seg, 1 de setembro de 2025

Variedades Digital | 30 e 31.08.25

Por Gilberto Jasper: DINOSSAURO ANALÓGICO

Jornalista/gilbertojasper@gmail.com
Gilberto Jasper - Foto: Divulgação
Neste mundo de golpes, fake news, manipulações e ilusões virtuais, me considero um autoexilado digital. Até quatro anos atrás ainda militava no Facebook, considerada “uma rede social para velhos”, categoria, aliás, na qual orgulhosamente me incluo.
Invasões do meu perfil me fizeram mudar de ideia de manter atualizado este espaço. A decisão foi dolorosa, principalmente porque se tratava do lugar onde publicava as minhas crônicas. Isso custou severas críticas de amigos que não admitem que eu fique ausente do espaço digital. Outros, que me encontram em ambientes sociais, não poupam o sarcasmo diante da minha postura:
– Ué, Giba… pensei que tu tinha morrido!
Filhos e colegas mais jovens insistem, sem trégua, em me convencer a aderir principalmente ao Instagram. Trata-se de uma rede social focada no compartilhamento de fotos e vídeos e que permite aos usuários interagir através de “gostos”, comentários e mensagens diretas. Lançado em 2010, constitui verdadeiro vício para milhões de pessoas mundo afora.
Diante da cobrança em aderir “ao Insta”, respondo que a minha vida não é relevante ao ponto de considerar importante compartilhar opiniões e imagens do cotidiano. Outros sugerem elaborar um “perfil fake”, somente para acessar conteúdo e acompanhar a vida alheia. Isso, de verdade, não me atrai. Fico pasmo diante da reclamações de certas “celebridades” que expõem sua vida íntima ao serem criticadas por tem a vida privada invadida.
Todos os dias recebo dezenas de vídeos do Instagram através do whatsapp, aplicação gratuita de mensagens instantâneas e chamadas de voz e vídeo, que permite a comunicação com amigos e familiares pela internet em qualquer dispositivo. As mensagens e chamadas são protegidas por criptografia de ponta a ponta, garantindo a privacidade das conversas.
Além do whats, mantenho uma conta no X (ex-Tweeter), rede social de microblogging que permite aos usuários publicar e compartilhar mensagens curtas, fotos, vídeos e links. Gosto deste espaço porque ali são veiculadas notícias políticas e econômicas em tempo real, apesar do festival de ódio e radicalização. Este dinossauro analógico respeita quem curte as redes sociais, mas por enquanto me manterei comedido. Até quando?