O Brasil registrou perdas superiores a R$ 700 bilhões nos últimos 12 anos em decorrência de desastres climáticos, segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O número evidencia o impacto crescente de eventos extremos como enchentes, secas, incêndios florestais e ondas de calor sobre o território nacional.
As recentes inundações no Rio Grande do Sul ilustram a força destrutiva desses fenômenos, que exigem não apenas respostas emergenciais, mas também uma revisão profunda na gestão pública e no planejamento urbano. Especialistas alertam que, para enfrentar esses desafios, é necessário conhecer as vulnerabilidades específicas de cada região e agir com base em dados científicos.
Nesse contexto, foi desenvolvida a plataforma Adapta Brasil, que oferece índices e análises de risco sobre os impactos das mudanças climáticas em todo o país. A ferramenta tem como objetivo democratizar o acesso à informação climática e auxiliar na formulação de políticas públicas mais eficazes e preventivas.
Um exemplo da importância do planejamento está na Bacia do Taquari (RS), região já identificada há mais de uma década como de alto risco para enchentes. “A conjugação entre políticas públicas, mecanismos de controle e conhecimento científico torna-se fundamental para a proteção de vidas e patrimônio”, afirma Roberto Kishinami, especialista do Instituto Clima e Sociedade.
A capacidade de recuperação após eventos extremos, torna-se cada vez mais essencial para os municípios brasileiros. Para desenvolvê-la, é preciso investir em estratégias de prevenção, adaptação e resposta rápida, considerando os cenários climáticos previstos para as próximas décadas.
Fonte: CNN