sáb, 2 de agosto de 2025

Variedades Digital | 26 e 27.07.25

Manchetes dos jornais – Edição de Chico Bruno

RESUMO DE SÁBADO – 02/08/2025

Edição de Chico Bruno

 

FOLHA DE S.PAULO – Trump e Lula dizem que podem conversar sobre sanções ao Brasil

O ESTADO DE S.PAULO – Trump faz aceno a Lula, que diz estar ‘sempre aberto ao diálogo’

Valor Econômico – Não circula hoje

CORREIO BRAZILIENSE – Lula e Trump abrem canais para a negociação do tarifaço

O GLOBO – Moraes diz que vai ‘ignorar’ sanções de Trump e critica ‘traição ao Brasil’

Reportagens de capa

VEJA: Ato hostil

É compreensível que o presidente de um país democrático use os instrumentos disponíveis em seu arcabouço legal para defender interesses legítimos de seus cidadãos. O governo de Donald Trump, porém, mostrou mais uma vez que não se importa em atropelar protocolos básicos de civilidade e usar de truculência para atingir determinados objetivos. Na quarta-feira 30, ele autorizou o disparo de dois petardos contra o Brasil. O Departamento de Comércio confirmou que mais de 3 mil produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos passarão a ser taxados em 50% a partir da próxima semana. O tarifaço, segundo a Casa Branca, segue orientação de uma nova política que tem sido implementada com seus parceiros comerciais. O caso brasileiro, porém, tem uma particularidade. Como disse o próprio Trump, o país está sendo punido com o aumento da alíquota também por patrocinar uma suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Já o Departamento do Tesouro anunciou a aplicação de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). E um dos motivos alegados é que o magistrado estaria abusando de seu poder e violando os direitos do ex-presidente. As duas medidas embutem um propósito de extrema gravidade. Ao vincular o aumento de tarifas à continuidade do processo que vai julgar Jair Bolsonaro dentro de pouco mais de um mês, o governo americano faz chantagem.

CartaCapital: Meia-bomba- O ‘tarifaço’ saiu barato, mas o Brasil terá uma longa batalha contra Trump –– e o mundo civilizado aguarda uma reação à altura.

Crusoé: Castigo Magnitsky

EUA aliviam Brasil e vão para cima de Alexandre de Moraes.

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes

Bate-papo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira, 1º, que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pode falar com ele quando quiser. A declaração foi dada na Casa Branca, em resposta à jornalista Raquel Krähenbühl, da TV Globo e da GloboNews. Lula reagiu horas depois. O presidente publicou no X que sempre esteve aberto ao diálogo e que no momento trabalha para dar uma resposta às tarifas de Trump. “Sempre estivemos abertos ao diálogo. Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano”, escreveu o petista. Trump foi questionado diretamente sobre se estava disposto a discutir as tarifas aplicadas ao País e reafirmou que Lula pode falar com ele, repetindo a mesma frase: “Ele pode falar comigo quando quiser”. Na sequência, ao ser perguntado sobre o que estaria em pauta para o Brasil, completou: “Vamos ver o que acontece. Eu amo o povo brasileiro”. Ao ser indagado sobre o fato de as tarifas impostas ao Brasil não parecerem ter ligação com questões comerciais, Trump afirmou que “as pessoas que governam o Brasil fizeram a coisa errada”. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a disposição para o diálogo. “É muito importante a gente preparar esse encontro, preparar essa conversa”, avaliou, Haddad, que na próxima semana vai se encontrar com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.

Tô nem aí! – Em discurso no STF, Alexandre de Moraes criticou sanções de Trump, rotulando-as de interferência no Judiciário. Sem citar Jair Bolsonaro, Moraes condenou “traidores” que fugiram do Brasil. Defendeu a atuação do STF como transparente, rechaçou anistia aos envolvidos em tramas golpistas e destacou a defesa da soberania nacional contra ameaças internas e externas.

Judiciário norte americano pode ajudar Moraes – A Justiça norte-americana pode ser uma das últimas opções para forçar uma revogação das sanções aplicadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes (STF) pelo governo de Donald Trump nos Estados Unidos. O magistrado foi punido por meio da aplicação da chamada Lei Magnitsky — que permite que o Poder Executivo, sem necessidade de pedir autorização judicial ou legislativa, o bloqueio de todos os bens e interesses patrimoniais dentro da jurisdição dos EUA. Somente o republicano, aquele que o suceder ou o Congresso poderiam retirar as imposições. Porém, a Suprema Corte do país pode ser acionada para rever a decisão. Em tese, um eventual pedido pode ser objeto de contestação movido por entidades internacionais, como as Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), mas sem a obrigatoriedade jurídica de suas decisões ou manifestações. Por sua vez, Moraes disse que prosseguirá com o processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.

Reações às agressões de Trump – O primeiro dia do mês de agosto foi marcado por manifestações contra as agressões do governo dos Estados Unidos contra as instituições que compõem o Estado brasileiro e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além de um protesto em frente à embaixada norte-americana, representantes da sociedade civil e um grupo que congrega ex-reitores de instituições federais de ensino divulgaram documentos repudiando as ações determinadas pelo presidente Donald Trump contra o Brasil por influência do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do blogueiro de extrema-direita Paulo Figueiredo. O ato em frente à representação diplomática dos EUA foi convoca do por movimentos, como a Frente Brasil Popular, a CUT-DF e o Povo Sem Medo.

