qua, 18 de junho de 2025

Variedades Digital | 14 e 15.06.25

Primeiro bebê de reprodução assistida do Sul do Brasil completa 35 anos

Álvaro Luís Gonçalves Santos, gerado com o auxílio do Fertilitat, nasceu em 23 de fevereiro de 1989. Centro de medicina reprodutiva está prestes a chegar a 7 mil bebês

O primeiro bebê de reprodução assistida do Sul do Brasil está completando 35 anos. Álvaro Luís Gonçalves Santos, gerado com o auxílio do Fertilitat – Centro de Medicina Reprodutiva, nasceu em Porto Alegre em 23 de fevereiro de 1989, dez anos depois da primeira do mundo, a inglesa Louise Brown. De lá para cá, o Fertilitat já ajudou a gerar quase 7 mil vidas, marca que deve ser atingida em março.

Alvinho, como é chamado carinhosamente pela equipe liderada pelos ginecologistas Alvaro Petracco e Mariangela Badalotti, mora em Porto Alegre. Formado em Economia pela PUCRS e estudante de Ciências Contábeis na UFRGS, já atuou no mercado financeiro e passou em 25 concursos públicos. Atualmente, dedica sua vida à eficiência da máquina pública e o combate à corrupção. É auditor da Contadoria e Auditoria Geral do Estado (Cage), dentro da estrutura da Secretaria Estadual da Fazenda, e presidente do Comitê de Integridade Pública do Estado, que tem a missão de implementar programas de integridade na administração pública gaúcha. Ele também coordena uma iniciativa que idealizou no Estado, o Projeto Escola Íntegra, no qual estudantes aprendem sobre integridade e combate à corrupção.

Em 1988, o casal Iara e João Luis recorreu a uma técnica de reprodução assistida para superar a infertilidade provocada por endometriose (disfunção no tecido que reveste o útero internamente). “Era uma época complicada, não tínhamos os insumos necessários. Era quase artesanal e os resultados, empíricos. Tivemos de buscar equipamentos fora do Brasil e, mesmo em outros países, ainda era tudo muito novo. Quando chegamos a resultados de sucesso próximos aos da relação sexual, de 20%, já considerávamos um sucesso”, relembra Petracco.

Iara engravidou na primeira tentativa, para a alegria da equipe médica e da família. Teve uma gestação normal, mas cercada por curiosidade pelo ineditismo. O nascimento do “primeiro bebê de laboratório” do Rio Grande do Sul, no Hospital São Lucas da PUCRS, foi capa de jornais em fevereiro de 1989 e abriu um novo campo na medicina. O bebê recebeu o nome de Álvaro Luís, o primeiro nome em homenagem ao médico e o segundo, ao pai. Quatro anos depois, Iara engravidou novamente, mas de forma natural, dando à luz uma menina. A primeira gestação se mostrou, conforme o Dr. Petracco, “um dos melhores tratamentos para a endometriose”.

“Tenho muita sorte de meus pais terem encontrado o Dr. Álvaro e a equipe do Fertilitat. Somos eternamente gratos a eles. Até porque a minha fertilização ainda possibilitou, posteriormente, que minha irmã viesse de forma natural. Eles são realizadores de sonhos, do sonho mais genuíno que alguém pode ter”, afirma Alvinho, que é solteiro e ainda não tem filhos.

Novos caminhos e alternativas
Hoje, existem diversas técnicas que driblam a infertilidade. As mais conhecidas são a fertilização in vitro, quando a fertilização ocorre em laboratório e, após o acompanhamento das primeiras fases das divisões do embrião, este é transferido para o útero, onde deverá se implantar e dar início à gestação; já a inseminação artificial é quando espermatozoides preparados em laboratório são depositados diretamente no útero, sendo indicado quando existe alguma dificuldade do gameta “subir” pelo colo uterino.

As taxas de sucesso desses procedimentos estão crescendo cada vez mais e podem chegar a mais de 50%. Cada caso, no entanto, exige uma investigação ampla do estilo de vida e histórico de saúde do casal, oferecendo um tratamento adequado ao quadro existente. “O acompanhamento aborda aspectos conjugais, emocionais, sexuais, comportamentais, de saúde geral, doenças anteriores, histórico familiar, podendo exigir também exames complementares”, explica Petracco.

Pioneira na reprodução assistida no Estado ao lado do Dr. Petracco, Mariangela relembra com carinho do primeiro bebê que ajudaram a gerar e fica feliz pela trajetória profissional de sucesso. “Alvinho foi um marco em nossas vidas. Tivemos muito trabalho, dúvidas e dificuldades para realizar o primeiro procedimento, mas o resultado compensou e abriu um novo campo para ajudar milhares de outras famílias, o que é nosso compromisso até hoje. Nada é mais emocionante do que sentir a alegria dos pais na primeira vez que eles entram na clínica com um filho e receber o seu abraço de agradecimento. Eles seguram em seus braços o bem mais precioso que eles poderiam ter, e nós tivemos a sorte de poder ajudá-los”, conta Mariangela.

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