qui, 10 de julho de 2025

Variedades Digital | 05 e 06.07.25

RESUMO DE QUINTA-FEIRA – 10/07/2025

Germano Rigotto Foto: Cedida

 

 

Edição de Chico Bruno

 

Manchetes dos jornais

 

FOLHA DE S.PAULO – Trump impõe tarifa de 50% ao Brasil em reação a julgamento de Bolsonaro

 

O GLOBO – Trump retalia Brasil com tarifa de 50% e cita Bolsonaro; Lula reage e defende ‘soberania’

 

O ESTADO DE S.PAULO – Trump taxa em 50% o Brasil por papel no Brics e julgamento de Bolsonaro

 

CORREIO BRAZILIENSE – Trump eleva tarifas e ataca o Brasil. Lula defende soberania

 

Valor Econômico – Trump anuncia tarifa de 50% para o Brasil; país responderá com reciprocidade, diz Lula

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Ele se acha – Numa crise de dimensões inéditas entre Brasil e Estados Unidos, os setores diplomáticos, políticos e econômicos do país reagiram, ontem, à decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% aos produtos brasileiros exportados. A medida foi anunciada numa carta enviada pela Casa Branca ao Palácio do Planalto, mas o documento trouxe outro ingrediente que fez a crise explodir. Trump defende o ex-presidente Bolsonaro e ataca o STF pelo julgamento da tentativa de golpe, afirmando que essa ação contra o ex-chefe do Executivo “não deveria estar ocorrendo”. Lula reagiu pelas redes sociais, depois de uma reunião de emergência com assessores e ministros. “O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutela do por ninguém. O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de Estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”, escreveu. Ao afiançar a ameaça de taxação, o Ministério de Relações Exteriores entregou de volta a carta do presidente dos EUA e disse que o documento era ofensivo, com falsidades sobre o Brasil e trazia detalhes inverídicos sobre a relação comercial entre os países. A devolução significa que a diplomacia brasileira repudia os ataques de Trump. A elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica, enfatizou o presidente brasileiro.

 

A cartinha – Prezado Senhor Presidente: Eu conheci e lidei com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros líderes mundiais. A forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, incluindo pelos Estados Unidos, é uma desgraça internacional. Este julgamento não deve ocorrer. É uma caça às bruxas que deve terminar imediatamente! Isto se deve, em parte, aos ataques insidiosos do Brasil às eleições livres e ao fundamental direito de liberdade de expressão dos americanos (como ilustrado recentemente pela Suprema Corte Brasileira, que emitiu centenas de ordens secretas e ilegais de censura a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com milhões de dólares em multas e expulsão do mercado de mídia social brasileiro), a partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre quaisquer e todos os produtos brasileiros enviados para os Estados Unidos, separadamente de todas as tarifas setoriais. Produtos transacionados para evadir esta tarifa de 50% estarão sujeitos a uma tarifa mais alta. Além disso, tivemos anos de discussões sobre nossa relação comercial com o Brasil, e concluímos que devemos nos afastar da injusta e muito desleal relação comercial gerada pelas tarifas, políticas e barreiras comerciais não-tarifárias do Brasil. Nosso relacionamento tem sido, infelizmente, muito longe de ser recíproco. Entenda que o número de 50% é muito inferior ao necessário para ter o campo de jogo nivelado que devemos ter com seu país. E é necessário que isso retifique as graves injustiças do atual regime. Como você sabe, não haverá tarifa se o Brasil, ou empresas dentro de seu país, decidirem construir ou fabricar produtos dentro dos Estados Unidos e, de fato, faremos todo o possível para que as aprovações sejam rápidas, profissionais e rotineiras — em outras palavras, em questão de semanas. Se por alguma razão você decidir aumentar suas tarifas, então, qualquer que seja o número que você escolher para aumentá-las, será adicionado aos 50% que cobramos. Por favor, entenda que estas tarifas são necessárias para corrigir os muitos anos das políticas tarifárias e não-tarifárias e barreiras comerciais do Brasil, que causam esses déficits comerciais insustentáveis contra os Estados Unidos. Este déficit é uma grande ameaça à nossa economia e, de fato, à nossa segurança nacional! Além disso, devido aos ataques contínuos do Brasil às atividades de comércio digital de empresas americanas, bem como a outras práticas comerciais injustas, estou instruindo o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, a iniciar imediatamente uma investigação da seção 301 do Brasil. Se você desejar abrir seus mercados comerciais até então fechados para os Estados Unidos, e eliminar suas políticas tarifárias e não-tarifárias, e barreiras comerciais, nós, talvez, consideraremos um ajuste a esta carta. Estas tarifas poderão ser modificadas, para cima ou para baixo, dependendo de nosso relacionamento com seu país. Você nunca ficará desapontado com os Estados Unidos da América.

