Jornal A Plateia – Rádio RCC – Santana do Livramento

ter, 18 de novembro de 2025

Negritude Viva: De Zumbi à Consciência Negra

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O 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do país e símbolo da resistência à escravidão, nos lembra que a luta por liberdade, dignidade e igualdade é histórica e permanente. É também momento de reafirmar que a Câmara dos Deputados deve avançar na análise de projetos que combatam o racismo e a discriminação, garantindo políticas públicas que efetivamente promovam justiça social para o povo negro. O Brasil ainda não reconhece plenamente a centralidade da população negra na construção de sua história, cultura e economia. Apesar de sermos parte essencial do país, ainda enfrentamos barreiras para ocupar os espaços de poder, decisão e memória que nos pertencem. Como deputada federal, atuo para que políticas previstas em lei cheguem de fato à população negra.

No governo Lula, a retomada e fortalecimento de políticas de igualdade racial já geram impactos positivos e criam oportunidades. A Lei Aldir Blanc, com editais que incluem recorte racial, garante que artistas e espaços culturais afro-brasileiros tenham acesso a recursos. A Lei de Cotas nas Universidades Federais reserva vagas para estudantes negros, promovendo inclusão no ensino superior. Além disso, programas de apoio a empreendedores negros e negras, iniciativas de combate ao racismo institucional no serviço público e políticas de inclusão social e qualificação profissional, como o Mais Trabalho, ampliam educação, emprego e oportunidades, fortalecendo a presença e participação da população negra na sociedade.

Ser antirracista não é apenas condenar o ódio: é garantir dignidade e acesso. É assegurar que a juventude negra tenha direito à vida, que os terreiros sejam reconhecidos e quilombos titulados, que mulheres negras tenham igualdade e que a história afro-brasileira seja ensinada e valorizada com orçamento público garantido.

Atuo com firmeza nesse compromisso: propondo reeducação de agressores em crimes de racismo e acolhimento às vítimas, a expansão de recursos que fortalecem a luta negra nos territórios, como formação de lideranças, economia solidária e projetos culturais. A negritude precisa ser reconhecida como parte viva, potente e central do Brasil. Nas universidades, escolas, cultura, fé e espaços de decisão, a população negra deve ocupar todos os lugares que lhe pertencem. É por ela que sigo com firmeza, compromisso político e profundo respeito aos nossos ancestrais.

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