Dos mesmos criadores da “maçã do amor”, agora quem ganha os holofotes é o “morango do amor”, um tipo de doce que, como já adianta o nome, é constituído pela fruta, envolta em brigadeiro branco e em uma calda de açúcar com corante vermelho, semelhante à maçã do amor. O que poderia ser mais uma invenção da internet, tornou-se uma fonte de renda para confeiteiros em Sant’Ana do Livramento devido à repercussão nas redes no último mês de julho.
Até um mês atrás, o morango do amor era popular em estados vizinhos, mas ainda não tinha chegado com tanta força nas cidades gaúchas. É o que explica Paula Dalmolin, confeiteira há mais de 05 anos na fronteira, que afirmou o “morango do amor” estar sendo uma importante fonte de renda nesta segunda quinzena do mês. Ela conta que, logo no início, quando percebeu a popularidade da receita, fez alguns doces e conseguiu vender apenas 3 unidades, mas que nas últimas semanas, a produção de 80 morangos esgotou em um dia.
A criatividade expandiu horizontes, com a repercussão da receita, surgiram versões com diferentes brigadeiros e cascas: “morancujá” (morango com brigadeiro de maracujá), “uva do amor” (confecção do doce usando a uva), além de inspirar a criação de doces já existentes, mas na versão popular.
Por ser o morango o grande protagonista do doce, a demanda ficou maior, devido à alta procura. De acordo com o Jornal Correio do Povo, no Rio Grande do Sul, o valor passou de R$ 30 para R$ 60 o quilo. Levantamento de preços divulgado pela Emater/RS-Ascar, na edição da última quinta-feira (31) indica que o quilo do morango teve aumento de 100% nas Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS).
“Nunca vi algo parecido na minha vida inteira”, afirma Paula, que considera o morango do amor como “a páscoa das confeiteiras”, pois a procura pelo doce é diária em suas redes sociais. “As pessoas tem pressa para comprar o doce, pedem para o dia, a ansiedade é real” – como o caso da mulher que desmaiou em fila enquanto aguardava para comprar o doce em Cuiabá, no Mato Grosso. Segundo testemunhas, mal-estar foi ocasionado por crise de ansiedade em função da espera, e pela forte onda de calor no local.
A ‘febre’ da internet chegou à cidade com grande impacto, despertando na população grande interesse em compras. Segundo pesquisas, o doce, que na capital chegou a custar R$25,00 pode ser encontrado em nossa cidade por um preço que varia entre R$12,00 e R$18,00.