 

Carta de Trump: tiro no agro, com “copia e cola”, avaliação política – Na parte relativa ao comércio entre Brasil e Estados Unidos, a carta do presidente Donald Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi considerada pelo governo brasileiro como um “crtl-C – crtl-V” das correspondências que o líder norte-americano tem enviado a países com os quais os EUA têm déficit comercial. Em relação ao Brasil, os Estados Unidos têm superávit. Em 2024, foram US$ 26 bilhões em bens e serviços, sendo US$ 7 bilhões em bens. Nos últimos 15 anos, esse comércio ficou em US$ 410 bilhões, conforme dados da nota conjunta divulgada pelos ministérios de Relações Exteriores e Indústria e Comércio, em abril deste ano. Nos bastidores, muitos técnicos dizem que, se Trump queria taxar o Brasil em 50%, deveria ter, primeiro, avaliado melhor os números do comércio.

 

Agro & política – Em conversas reservadas, representantes da poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reclamam que têm ajudado Jair Bolsonaro em várias frentes e, agora, vão pagar a conta dos apelos do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a Trump. Nos partidos de Centro, a revolta é grande: “É o Trump, fez com o mundo todo. Não há confiança em tratar com ele. Exportamos etanol a tarifa zero e agora isso?”, reclama o líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL).

 

Escalada da crise a partir da cúpula do Brics – A primeira manifestação de incômodo de Donald Trump com a cúpula do Brics foi no domingo, quando ameaçou impor tarifas aos países que integram o bloco caso adotassem políticas que contrariassem os interesses dos Estados Unidos — e os adverte que deveriam levar a sério o que ele falava. Na sequência, ele fala pela primeira vez na “perseguição” que Jair Bolsonaro vem sofrendo. Como resposta, Lula deixa claro que o Brasil é soberano e não aceita ingerência externa. É a vez de entrar em cena o filho 03 do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, em entrevista em tom ameaçador para Steve Bannon. O deputado licenciado fez coro a Trump nos ataques ao Brics.

 

Números desmentem Trump – Apesar de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que o país tem déficit na relação comercial com o Brasil, números mostram o contrário. Há 17 anos, o fluxo de bens entre os dois países favorece os americanos, que vendem mais do que compram. Em sua carta a Lula, Trump disse que os déficits com o Brasil são insustentáveis e que as taxas anunciadas nesta quarta-feira (9) serviriam para compensar barreiras tarifárias e não tarifárias supostamente impostas aos produtos americanos.

 

Reações pela mídia internacional – Os principais jornais estrangeiros destacaram o confronto dos Estados Unidos com o Bra sil. A decisão do governo Donald Trump de sobretaxar os produtos brasileiros em 50% e acusar a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “caça às bruxas” contra seu antecessor Jair Bolsonaro virou manchete no The Guardian, do Reino Unido, no El País, da Espanha, El Clarín e La Nación, da Argentina, e nos norte-americanos The Washington Post e The New York Times. O The Guardian ressaltou “ Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre as atuais do Brasil em uma carta publicada nas redes sociais na qual começou reclamando da perseguição ao seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro”. O El País publicou que a sobretaxação do governo norte-americano aos produtos brasileiros se deve à retaliação pelo tratamento dispensado pelo governo Lula a Bolsonaro, acusado de liderar um golpe de Estado. El Clarín escreveu “Trump impõe 50% nas tarifas ao Brasil agravando disputa com Lula”, enquanto o La Nación colocou na manchete “Briga aberta entre dois pesados” – “Trump impõe tarifa de 50% ao Brasil, aprofundando sua rivalidade com Lula”. Os jornais norte-americanos The Washington Post e The New York Times enfatizaram que as tensões entre Brasil e Estados Unidos “explodiram”. A emissora norte-americana NBC News destacou que uma gota d’água para a decisão de Trump foi o julgamento de Bolsonaro suspeito de liderar a tentativa de derrubada da gestão do PT.

