Jornal A Plateia – Rádio RCC – Santana do Livramento

sex, 5 de dezembro de 2025

Santanenses encaram desafio extremo no El Cruce, na Argentina

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Três santanenses viveram uma experiência inesquecível ao participar de uma das provas de montanha mais desafiadoras da América Latina: o El Cruce, realizado em Villa La Angostura, na região de Neuquén, na Argentina. Representando Sant’Ana do Livramento, Emerson, Gabriel Lopes e Juliane Almeida encararam três dias de percurso, totalizando aproximadamente 93 quilômetros, com altimetrias que chegaram a 1.844 metros.

A preparação foi intensa e começou meses antes da prova. Emerson destacou que todo o ano de 2024 foi dedicado a treinos e competições que serviram como base para o grande desafio.

“Fiz uma preparação desde o início do ano para que pudesse chegar até o final da prova. Participei de provas em Porto Alegre, 21 km em junho, e da Maratona de Buenos Aires, em setembro, sempre focando no El Cruce 2025. No último mês, rodei cerca de 70 km por semana, com muitas subidas pelos cerros de Livramento e escadarias de Rivera”, relatou.

Mesmo assim, segundo ele, nada se comparou ao enfrentado durante os três dias na Patagônia.

“Estava em um terreno totalmente diferente do que já havia participado. O clima mudava o tempo todo. O último dia foi o mais difícil: já estava desgastado, enfrentei descidas muito íngremes e estreitas, com risco alto de quedas. Mas valeu cada momento. Foi uma experiência que levo comigo e compartilho com minhas filhas e amigos que participaram”, afirmou Emerson.

A atleta santanense Juliane Almeida falou sobre o quanto a prova exige disciplina e constância, muito além do condicionamento físico.

“Participar do El Cruce é uma experiência que começa meses antes, desde a logística até os treinos longos com altimetria acumulada. Eu sabia que a prova exigiria entrega e comprometimento. Quando cheguei à Villa La Angostura, já senti que todo o caminho até ali tinha valido a pena”, contou.

Ela destacou ainda o ambiente único do evento, que incluiu pernoites em acampamentos compartilhados.

“O acampamento fez parte da experiência: clima frio, convivência simples e troca de histórias com pessoas que têm o mesmo propósito. Completar o El Cruce foi muito mais que cruzar a linha de chegada. Foi uma vivência profunda e marcante, daquelas que ficam para sempre”, completou.

A participação dos três santanenses reforça a presença cada vez maior de atletas locais em eventos de grande porte internacional, levando o nome da cidade a desafios extremos e inspirando novos esportistas que buscam superar seus próprios limites.

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