A sessão de hoje no Supremo Tribunal Federal entra para a história como uma das páginas mais tristes da Justiça brasileira. A oposição já sabia que o presidente Jair Bolsonaro e outros investigados entravam condenados de antemão, diante de uma simulação de julgamento conduzida de forma ilegal, sem foro privilegiado, numa Turma absolutamente incompetente, repleta de nulidades e irregularidades.
O que se viu foi a confirmação de uma maioria circunstancial, vergonhosa para quem leva a sério o Direito. Ministros como Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Flávio Dino conduziram o ato como se fosse um convescote, em vez de um julgamento de tamanha gravidade, com repercussões nacionais e internacionais.
É preciso destacar, contudo, que o voto do ministro Luiz Fux verbalizou e cristalizou aquilo que a oposição e amplos setores da sociedade já afirmavam: trata-se de uma farsa, um julgamento político, sem provas, sustentado apenas pela vontade de um tribunal de exceção. Pela primeira vez, dentro da própria Turma, os ministros tiveram que ouvir, de frente, que não há elementos para condenação.
A oposição não se intimidará. Ao contrário, este episódio apenas fortalece nossa convicção de seguir lutando pela verdade, pela liberdade e pela pacificação nacional. Seguiremos defendendo a Anistia ampla, geral e irrestrita, denunciando os abusos, irregularidades e fraudes reveladas pela Lava Toga, que atingem de morte a credibilidade do ministro Alexandre de Moraes e expõem a peça de ficção que ele produziu.
Hoje é um dia muito triste para o Brasil, para a Justiça e para os direitos humanos. Mas é também o dia em que se reforça a certeza de que a verdade e a democracia prevalecerão.
Deputado Federal Zucco (PL-RS)
Líder da Oposição na Câmara dos Deputados