 

PRF defasada – Aprovados no concurso de 2021 para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) circulam pelo Congresso enviado pela convocação para o curso de formação. Eles afirmam que são 500 pessoas no aguardo desse chamado. E pior: Se não foram nomeados até 20 de dezembro, a validade do concurso vai expirar.

 

Vai lá – A própria PRF aconselhou os aprovados a fazerem esse périplo pelo Legislativo. Segundo eles, a instituição vai bancar o curso com orçamento próprio e espera somente a aprovação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), uma vez que o Ministério da Justiça deu o aval para a convocação.

 

A voz do equilíbrio – “As nossas instituições precisam ter calma e equilíbrio nessa hora. A nossa diplomacia deve cuidar dos altos interesses do Estado brasileiro. Brasil e Estados Unidos têm longa parceria e seus povos não devem ser penalizados. Ambos têm instrumentos legais para colocar à mesa de negociação nos próximos 22 dias”. Senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, sobre o tarifaço de Trump, alertando que, em termos comerciais, não cabe ao Brasil se isolar e nem confrontar.

 

A voz do confronto “Pode chegar a 1000%, eu acho bom, para verem o que esse presidente Lula está fazendo com o país. O Brasil vai quebrar, é triste, mas é necessário”, do deputado Zé Trovão (PL-SC), na linha do quanto pior, melhor.

 

Agências em suspense – A ministra do Orçamento e Planejamento, Simone Tebet, disse à coluna que a equipe econômica tem liberado recursos, da forma mais rápida possível, às agências reguladoras. Mas alertou que o orçamento anual não é decidido pelos técnicos da pasta e, sim, pelos órgãos responsáveis por cada estrutura. Quanto ao aumento de recursos em 2026, ela disse ser um “túmulo” até o envio da Lei Orçamentária Anual (LOA), em agosto.

 

Informação na mídia- Nos bastidores, o deputado Júnior Mano (PSB-CE) disse que teve conhecimento dos detalhes sobre o seu inquérito das emendas pelos jornais. “Sei mais pela mídia do que pelos meus advogados”, afirmou, ao ser questionado se seria ouvido na quarta-feira pela Polícia Federal.

 

Tensão entre os irmãos – No grupo de WhatsApp do PSB, em que estão parlamentares e assessores, o deputado Heitor Schuch (PSB-RS) enviou a seguinte mensagem após a operação da PF no gabinete de Júnior Mano (PSB-CE): “Estamos ruins de companheiros”. A mensagem foi apagada pouco tempo depois.

 

O jeitoso Tarcísio – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aproveitou o 9 de julho para homenagear várias autoridades com a Ordem do Mérito Armando Romagnoli, “herói paulista”. Estavam incluídos o comandante Militar do Sudeste, general do Exército Pedro Celso Coelho Montenegro, e o secretário de governo, Gilberto Kassab.

 

É conspirador quem defende aumento de tarifa de Trump – O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou indiretamente nesta quarta-feira (9) o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro ao comentar a imposição de tarifa de 50% pelo presidente americano, Donald Trump, ao Brasil sob argumento de “ataques insidiosos do Brasil às eleições livres”. “Há um limite para as coisas. Conspirar contra o Brasil no exterior não é direito individual, tampouco político”, disse. “Atuar para que a economia do Brasil seja penalizada com tarifas excessivas é indecente e antipatriótico. O Brasil tem mais de duzentos anos de boa relação diplomática com os EUA e isso deve preponderar sobre a ideologia de grupos políticos. No final, quem sofrerá será o povo pobre do Brasil.”

 

O que é isso, minha gente – A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) uma moção de louvor ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o chama de exemplo a ser seguido. Um requerimento do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), aliado de Jair Bolsonaro (PL), afirma que o americano “deve ser enaltecido e lembrado como um dos melhores presidentes do mundo e exemplo a ser seguido para a implementação e manutenção de uma democracia moderna e justa”. O texto, de caráter simbólico, ressalta feitos dos primeiros cem dias de governo Trump. Entre eles, cita o “perdão dos envolvidos no incidente de 06 de janeiro de 2021, no Capitólio dos EUA”. A menção ao Capitólio faz um aceno ainda para a lei da anistia para os envolvidos no 8 de janeiro de 2023, episódio frequentemente comparado com a invasão em Washington. A anistia é objeto de discussão hoje no Congresso.

