O governo Lula anunciou, com pompa e circunstância, um programa de “auxílio” às empresas, supostamente para enfrentar os impactos das barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos. Mas a verdade é que essa medida é meramente paliativa, eleitoreira e incapaz de resolver o problema real.
O maior e melhor auxílio que o governo poderia dar às empresas brasileiras seria parar de atacar os Estados Unidos — inclusive nos fóruns internacionais, como o BRICS, onde Lula tem reiteradamente usado o espaço para criticar Washington e reforçar alianças com regimes autoritários e hostis ao Ocidente — e cessar o alinhamento automático a ditaduras, priorizando uma política externa que favoreça os interesses do Brasil. O presidente Lula deveria, ele próprio, ligar para o presidente norte-americano e restabelecer uma negociação direta e franca.
Não existe capital de giro, suspensão de impostos ou linha de crédito que substitua o comércio sólido e sistemático que o Brasil mantinha com os Estados Unidos — relações de exportação e importação que foram sendo minadas pela irresponsabilidade diplomática e pelo viés ideológico do atual governo.
Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, usa o anúncio para fazer palanque político e pintar o Brasil como um país “plenamente democrático, sem censura e sem perseguição”, a realidade é bem diferente: o Brasil hoje é visto no exterior com desconfiança, envergonhado por sua política externa ideologizada, pelas perseguições políticas internas e por um Judiciário parcial que promove abusos e censura contra opositores.
Essa encenação não resolve o problema das empresas, não devolve mercados perdidos e não reverte a crise comercial que o próprio governo ajudou a criar. O que o país precisa é de responsabilidade, seriedade e diplomacia profissional — e não de maquiagem eleitoreira disfarçada de programa de auxílio.
Deputado Federal Zucco (PL-RS)
Líder da Oposição na Câmara dos Deputados