Sant’Ana do Livramento está entre os principais municípios produtores de noz-pecã no Rio Grande do Sul, estado responsável por mais de 80% da produção nacional. A informação foi reforçada durante o seminário “Noz-pecã: Potencial Nutricional e Cadeia Produtiva”, realizado na sede da Emater/RS-Ascar, em Porto Alegre.
O encontro reuniu produtores, pesquisadores, nutricionistas e consumidores, destacando a importância econômica e nutricional da fruta, originária dos Estados Unidos e México, mas que encontrou no solo e clima gaúchos condições ideais para o cultivo. Além de Sant’Ana do Livramento, Cachoeira do Sul e Anta Gorda também se consolidam como referências na produção.
Conforme o levantamento apresentado pela pesquisadora Larissa Bueno Ambrosini, do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA/Seapi), a cadeia produtiva da noz-pecã já reúne mais de 1,5 mil produtores no estado, grande parte deles ligados à agricultura familiar. Estima-se que 69% da mão de obra envolvida venha de famílias que cultivam em propriedades de até 50 hectares.
O setor, além de gerar renda, também movimenta a culinária e a indústria de alimentos, com destaque para a utilização da noz em pratos, sobremesas e produtos com alto valor agregado. Nutricionistas ressaltaram os benefícios à saúde, como a presença de proteínas, vitaminas do complexo B e propriedades antioxidantes, com impactos positivos para o sistema cardiovascular.
Com a relevância crescente, a Emater/RS-Ascar segue investindo na capacitação técnica. Em novembro, será realizado o segundo módulo de treinamento para extensionistas em Anta Gorda, preparando profissionais para orientar desde o preparo do solo até a colheita.
Assim, Sant’Ana do Livramento reafirma sua posição estratégica na pecanicultura gaúcha, integrando um setor que coloca o Brasil como o quarto maior produtor mundial da noz-pecã.