qua, 3 de setembro de 2025

Variedades Digital | 30 e 31.08.25

UNIPAMPA recebe seminário de encerramento do projeto RestaurAPA

Nesta quinta-feira (24) a UNIPAMPA, campus, Sant’Ana do Livramento, recebe o evento o Restauração da Vegetação Campestre e uso de sementes nativas: experiências e avanços no Bioma Pampa, e marca o encerramento do RestaurAPA .

O seminário ocorrerá no auditório da UniPampa, e será aberto ao público mediante inscrição prévia. Para os interessados que não puderem prestigiar o evento de forma presencial, o mesmo será transmitido ao vivo pelo nosso canal do youtube: https://www.youtube.com/@restaurapa7745

As inscrições para o evento podem ser feitas no site restaurapa.org

SOBRE O PROJETO

Financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO como agência executora, o RestaurAPA é implementado pela Universidade La Salle (UniLaSalle), em parceria com a Emater/RS e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A expectativa é de que os R$ 3, 142 milhões em recursos federais gerem resultados ambientais e econômicos na área, servindo como modelo para a recuperação de outras áreas degradadas nos 318 mil hectares da APA, entre os municípios de Alegrete, Quaraí, Rosário do Sul e Santana do Livramento e outras regiões do Pampa em estado de degradação. Uma das maiores ameaças para a fauna e flora nativas é o capim-annoni, uma planta invasora de origem africana que foi introduzida no Rio Grande do Sul na década de 1950 e se espalhou pelo estado, ocasionando prejuízos à biodiversidade nativa e à produção pecuária sustentável. O capim-annoni possui características como alta produção de sementes e persistência de sementes no solo por longos períodos. Além disso, características como a baixa palatabilidade, baixo potencial nutritivo para o gado e alto teor de fibras, podendo inclusive desgastar a dentição do rebanho e prejudicar a alimentação dos animais, resultam no baixo consumo da espécie, o que favorece a permanência desta no ambiente e aumenta o poder de invasão.

 

Ao todo o RestaurAPA envolve 20 propriedades com áreas destinadas ao projeto que variam entre 22 a 260 hectares cada, localizadas nos quatro municípios abrangidos pela APA do Ibirapuitã. Essas propriedades servirão como Unidades de Referência de manejo para outras propriedades da região.

 

O manejo a ser desenvolvido em cada propriedade poderá variar de acordo com o grau de infestação pelo capim-annoni, bem como características particulares de cada campo ou família. Boa parte dos recursos será aplicada na compra de máquinas, implementos agrícolas, cercas e insumos para a implantação do pastejo rotativo, técnica na qual se divide o campo em um número maior de piquetes, deixando uma alta carga animal onde o pasto está alto e as demais áreas em repouso. Entre as estratégias para recuperar o campo nativo estão o pastoreio rotativo, diferimento, adubação e correção do solo, utilização de pastagens de inverno semeadas a lanço. Também será possível o uso de espécies forrageiras de verão. Em casos com maior presença do capim-annoni, haverá a aplicação pontual e seletiva de herbicida para eliminá-lo.

 

Um dos protocolos utilizados é o Método Integrado de Recuperação de Pastagens (Mirapasto), desenvolvido pela Embrapa que prevê diversas ações integradas para controle da espécie invasora. Segundo a instituição, a média de produção de um campo infestado com annoni varia de 44 a 78 quilos de gado (peso vivo) por hectare ao ano (kg/ha/ano). Com o Mirapasto, esse resultado saltaria para 382 kg/ha/ano.

 

Com o combate ao capim-annoni, a expectativa é a regeneração do campo nativo. O campo gaúcho possui uma grande diversidade de plantas, afetada pela espécie invasora. No Pampa, são mais de 2.600 espécies campestres, muitos de alto rendimento para o gado, como o capim-forquilha (Paspalum notatum), o capim-melador (Paspalum dilatatum), o capim-rabo-de-lagarto (Mnesithea selloana) ou o pega-pega (Desmodium incanum), entre outras. Essa diversidade de plantas gera uma dieta mais completa para os bovinos, resultando em maior ganho de peso comparado com a alimentação baseada no capim-annoni, normalmente desprezado pelos animais. Ao mesmo tempo, essa diversidade vegetal permite o desenvolvimento de uma fauna também rica e diversa, entre eles, uma grande diversidade de insetos que usam os recursos florais do campo e também possuem importância como polinizadores de culturas agrícolas. O campo nativo, especialmente quando apresenta heterogeneidade em termos de estrutura da vegetação, também é habitat para uma grande diversidade de aves e outros vertebrados. Estima-se que mais de 2000 espécies de invertebrados contribuam para o ecossistema nativo do campo, além de cerca 1000 espécies de vertebrados, como veado-campeiro, a ema e a capivara.

 

O contrato com o Funbio foi assinado em dezembro de 2020. A primeira etapa foi o contato com o Conselho Gestor da APA e atores da comunidade local, a partir do qual foram sensibilizadas e eleitas as famílias voluntárias para recuperação de suas áreas. Apesar de alguns atrasos relativos ao período de pico da Covid-19 em 2021, no final de abril foram fechadas as parcerias com os produtores e iniciado o levantamento de cada área. Esse trabalho incluiu a análise, por amostragem, de cada área de campo a ser beneficiada, com avaliação de cobertura de espécies nativas e de capim-annoni. Esse monitoramento, juntamente com outras mensurações, ocorrerá periodicamente, para que se possa averiguar a evolução dos campos após o manejo. A Emater é responsável pelo relacionamento com os produtores e prestação do serviço de assistência, já a Unilasalle, além de ser a instituição responsável pelo gerenciamento do projeto, atuará no monitoramento ecológico e na construção de alternativas técnicas de conservação das áreas. A UFRGS atuará no monitoramento da vegetação e nos trabalhos de restauração. Um dos grandes trunfos do projeto é unir a extensão rural e a pesquisa, com benefícios tanto aos produtores beneficiados quanto para o desenvolvimento científico e de soluçõestécnicas.

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