Zambelli continuará presa – A Justiça da Itália decidiu manter, ontem, a prisão da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) durante o processo de extradição para o Brasil. A parlamentar está detida no presídio de Rebibbia, em Roma, após ser capturada pela polícia italiana em um apartamento na capital italiana. As autoridades realizaram a primeira análise do caso em uma audiência de custódia na Corte de Apelação e o processo de extradição poderá ser concluído ainda neste mês. Zambelli é foragida da Justiça brasileira e estava na lista vermelha de criminosos procurados da Interpol, a polícia internacional.

Bolsonaristas vão às ruas sem Bolsonaro – Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preparam, para este domingo, nova rodada de mobilizações nacionais em meio à confusão em torno do nome dele na decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacar o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente o ministro Alexandre de Moraes, e aplicar tarifar os produtos brasileiros em 50% a partir da próxima semana, salvo algumas exceções, como aviões e suco de laranja. Apesar da tentativa de demonstrar força nas ruas, os principais rostos do bolsonarismo não estarão presentes além de Bolsonaro, como a ex-primeira-dama Michelle e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O ex-presidente segue impedido de deixar sua residência aos fins de semana por decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes, e usa tornozeleira eletrônica. Já Michelle, que tem atuado politicamente à frente do PL Mulher, optou por não participar neste momento. Tarcísio de Freitas, por sua vez, será submetido a um procedimento médico na tireoide no mesmo dia das manifestações — o que, segundo aliados, também o afasta de uma possível exposição política num momento em que tenta se equilibrar entre a base bolsonarista e o empresariado.

Há quem diga… – Que a crise diplomática e comercial com os Estados Unidos tem deixado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tão cansado a ponto de ele repensar se vai concorrer à reeleição em 2026. Nos bastidores, cresce a expectativa de que o petista passe o bastão para o vice-presidente Geraldo Alckmin — que tem aumentado sua popularidade e simpatia junto ao titular do Planalto.

Tarifaço na Itália – Cada um se queixa do que realmente incomoda. Se no Brasil, o tarifaço atinge produtos essenciais da balança comercial e afeta diretamente o cotidiano, na Itália, a preocupação se baseia em quatro pilares. O famoso vinho é servido na ótima companhia do queijo, que por sua vez, cai muito bem com azeite. Como ninguém é de ferro, os medicamentos para o dia seguinte não dêem aquela dor de cabeça típica da ressaca.

Traição à pátria – Em resposta à atuação pelas sanções ao Brasil do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), disse que vai apresentar um projeto de lei que cria o crime de “alta traição à pátria”, com pena de até 40 anos de prisão. A proposta prevê como condutas dolosas (com intenção de causar mal) atos que atentem contra a soberania nacional, a independência dos Poderes e a integridade do Estado brasileiro.

Química em ação – Os representantes da indústria química têm feito forte movimento na Câmara dos Deputados para aprovar um projeto que prevê um programa de estímulos para o setor. De 5 a 15 de agosto, a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) promoverá uma exposição na Casa para reforçar a interlocução com o Legislativo e sensibilizar sobre a importância do segmento, além das contribuições para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do país.

Contra o tempo – A exposição ocorre em meio à tramitação do Projeto de Lei 892/2025, que cria o Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (Presiq), maior aposta para a recuperação do segmento. O texto teve o regime de urgência aprovado no início de julho. A indústria química brasileira é a 4ª maior do mundo, representa 11% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do país e emprega mais de 2 milhões de pessoas.

Brasil na Índia – Paralelamente ao impasse, os movimentos em busca de alternativas para os produtos brasileiros se intensificam. O ministro dos Transportes da Índia, Nitin Gadkari, receberá, no dia 7, 80 empresários e autoridades brasileiras, em Mumbai. Integram o grupo Marcio Monteiro, da Embraer; Mário Raulino, da Vale; e Sérgio Longen, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Eles participam do Lide Brasil Índia Fórum, cuja programação terá início na terça-feira com visitas técnicas a grandes empresas do país. O embaixador do Brasil na Índia, Kenneth Nóbrega; o ex-governador de São Paulo João Doria, fundador do Lide; e o presidente da Câmara do Comércio Brasil-Índia, Roberto Paranhos, serão os anfitriões.

COP30 em Belém, sem um Plano B – A 100 dias da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), a cidade de Belém, no Pará, vive uma crise hoteleira que ameaça a permanência do evento na capital amazônica. O aumento expressivo nos preços de hospedagem, com diárias que chegam a custar até 10 vezes mais durante o período da conferência, tem provocado reações negativas de delegações internacionais, especialmente de países do Sul Global, que consideram inviável a participação com equipes completas diante dos custos elevados. Presidente da COP30, o embaixador André Côrrea do Lago se manifestou duas vezes esta semana sobre o problema, que ganhou repercussão no meio diplomático, nas redes sociais e na mídia. “Quero deixar bem claro que a COP vai ser em Belém, o encontro de chefes de Estado vai ser em Belém, e não há nenhum plano B”, disse o diplomata ontem.

