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seg, 10 de novembro de 2025

Senador Mourão no ALive: “Estamos vivendo a quinta onda do terrorismo”

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Em entrevista ao programa ALive nesta sexta-feira (07), apresentado pelo jornalista Claudio Dantas, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que o mundo vive atualmente uma “quinta onda” do terrorismo: a do narcotráfico.

De acordo com o parlamentar, a 1ª onda começou no final do século 19, a qual ele chamou de “anarquista”: “que eram assassinatos de autoridades, que culminou com o assassinato do arquiduque [Francisco] Ferdinando e levou à Primeira Guerra Mundial”.

A segunda onda, a “anticolonial”, surgiu após a Segunda Guerra Mundial: “com nações africanas querendo se libertar. Então, o terrorismo como forma de ação política”.

Já a terceira onda, do “terrorismo de esquerda”, começou no final dos anos 60 e 70: “que aqui no Brasil ocorreu”. “Parece que a turma esqueceu, mas tivemos os nossos terroristas”, pontuou Mourão, acrescentando: “Alguns deles estão aí até hoje, né? Pegaram em armas dentro daquela visão de mudança política”.

A quarta onda, do “terrorismo religioso”, surgiu a partir dos anos 80, “do fundamentalismo islâmico, com terroristas suicidas”.

“Na minha visão, nós estamos na quinta onda do terrorismo, que é essa atitude das organizações do narcotráfico, que você viu na Colômbia, que você vê no México, que você vê nas nações africanas”, completou o senador.

Mourão também defendeu o PL que equipara facções criminosas a organizações terroristas, dizendo que a equiparação é uma “consequência” necessária, mesmo que ainda haja críticas envolvendo questões econômicas, como a possibilidade de bancos serem “penalizados” por terem “dinheiro de organização terrorista”.

“É um assunto que tem que ser debatido a sério, e não, vamos dizer assim, no assodamento”, afirmou o parlamentar.

Mourão no ALive: "Estamos vivendo a quinta onda do terrorismo"
Foto: Reprodução/YouTube @ClaudioDantasOficial

CPI DO CRIME ORGANIZADO

Mourão também falou sobre a CPI do Crime Organizado, instalada na semana passada. Membro da comissão, ele disputou a presidência, mas foi derrotado em votação apertada por Fabiano Contarato (ES-PT).

Ao comentar sobre Contarato, Mourão disse que, assim como o relator Alessandro Vieira, o petista já foi delegado e tem se “surpreendido”, ao longo deste ano, com algumas posições dele. O senador destacou que Contarato faz parte da Comissão de Segurança Pública junto com ele e, mesmo sendo do PT, tem defendido o endurecimento de penas.

“Nós terminamos de votar há pouco tempo um projeto dele com relatoria do Flávio Bolsonaro para endurecer o tempo de permanência do menor em fator, superando aquele período de 3 anos. Então isso já foi um avanço. Era dele [Contarato] o projeto”, afirmou Mourão.

O senador acrescentou que, mesmo com Contarato no comando, ele, como “eterno otimista”, acredita que a CPI pode “realmente enveredar pelo caminho do endurecimento da legislação penal”:

Mourão afirmou também que a comissão tem um plano de trabalho abrangente e, em um primeiro momento, vai ouvir autoridades encarregadas da Segurança Pública. Também há a possibilidade de convocar os governadores dos quatro estados com piores índices e dos quatro com melhores índices em termos de combate à criminalidade.

O senador ainda disse que a comissão pode realizar audiências com juízes que anulam decisões envolvendo traficantes.

Ele também destacou que um dos requerimentos já apresentados inclui audiências com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues; o diretor da ABIN, Luiz Fernando Corrêa; e o ministro da Defesa, José Múcio.

Fonte : Mourão: “Estamos vivendo a quinta onda do terrorismo”

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