A Polícia Federal (PF) prendeu, em Dom Pedrito, uma mulher que havia recebido 20 cédulas falsas de R$ 100, totalizando R$ 2 mil. O caso, que foi flagrado pela PF de Sant’Ana do Livramento, serve de alerta para o crescente risco de circulação de dinheiro falso no estado. A apreensão de notas com números de série repetidos e imitação de elementos de segurança ressalta a audácia dos criminosos e o perigo para a população e o comércio.
A crescente onda de notas falsas
A prisão em Dom Pedrito é apenas um dos muitos casos de apreensão de moeda falsa no Rio Grande do Sul. Em 2024, a Polícia Federal registrou um aumento de 54% nas apreensões de notas falsas na região Sul do Brasil, com destaque para o RS. De acordo com dados da própria PF, o crime de moeda falsa, previsto no artigo 289 do Código Penal, tem se tornado mais comum com a facilidade de compra e venda de notas pela internet e redes sociais. Os criminosos utilizam serviços de entrega como os Correios para escoar o material ilícito, dificultando o rastreamento.
Outros casos recentes no estado corroboram essa tendência:
Março de 2025: – Em Santa Maria, a PF apreendeu R$ 50 mil em notas falsas que seriam distribuídas na região central do estado.
Junho de 2025: -Um homem foi preso em Porto Alegre com R$ 10 mil em notas de R$ 50 falsificadas, que ele tentava repassar no comércio local.
Agosto de 2025: – A Polícia Civil de Pelotas desarticulou uma quadrilha especializada na fabricação e distribuição de notas falsas, apreendendo equipamentos e cerca de R$ 25 mil em notas de diversos valores.
Estatísticas de apreensões no RS em 2025
A Polícia Federal não divulga estatísticas de apreensões por município em tempo real, mas a centralização de informações na Superintendência Regional em Porto Alegre permite uma visão geral do cenário. Até setembro de 2025, já foram apreendidos mais de R$ 2 milhões em notas falsas em todo o estado. As notas de R$ 100 e R$ 50 são as mais falsificadas, devido ao seu alto poder de compra, mas notas de R$ 20 e R$ 10 também circulam em menor volume, muitas vezes usadas em pequenos comércios. As apreensões costumam acontecer principalmente em cidades de fronteira e grandes centros urbanos.