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📌 1. Ocupação da Mesa da Câmara contra o impeachment de Dilma Rousseff (2016)
Data: Abril de 2016
Protagonistas: Deputados do PT, PCdoB, PSOL e outros aliados do governo Dilma.
Motivo: Protesto contra o andamento do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
Ação: Deputados subiram à Mesa Diretora da Câmara, ocuparam o local com cartazes e microfones e impediram temporariamente o início da sessão.
Objetivo: Deslegitimar o processo e alegar que se tratava de um “golpe parlamentar”.
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📌 2. Ocupação da Mesa contra a Reforma da Previdência (2017)
Data: Dezembro de 2017
Protagonistas: Deputados da oposição ao governo Michel Temer (incluindo PT, PSOL, PCdoB).
Motivo: Protesto contra a tentativa de votar a Reforma da Previdência.
Ação: Parlamentares subiram à Mesa da Câmara, entoaram palavras de ordem e impediram o andamento da sessão.
Objetivo: Adiar ou inviabilizar a votação da proposta de emenda constitucional.
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📌 3. Ocupações durante votações de pautas econômicas no governo Bolsonaro
Data: Diversas ocasiões entre 2019 e 2021
Protagonistas: Deputados do PSOL, PT e PCdoB
Motivo: Protestos contra a votação da Reforma Administrativa, PEC Emergencial e privatizações.
Ação: Embora não tenham sempre ocupado fisicamente a mesa, usaram estratégias regimentais e atos simbólicos no plenário, incluindo interrupções, palavras de ordem e confrontos com a base governista.
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📌 4. Ocupações fora do Parlamento — mas articuladas por partidos de esquerda
Exemplo: Em 2017, o MST e outros movimentos ligados à esquerda ocuparam a sede do Ministério da Fazenda e prédios públicos como forma de protesto contra reformas.
Embora não seja o mesmo que ocupar a Mesa Diretora do Congresso, revela o uso frequente de ações diretas como tática de pressão política.
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✅ Conclusão
A ocupação da Mesa Diretora como forma de protesto político não é uma invenção da direita, tampouco inédita no Congresso. O PT e seus aliados já utilizaram a mesma tática em múltiplos momentos, sobretudo quando estavam na oposição ou enfrentando derrotas estratégicas. Trata-se de um recurso radical de obstrução política, mas que já foi legitimado historicamente pelas próprias forças que hoje o criticam.
Oposição denuncia gabinete paralelo ilegal de Moraes e paralisa o Congresso em defesa da democracia
Brasília viveu, neste terça-feira (5), um dos momentos mais emblemáticos da luta pela restauração do Estado de Direito no Brasil. Em coletiva à imprensa realizada em frente ao Congresso Nacional, os líderes da oposição apresentaram uma denúncia formal e gravíssima contra o ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de montar um gabinete paralelo de investigação ilegal dentro do Supremo Tribunal Federal.
Segundo a denúncia, Moraes atuou à margem da lei para perseguir políticos, manifestantes e cidadãos comuns de direita, com base em provas falsas, fabricadas deliberadamente para incriminar inocentes. A estrutura clandestina teria sido criada com o objetivo de impor punições sem respaldo jurídico, silenciar vozes dissidentes e consolidar um regime de medo e censura.
Prisão domiciliar de Bolsonaro: tentativa de desviar o foco da denúncia
Os parlamentares denunciaram ainda que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada nesta segunda-feira (4), foi uma retaliação direta à exposição desse esquema criminoso. Para a oposição, trata-se de uma clara tentativa de desviar o foco da gravidade das acusações contra Moraes, jogando a opinião pública contra Bolsonaro e abafando o escândalo do gabinete paralelo.
> “Não há outro motivo para essa decisão arbitrária senão o pânico diante da verdade que veio à tona. O país precisa saber: o ministro Alexandre de Moraes está usando o poder que tem – e o que não tem – para perseguir quem pensa diferente”, declarou o líder da oposição na Câmara, deputado federal Zucco (PL-RS).
Congresso travado: oposição ocupa mesa e exige reação do Senado
Diante da escalada autoritária, a oposição tomou uma medida inédita: ocupou as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, bloqueando a abertura das sessões plenárias. A obstrução legislativa continuará até que Câmara e Senado reajam à altura.
Os parlamentares definiram três pontos inegociáveis para dar fim à paralisação:
Anistia ampla, geral e irrestrita para os presos políticos do 8 de janeiro, como única via legítima de pacificação nacional;
Abertura imediata do processo de impeachment de Alexandre de Moraes, com base nos crimes já evidenciados pela denúncia;
Votação definitiva da PEC que extingue o foro privilegiado, garantindo que todos os cidadãos sejam julgados com igualdade, inclusive ex-presidentes da República e pessoas que não detém mandato eletivo.
Chega de abusos. O Brasil exige justiça.
A oposição deixou claro: não aceitará mais calada os abusos, a censura, a repressão e o uso político do Judiciário para esmagar adversários. Moraes transformou o STF em instrumento de intimidação e perseguição — e chegou a hora do Congresso cumprir seu papel constitucional de frear esse poder descontrolado.
O Brasil exige justiça, exige equilíbrio entre os Poderes e exige o fim imediato dessa era de medo. A democracia não sobrevive onde impera o autoritarismo togado.