As ações asiáticas encerraram no terreno positivo (exceção ao índice Shangai, na China), enquanto os futuros em Wall Street operam com leves ganhos e um indicador de ações globais vai subindo pelo terceiro dia , depois que as ações nos EUA subiram com a melhora da confiança do consumidor e ganhos acima do esperado.
As maiores movimentações na Ásia ocorreram em Hong Kong, onde o índice de referência subiu mais de 2%. As empresas de tecnologia lideraram os ganhos após uma série de comentários de reguladores sobre o apoio à economia chinesa em geral e aos incorporadores imobiliários.
Os títulos do Tesouro subiram ligeiramente na Ásia depois de uma sessão mista nos EUA, à medida que as consequências imediatas da surpreendente mudança de política do Banco do Japão começaram a diminuir.
O rendimento dos títulos do governo japonês de 10 anos visado pelo BOJ caiu para 0,385%, em comparação com o novo limite superior de 0,5% do banco central. Já o iene, retomou seu avanço após uma leve correção na quarta-feira, depois de registrar na véspera, seu maior avanço intradiário desde 1998.
Os lucros da FedEx e da Nike, excedendo as estimativas de Wall Street, forneceram um alívio para as ações dos EUA que vinham sendo duramente atingidas desde a virada dura do Federal Reserve na semana passada. O apetite por riscos também foi apoiado pelo aumento da confiança do consumidor dos EUA acima do previsto, para o nível mais alto desde abril, com a queda da inflação.
O aumento dos juros globais encolheu substancialmente o estoque mundial de dívidas com rendimento negativo para cerca de US$ 821 bilhões, de um pico de US$ 18,4 trilhões alcançado dois anos atrás.
Entre as commodities, o petróleo avança pelo quarto dia, depois que os dados mostraram uma redução nos estoques dos EUA, enquanto os investidores seguem acompanhando as consequências das sanções do G7 contra as exportações e receitas de petróleo da Rússia.
Por aqui, o Centrão deve cobrar do governo eleito cargos e ministérios com orçamentos vistosos como contrapartida pelo apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição na Câmara finalizada ontem no Senado Federal após votação em dois turnos na Câmara.
O União Brasil, por exemplo, deve reivindicar o ministério de Minas e Energia e Desenvolvimento Regional, que mudará de nome. Além disso, quer o controle da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), autarquia que até agora recebeu os maiores recursos do orçamento secreto.
Já o PSD quer a Infraestrutura, que no novo governo será dividida em duas pastas, Agricultura e Turismo.
A justificativa: juntos, esses ministérios terão cerca de R$ 94 bilhões para gastar no ano que vem, valor que pode aumentar após a aprovação da PEC, com a redistribuição da verba do extinto orçamento secreto.
Lula fará um pronunciamento hoje às 9h30 no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição. A expectativa é por anúncio da maior parte dos ministros. De acordo com a comunicação do presidente eleito, haverá uma apresentação da situação social encontrada pelos grupos de trabalho da transição.
