Viver o Natal longe de casa nunca é simples. Para o jogador de futebol Willian Gaúcho, que atualmente mora na China, a distância da família se intensifica neste período do ano, mas não diminui o significado da data.
Mesmo realizando um sonho profissional, o fim de ano traz sentimentos mistos. A realização de viver uma grande experiência fora do país convive com a saudade das pessoas que sempre estiveram ao seu lado. Segundo ele, passar o Natal longe da família nunca foi fácil, ainda que, ao longo da carreira, essa realidade já fizesse parte de sua trajetória desde muito jovem.
Desde os 12 anos, quando deixou a casa dos pais para seguir no futebol, Willian conta que raras foram às vezes em que passou o Natal junto da família, mesmo quando ainda atuava no Brasil. A rotina do esporte, com treinamentos e competições já no início do ano, sempre exigiu sacrifícios pessoais. Hoje, morando do outro lado do mundo, a distância apenas se tornou maior.
Na China, o Natal é celebrado, mas de forma diferente. O Ano-Novo tradicional do país acontece em fevereiro, porém o respeito às culturas estrangeiras é marcante, especialmente em Hong Kong, onde vivem muitos expatriados. As comemorações costumam acontecer ao ar livre, em parques e espaços públicos, reunindo amigos e famílias. Diferente do Brasil, onde o Natal é vivido de forma mais íntima, dentro de casa, ao redor da mesa e dos afetos.
Apesar das diferenças culturais e da rotina intensa do país, onde o ritmo de trabalho é acelerado e não há grande distinção entre dias da semana, Willian encontra acolhimento. A presença de outros brasileiros e de pessoas que compartilham costumes semelhantes ajuda a tornar o período mais leve. O empresário que o levou à China e sua família acabaram se tornando um apoio fundamental, criando um ambiente que, mesmo distante, se aproxima do sentimento de lar.
A saudade, no entanto, se intensifica nos dias 24 e 25 de dezembro. É nesses momentos que vêm à memória as ceias em família, a troca de presentes, o amigo secreto e a reunião de todos em torno do mesmo propósito. Para Willian, esses instantes dão sentido à vida e reforçam a razão de cada esforço feito ao longo do ano.
A tecnologia tem sido uma aliada importante para diminuir a distância. Com 12 horas de diferença no fuso horário, as chamadas de vídeo se tornam possíveis justamente quando o Natal começa na China e ainda é meio-dia no Brasil. Um recurso simples, mas essencial para manter os laços afetivos vivos.
Viver o Natal longe de casa também trouxe amadurecimento. Para o jogador, a data passou a carregar ainda mais significado, reforçando valores como família, gratidão e fé. Ele acredita que o Natal é tempo de agradecer a Deus, reconhecer conquistas e valorizar as pessoas que realmente importam.
Um dos Natais mais marcantes foi o de 2024, já na China. Mesmo distante da família, Willian se sentiu acolhido por quem lhe abriu as portas e ofereceu apoio em um momento tão simbólico. Para ele, essa experiência mostrou que a distância perde força quando há pessoas dispostas a cuidar, acolher e desejar o bem.
Para Willian Gaúcho, o Natal segue sendo uma data de alegria e gratidão. Uma celebração que vai além do lugar físico e se fortalece nos vínculos construídos ao longo da vida. “É duro passar longe, mas sempre por um bom motivo”, resume.
Ao final, ele deixa uma mensagem: que o Natal seja um tempo de valorização da família, de quem se faz família e de quem caminha ao nosso lado. E que o próximo ano seja vivido com fé, união e esperança.
Willian Gaúcho vive o Natal longe de casa, mantendo vivos os laços afetivos mesmo na China.
Willian Gaúcho com a irmã Eduarda, a irmã Sophia e o pai Jaime Ruiz, em momentos de conexão familiar.
Willian Gaúcho ao lado da mãe, Patrícia, celebrando os vínculos que tornam o Natal especial.