Belém é a prioridade – Em meio à crise de hospedagem para a COP30, o presidente Lula determinou ao ministro do Turismo, Celso Sabino, que se desloque para Belém, cancelando outros compromissos. Sabino, que é paraense, também preside o Conselho Executivo da ONU Turismo. Ele deve ajudar na força-tarefa do governo para tentar solucionar o problema. Nos últimos dias, aumentou a pressão de países, sobretudo africanos, para que a conferência mude de local, em razão dos preços abusivos cobrados por hotéis. O recado de Lula a Sabino foi dado durante reunião do presidente com ministros do União Brasil na terça-feira (29). O titular do Turismo cancelou viagens que faria, inclusive para participar do aniversário do presidente do seu partido, Antônio Rueda, em uma ilha grega.

Mudança radical – Pré-candidato à Presidência da República, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), mudou o seu posicionamento e, em sabatina do jornal O Globo nesta sexta-feira (1º), defendeu a “anistia geral e irrestrita” para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. O atual discurso é diferente do posicionamento de Caiado, que no dia seguinte à depredação em Brasília chegou a defender a prisão de 15 anos para os envolvidos. Em 9 de janeiro de 2023, o governador goiano classificou os atos como antidemocráticos e prometeu enquadrar os responsáveis como terroristas, inclusive aqueles que financiaram os ataques. “Estes atos antidemocráticos, enquadrados como terroristas, são capazes de levar os culpados à prisão por 15 anos. Então, acredito que as pessoas que estão financiando e orientando esses processos sofrerão consequências graves nos julgamentos que ocorrerão nos próximos meses”, afirmou Caiado, na ocasião. O governador também afirmou que as forças de segurança de Goiás estavam em alerta. “Não vamos aceitar qualquer ato de vandalismo ou de criminalidade que venha a colocar em risco nosso sistema democrático”, disse o governador.

Maioria aprova tornozeleira em Bolsonaro – A maioria dos brasileiros aprova a imposição de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, a Jair Bolsonaro (PL). Para 55%, a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal federal) Alexandre de Moraes foi correta, mesmo índice daqueles que acreditam que o ex-presidente pretendia sair do país antes de ser julgado. Entre os que aprovam as medidas, 44% dizem fazê-lo totalmente. Já entre os 41% que discordam, 32% são convictos. Não opinaram 3%, e 1% se disse indiferente. Os dados foram aferidos pelo Datafolha em pesquisa realizada nos dias 29 e 30 de julho com 2.004 pessoas com mais de 16 anos, em 130 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Escárnio – A ilha de Mykonos, na Grécia, e Estocolmo, na Suécia, vão sediar a partir desta sexta-feira (1°) uma semana de eventos com a presença de políticos brasileiros do União Brasil, terceira legenda com maior fatia dos recursos públicos que financiam os partidos. O primeiro, de caráter particular, é patrocinado pelo presidente do partido, Antônio Rueda, que chamou políticos e familiares para comemorar seus 50 anos de idade em uma festa de quatro dias na badalada ilha grega —mesmo local que no ano passado abrigou a festa de aniversário do cantor sertanejo Gusttavo Lima, também prestigiada por autoridades brasileiras. O convite informa que a festa de 50 anos do dirigente terminará no dia 4, segunda-feira. Do dia seguinte, 5, até a sexta-feira, 8, tem lugar a conferência ambiental TheAmazon.life, bancada ao menos em parte pelo partido na capital sueca e que anuncia a presença, basicamente, só de políticos e dirigentes do União Brasil, entre eles dois irmãos do presidente, Maria Emília “Mila” de Rueda e Fábio Rueda. O partido custeará as passagens de ida e volta e a hospedagem dos políticos na Suécia, a três horas de voo da festa de aniversário do presidente da legenda. A legenda bancará passagens e hospedagem de 9 dos 13 integrantes da missão e não informou o custo e os nomes dos participantes.

Criador da Lei Magnitsky vê ‘abuso’ em sanção a Moraes – Bill Browder, criador da Lei Magnitsky, critica a inclusão do ministro Alexandre de Moraes na lista de sancionados dos EUA, atribuída a razões políticas por Donald Trump. Browder sugere que Moraes recorra à Justiça americana, destacando que a lei, destinada a punir abusos de direitos humanos, não deveria ser alterada, apesar do uso indevido. Browder dedica sua vida à disseminação da Lei Magnitsky globalmente.

Aliados de Bolsonaro buscam aproximação com STF – Aliados de Jair Bolsonaro buscam aproximação com o STF, especialmente com Gilmar Mendes, devido ao temor de prisão do ex-presidente. Em meio a sanções dos EUA a Alexandre de Moraes, tentaram transferir o caso da trama golpista à primeira instância, mas Mendes descartou a ideia. O episódio gerou apreensão, com aliados de Bolsonaro temendo medidas mais duras do STF e buscando novos canais de diálogo.

Germano Rigotto

Notícias do dia 2 de agosto

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