Jornal A Plateia – Rádio RCC – Santana do Livramento

seg, 22 de dezembro de 2025

Quando o coração cresce no Natal

O que o Grinch ainda nos ensina

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Lançado há mais de duas décadas, O Grinch segue atual não apenas como um clássico do Natal, mas como uma história que fala diretamente sobre sentimentos humanos universais. Por trás da fantasia e do humor, o filme aborda temas profundos como solidão, pertencimento e a capacidade de recomeçar.

O personagem que dá nome à história vive isolado, distante da comunidade e ressentido com tudo o que o Natal representa. Para ele, a data se resume a excessos, barulho e consumo. Uma visão que, embora exagerada na ficção, encontra ecos na realidade de muitas pessoas que chegam ao fim do ano carregando cansaço, frustrações ou a ausência de quem amam.

Ao longo da narrativa, o Grinch descobre que o Natal não está nos presentes nem nas decorações, mas nos vínculos humanos. A transformação do personagem acontece no encontro, no acolhimento e na percepção de que pertencer não exige perfeição, apenas presença. O famoso momento em que seu coração “cresce” simboliza exatamente isso: a capacidade de abrir espaço para o outro.

Em tempos em que o Natal também é marcado pelo ritmo acelerado da vida, pelas distâncias impostas pelo trabalho ou pela saudade de quem não está mais presente, a mensagem do filme ganha ainda mais força. Ele lembra que celebrar não é acumular, mas compartilhar. Não é ter, mas sentir.

Mais do que uma história para crianças, O Grinch convida adultos a repensarem o significado da data. O Natal pode ser barulhento ou silencioso, cheio ou simples, mas encontra seu sentido quando existe afeto, escuta e disposição para estar junto.

Ao final, o filme deixa uma mensagem que atravessa gerações: o Natal não cabe em uma caixa de presentes. Ele mora nas relações, nos gestos simples e na capacidade de deixar o coração crescer, mesmo depois de um ano difícil.

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