e adolescentes cegos, surdocegos, com baixa visão e deficiência múltipla; é também um centro de referência, a nível nacional, para questões da deficiência visual, capacitando profissionais e assessorando instituições públicas e privadas nessa área, além de reabilitar pessoas que perderam ou estão em processo de perda da visão.
“Quando cheguei ao Instituto me apaixonei pela causa. Foi muito bom, de excelente qualidade, numa escola que é referência de cegos no Brasil. Uma escola federal que atende a tudo que o deficiente visual precisa, tive essa formação completa que felizmente me deu o embasamento para chegar ao General Neto alfabetizando o braille, ensinando a usar a bengala, orientar na mobilidade, ensinar a parte matemática e os recursos tecnológicos”, comenta a professora.
Na escola General Neto, até 2015 existia uma sala exclusivamente para deficientes visuais, depois se tornou uma sala multifuncional atendendo a todas as deficiências dos alunos que hoje são 25 fazendo parte da especialidade. Essa sala dá o suporte tanto para o aluno quanto para o professor. “No caso de um aluno cego, o professor não domina o braille em sala de aula e tem poucas condições de dar um trabalho individualizado então fizemos esse trabalho no turno inverso na sala de recursos, no outro turno estão na sala regular”, explica Carmem.
No entanto, a correta utilização da grafia em braille para o aluno cego, a utilização de fontes e tamanhos adequados ao aluno com baixa visão, o uso de recursos tecnológicos, o emprego de materiais concretos e manipuláveis, sempre que possível, mostram-se imprescindíveis para que o professor possa proporcionar aulas acessíveis aos alunos incluídos.

A professora Carmem Lia Alves com os alunos na sala multifuncional (Foto: : Hanelle Abot/AP)
O sistema braille é o código universal de escrita e leitura para pessoas com deficiência visual.(Foto: : Hanelle Abot/AP)
Maicon utiliza recursos tecnológicos para seu aprendizado. (Foto: : Hanelle Abot/AP)

Lauren Trindade – [email protected]

Francisca Harden

No coração da segurança pública, uma mãe que inspira e protege dentro e fora de casa