qui, 4 de setembro de 2025

Variedades Digital | 30 e 31.08.25

Justiça suspende uso do herbicida 2,4-D na Campanha e alerta para riscos à fruticultura

Foto: Kelly Demo Christ

Uma decisão da Vara do Meio Ambiente determinou a suspensão temporária do herbicida hormonal 2,4-D na região da Campanha, no Rio Grande do Sul. A medida, assinada pela juíza Patrícia Antunes Laydner, atende a uma preocupação antiga de agricultores e pesquisadores, devido à deriva da substância — que pode alcançar lavouras a até 30 quilômetros de distância — e aos prejuízos que tem causado a culturas sensíveis como uva, maçã, oliveiras e nozes-pecã.

Nos últimos anos, municípios da Campanha acumularam perdas milionárias em razão do uso intensivo desse tipo de agrotóxico. A suspensão valerá por 120 dias, prazo dado para que o governo do Estado apresente medidas concretas, como a criação de zonas de exclusão ou a implementação de um sistema de zoneamento e fiscalização efetivos. A decisão judicial ocorre na mesma semana em que a Assembleia Legislativa avançou no tema ao aprovar o relatório final da Subcomissão dos Herbicidas Hormonais, vinculada à Comissão de Agricultura.

O relatório recomenda ações como delimitação de áreas de exclusão e amortecimento, adoção de um vazio sanitário para herbicidas hormonais, criação de um comitê de monitoramento da deriva e estabelecimento de um sistema estadual de alertas sobre condições climáticas de risco. Para o deputado estadual Adão Pretto Filho (PT), vice-presidente da subcomissão, a decisão reforça a urgência de mudanças no modelo produtivo gaúcho.

“Se nada for feito, corremos risco de ver a fruticultura desaparecer no Rio Grande do Sul em médio prazo. A soja é fundamental para nossa economia, mas não podemos apostar apenas na monocultura. É totalmente viável produzir soja e arroz sem herbicidas hormonais, utilizando bioinsumos. Cabe ao governo do Estado incentivar essa transição agroecológica. A decisão da juíza de suspender o 2,4-D na Campanha vai exatamente na linha do que defendemos. Não é radicalismo: é a ciência mostrando a necessidade de reduzir esses produtos”, afirmou.

O parlamentar destacou ainda que a medida abre caminho para que o RS lidere um processo de transição agroecológica, conciliando a produção de grãos com a preservação da fruticultura e de outros cultivos estratégicos para a economia e para a segurança alimentar. “Não podemos ser reféns da monocultura. A diversidade e a qualidade do que se planta estão diretamente ligadas à alimentação da população e à sobrevivência da agricultura familiar. Precisamos avançar em direção a uma agricultura sustentável”, concluiu Pretto.

Auditora do TCE-RS é selecionada para integrar conselho da ONU

  A auditora de controle externo Andréia de Oliveira dos Santos, do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE-RS), foi selecionada para integrar o Conselho de Auditores da Organização das Nações Unidas (ONU), colegiado responsável por fiscalizar a aplicação de recursos destinados a fundos e programas da organização internacional. Andréia, com graduação em Ciências Atuariais e experiência consolidada

General Hamilton Mourão através do X

O Senhor Celso Amorin não resistiu aos seus mais primitivos instintos viscerais e teve que ir à China para assistir uma parada militar nos velhos moldes stalinistas. Confira a publicação completa no link abaixo: CLIQUE AQUI E CONFIRA