Deputado também apresentou moções de louvor aos governos da Argentina e do Paraguai por reconhecerem PCC e Comando Vermelho como organizações terroristas
O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, deputado federal Zucco (PL-RS), protocolou nesta sexta-feira (31) um pedido de Missão Oficial à República de El Salvador, com o objetivo de conhecer de perto a política de segurança pública e o modelo penitenciário implementados pelo presidente Nayib Bukele, reconhecido internacionalmente pelos resultados expressivos no combate ao crime organizado e ao narcotráfico.
A solicitação foi apresentada à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) e prevê uma visita técnica e institucional ao país, para que parlamentares brasileiros possam compreender as estratégias que transformaram El Salvador — que antes figurava entre as nações mais violentas do mundo — em referência global de redução de homicídios e desarticulação de facções criminosas.
“El Salvador saiu do caos e hoje é o país mais seguro das Américas. O presidente Bukele teve coragem e determinação para enfrentar o crime organizado, desarticular as quadrilhas e recuperar o controle do Estado. O Brasil precisa aprender com quem conseguiu resultados concretos”, destacou Zucco.
Segundo o parlamentar, a missão permitirá estudar as práticas e estruturas de segurança, inteligência e sistema prisional adotadas pelo governo salvadorenho, a fim de identificar soluções que possam inspirar novas políticas públicas brasileiras.
“Enquanto o governo Lula relativiza o crime e tenta transformar criminosos em vítimas, países vizinhos estão combatendo de frente o narcotráfico. O Brasil precisa retomar o controle da sua segurança pública e proteger o seu povo”, afirmou o líder da Oposição.
Moções de louvor à Argentina e ao Paraguai
Paralelamente, Zucco apresentou moções de louvor na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) em reconhecimento aos governos da Argentina e do Paraguai, que classificaram o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações narcoterroristas.
As decisões ocorreram após a megaoperação no Rio de Janeiro, que escancarou o poder e a estrutura internacional das facções criminosas brasileiras, com ramificações em diversos países da América Latina, nos Estados Unidos e na Europa.
“Enquanto o Brasil fecha os olhos, nossos vizinhos estão reagindo. A Argentina e o Paraguai tiveram coragem de declarar guerra ao narcoterrorismo, reconhecendo a gravidade do problema e tomando atitudes firmes. O Brasil não pode continuar fingindo que nada está acontecendo”, afirmou Zucco.
O parlamentar lembrou ainda que a Câmara dos Deputados deve votar nos próximos dias o projeto que enquadra as facções criminosas como organizações terroristas, um passo decisivo para fortalecer o enfrentamento institucional ao crime organizado no país.
“É hora de o Parlamento agir onde o governo federal falhou. O crime não tem fronteiras, e o Brasil precisa de uma política de segurança à altura da ameaça que enfrentamos”, concluiu.
