sex, 19 de setembro de 2025

Variedades Digital | 13 e 14.09.25

A história da Revolução Farroupilha na vinícola Guatambu 

A cidade de Dom Pedrito, a 443 quilômetros de Porto Alegre, já foi considerada capital, mas uma capital diferente. Sim, graças ao acordo firmado em 1845 seu território - na época ainda Bagé, mais especificamente na localidade do Poncho Verde - passou a ser chamada de 'Capital da Paz'. 
Guatambu - Sérgio Coirolo, Gabriela e Valter Potter Foto: Guilherme Brasil

“Dom Pedrito sempre teve uma relevância histórica muito importante para o Rio Grande do Sul”, lembra Valter Potter, que em 2009 presenteou a cidade com uma simbólica escultura que retrata a Paz Farroupilha. A obra, executada por Sérgio Coirolo, foi colocada na entrada da cidade no dia de 14 de setembro, data que marca o início dos festejos da Semana Farroupilha no Rio Grande do Sul.  

Se em 2009 a Estância Guatambu presenteou a cidade para marcar seus 50 anos de fundação, 16 anos depois novamente a família Potter valoriza a história do Rio Grande do Sul: a partir do simbólico dia 20 de setembro os visitantes da vinícola Guatambu poderão saber mais sobre a história dos gaúchos a partir de uma série de esculturas em alto relevo afixadas nas paredes da nova estrutura da vinícola. Coirolo mais uma vez concebeu obras de arte que agora retratam momentos importantes da Guerra dos Farrapos, além de reproduzir o monumento à paz farroupilha instalado na entrada da cidade. “Escolhemos o Sergio para fazer essas obras porque ele é um artista que sabe expressar bem toda essa cultura da Revolução Farroupilha com muitos detalhes do gaúcho”, relata Gabriela Potter, filha de Valter, e uma das responsáveis pela Guatambu. 

O artista 

O arquiteto Sergio Coirolo, gaúcho de Palmeira das Missões, morou cerca de 30 anos em Bagé, cidade próxima à Dom Pedrito. O primeiro trabalho que fez para Valter Potter foi o projeto da casa da família, a partir dali criaram uma relação de amizade.  

A arte, assim como trabalhos que retratam a Revolução Farroupilha, entrou em sua vida em paralelo desde que mudou para Florianópolis há alguns anos: “quase todas as minhas obras no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina são sobre o tema, gosto bastante do assunto, leio muito”, diz Coirolo. Além disso o artista contabiliza ter feito cerca de 80 bustos até hoje, espalhados por diversas cidades do Brasil. 

 

As obras 

No total Coirolo executou dois blocos de esculturas, e mais a reprodução do monumento à paz afixada na parte externa da vinícola, ao lado do jardim Isadora.  

No primeiro bloco, o artista apresenta em obras criadas em resina, pó de mármore e fibra de vidro, quatro momentos simbólicos da Revolução Farroupilha: em 1835 uma carga de cavalaria, talvez a mais retratada das cenas que envolveram esse embate, a tomada de Porto Alegre pelo general Bento Gonçalves; o general Antônio de Souza Netto proclamando a república Rio-grandense, em 1836, após a vitória na batalha do Seival; e em 1839 os barcos comandados por Giuseppe Garibaldi que navegou até Laguna (SC) e lá, junto com Davi Canabarro, proclamou a República Juliana. O quarto painel retrata 1845 e é uma réplica do monumento à Paz Farroupilha. 

O segundo conjunto de imagens, colocados do outro lado do auditório, homenageia o vinho, a uva e quem a transforma: o artista retrata a colheita, a pisa e o ‘artesão’ do vinho – retratado aqui na figura de Valter Potter, que serviu como modelo para o rótulo do vinho Potter, também criado por Coirolo – por fim, uma imagem de celebração, com um monge brindando em frente às barricas.  

Potter: uma versão muito pura da Tannat da Campanha Gaúcha 

O rótulo que teve Valter Potter como modelo já está no mercado com a safra nova. A Guatambu lançou neste mês o Potter Tannat 2024, que está à venda com o selo de melhor tinto do Brasil, destacado pelo Guia Descorchados.  “O Potter é bem diferente dos Tannats que produzimos até hoje”, conta Gabriela, “foi elaborado em ânforas de concreto e macerado durante seis meses com as cascas e sementes. É um vinho bastante concentrado e potente, mas ao mesmo tempo frutado: uma versão muito pura da uva Tannat da Campanha Gaúcha”, resume.  

 

Ampliação da vinícola  

As esculturas concebidas por Coirolo estão fixadas na parede lateral no prédio da área de ampliação da vinícola, e podem ser vistos pela grande janela de vidro que fica no auditório, primeira parada da visitação na Guatambu. 

A construção da nova área industrial, concluída no segundo semestre de 2023, foi a primeira ampliação expressiva nos 12 anos de história da estrutura da vinícola em Dom Pedrito – os 21 hectares de vinhedos, localizados na Estância Leões, a cerca de 30 quilômetros da sede, foram implantados em 2003. A expansão de área, destinada à estocagem de 50 mil garrafas, além de embalagens e rótulos para outras 100 mil, tem também um espaço para armazenamento de produtos prontos para expedição, com capacidade para 10 mil garrafas.  

No início de 2025 foi entregue mais uma etapa do trabalho de ampliação física da estrutura da Guatambu: a nova Cave de Pupitres, com capacidade para 3 mil garrafas por ciclo de 20 dias. No mesmo período também foram finalizados os trabalhos de melhorias nas Caves de Barricas, que agora passam a contar com uma Galeria de Aromas de Vinho e espaço premium para degustação e harmonização. 

 

Serviço 

O que: visitação painéis da Revolução Farroupilha na Vinícola Guatambu 

Onde: Rodovia BR-293, Km 265, Dom Pedrito (RS) 

Quando: a partir do dia 20 de setembro  

Informações: https://www.instagram.com/vinicolaguatambu/ 

 

Assessoria de Imprensa 

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Lucia Porto 

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