O sistema de transporte público coletivo municipal foi duramente criticado e classificado como em extrema decadência. Em entrevista ao Jornal da Manhã da Rádio RC FM, o vereador Rafael, que dedicou sua trajetória política à pauta, detalhou o colapso do serviço e apresentou as soluções que, segundo ele, podem reverter o cenário.
A conversa, conduzida pelo repórter Marcelo Pinto, teve como ponto de partida a queixa de um ouvinte sobre a ausência de ônibus noturnos para o bairro Planalto. O trabalhador relatou ser obrigado a caminhar até sua casa, após às 23h, situação que não existia antes.
O vereador Rafael confirmou a gravidade, afirmando que: “Não tem previsão, a gente segue cobrando o Executivo Municipal para que tome uma providência imediata. Ele lamentou que, a falta de transporte noturno, tenha levado, inclusive, estudantes a abandonarem a universidade.
Sucateamento diário e falta de Fiscalização
Ao descrever a situação geral, o vereador usou termos contundentes. “A gente chegou no fundo do poço, porque aquilo que se quebrava uma vez na semana, está quebrando diariamente,” declarou, completando: “Não está digno o nosso transporte. As queixas incluem ônibus quebrando com frequência, veículos sujos e bancos danificados, refletindo as péssimas condições do nosso serviço de transporte público coletivo.”
Rafael atribuiu a piora do serviço à pandemia, quando as empresas teriam retirado horários e linhas sem a devida autorização do Conselho Municipal de Transportes (COMUT). O principal problema, porém, é a falta de fiscalização eficaz por parte da Secretaria de Trânsito e a inércia do Executivo Municipal.
A solução definitiva: Licitação com subsídio
Para o vereador, a medida que trará uma mudança estrutural de médio e longo prazo é a licitação do transporte público. “O que vai resolver de fato é a licitação,” enfatizou. O novo processo licitatório, defende ele, deve ser abrangente, incluindo subsídios, estabelecendo a idade máxima da frota, definindo o cálculo da passagem e prevendo multas severas para as empresas que não cumprirem o contrato.
O repórter Marcelo Pinto, destacando a longa dedicação do vereador ao tema, questionou a falta de comunicação sobre as alterações de linhas e horários, e manifestou preocupação com a morosidade até que a licitação seja implementada.
Ações de curto prazo e pressão legal
Reconhecendo o tempo que a licitação levará, o vereador Rafael destacou medidas de curto prazo. A primeira foi a aprovação de sua emenda ao Plano Plurianual (PPA), que visa garantir orçamento específico para um “transporte digno”.
A medida mais imediata, no entanto, é a busca por intervenção legal. No mesmo dia da entrevista, uma reunião foi agendada para às 18h, com o defensor público, o presidente da Câmara e o vereador Alberto Reis. O objetivo é discutir a situação e buscar ações que compilam as empresas e o Executivo a promoverem melhorias imediatas no serviço.
O processo para a nova licitação, que exige um estudo prévio detalhado, já está em andamento. O vereador Rafael garantiu que a Câmara manterá a pressão e a fiscalização contínuas para assegurar que a população obtenha, o mais rápido possível, um transporte público digno.
Confira a entrevista na integra: