Jornal A Plateia – Rádio RCC – Santana do Livramento

qua, 17 de dezembro de 2025

Justiça intima Câmara de Vereadores após ação ajuizada pela Prefeitura sobre emendas impositivas

Legislativo tem prazo de 72 horas para se manifestar em ação civil pública 

O texto abaixo está em

A Justiça determinou a intimação da Câmara Municipal de Sant’Ana do Livramento para se manifestar, no prazo de 72 horas, sobre a ação civil pública ajuizada pelo Município. A decisão foi proferida pelo juiz Gildo Adagir Meneghello Junior, da 1ª Vara Cível da Comarca, no âmbito do processo nº 5010279-49.2025.8.21.0025.

A ação foi proposta pela Prefeitura de Sant’Ana do Livramento contra a Câmara de Vereadores e tem como objetivo questionar a legalidade e a constitucionalidade do percentual destinado às emendas parlamentares impositivas no orçamento municipal. Segundo o Executivo, o limite atualmente previsto na Lei Orgânica do Município, de 2% da Receita Corrente Líquida (RCL), seria incompatível com os parâmetros definidos pelo Supremo Tribunal Federal para casas legislativas unicamerais.

No despacho, o magistrado determinou que a Câmara seja formalmente intimada para apresentar manifestação no prazo de 72 horas. Após esse prazo, os autos deverão ser encaminhados ao Ministério Público para análise e manifestação como fiscal da ordem jurídica.

Na petição inicial, o Município sustenta que o crescimento das emendas impositivas nos últimos anos teria ocorrido em ritmo muito superior ao crescimento da Receita Corrente Líquida e das despesas discricionárias do Poder Executivo, o que, segundo a argumentação, comprometeria o equilíbrio orçamentário e a execução de políticas públicas essenciais. A Prefeitura também pede a concessão de tutela de urgência para suspender, de forma imediata, a aplicação do teto de 2% e adequar o orçamento de 2026 aos limites apontados pelo STF.

Com a intimação determinada pela Justiça, a Câmara Municipal deverá apresentar sua posição dentro do prazo estabelecido. A decisão sobre eventual concessão de medida liminar ainda dependerá da análise do Judiciário após a manifestação do Legislativo e do Ministério Público.

NO AR
Rádio RCC