 

Prerrogativas aciona AGU contra deputada por campanha antivacina – O Grupo Prerrogativas apresentou um pedido de providências à Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, da Advocacia-Geral da União (AGU), contra a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC). A petição acusa a parlamentar de promover uma “campanha sistemática de desinformação sanitária” contra políticas públicas de vacinação obrigatória, especialmente voltadas a crianças. No documento, ao qual a coluna teve acesso, os advogados pedem que a AGU tome medidas “extrajudiciais e judiciais cabíveis” para conter o que classificam como uma ameaça à saúde pública e à democracia. “A atuação da deputada extrapola os limites do livre exercício do mandato parlamentar e alcança o campo da propagação deliberada de descrédito contra evidências científicas consolidadas”, afirmam. O pedido menciona dois projetos apresentados por Zanatta: o PL 2.643/2025, que autoriza a recusa de vacinas com atestados médicos, e o PL 2.641/2025, que proíbe a vacinação compulsória e propõe o crime de “coação vacinal”. Para os autores, as propostas representam “uma tentativa de subversão institucional”.

 

Janja planeja encontros com mulheres evangélicas – Aprimeira-dama Janja da Silva planeja um roteiro de encontros com mulheres evangélicas de todo o país para se aproximar de um dos segmentos mais resistentes ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A primeira abordagem ocorreu na última sexta-feira na Igreja Batista de São Cristóvão, no Rio, onde Janja foi recebida por um grupo de 100 evangélicos. Ela estava acompanhada pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O encontro ocorreu a pedido de Janja com mulheres evangélicas da Região Metropolitana do Rio e do interior do estado. A proposta de aproximação vinha sendo discutida internamente desde 2023, em conversas entre a primeira-dama e representantes progressistas do segmento. Até agora, a agenda do Rio tem sido chamada de “encontro-piloto”. A ideia é que esse tipo de encontro seja um espaço para as mulheres falarem, com poucas intervenções cerimoniais e diversidade de participantes.

 

Adiada votação da PEC de Segurança após pedido de vista – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados adiou ontem a análise da proposta de emenda à Constituição (PEC) de Segurança Pública, apresentada pelo governo federal. O presidente da Comissão, deputado Paulo Azi (União-BA), atendeu a um pedido de vista coletiva, que adia a tramitação por pelo menos duas sessões deliberativas. Durante a sessão, deputados da oposição se mobilizaram para atrasar a análise da proposta, alegando que ela abre espaço para a interferência federal na segurança pública dos estados. Antes da leitura do parecer, eles tentaram obstruir o trabalho por meio de longos discursos e apresentação de pedidos. Todos foram rejeitados pela maioria da Comissão.

 

Depois de Motta, Alcolumbre vira foco – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tornou-se alvo de perfis de esquerda nas redes sociais após afirmar que vai sancionar o projeto de lei que aumenta em 18 o número de deputados federais, mesmo que o presidente Lula não sancione o texto. Em resposta, vídeos e imagens criados por inteligência artificial com críticas ao senador, além de conteúdos publicados na semana passada contra o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), começaram a ser compartilhados nas plataformas. Uma das versões, publicada em X por um influenciador de esquerda, ironiza Alcolumbre, representado por um personagem chamado Davi Grande Volume. Quando perguntado se vai decretar o aumento do número de deputados, ele confirma e diz que “o Congresso de mamata só corta despesas dos pobres”.

 

Líder do governo é alvo de investigação do STF – Uma nova investigação aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar supostos desvios de emendas parlamentares inclui como um dos alvos o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). A apuração dos votos é um desdobramento da operação deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira, que teve como foco principal o deputado Júnior Mano (PSB-CE). Na decisão que autorizou a nova frente de investigação, o ministro Gilmar Mendes cita a necessidade de aprofundar o escrutínio da eventual participação de autoridades com competência privilegiada, como Guimarães, Eunício Oliveira (MDB-CE) — ex-presidente do Senado — e Yury do Paredão (MDB — CE), cujos nomes constam nos diálogos e documentos coletados pela PF. Eles negam irregularidades.

 

Parece, mas está longe de parecer – A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% a produtos importados do Brasil reflete mais uma preocupação comercial do que política de Trump. A manifestação, nesta quarta-feira, 9, ocorre dois dias após o líder norte-americano criticar a Cúpula do Brics e ameaçar uma guerra tarifária. Acontece também numa sequência de embates com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que envolve interesses de plataformas sociais. Embora cite o ex-presidente Jair Bolsonaro, a decisão está longe de ser um aceno a aliados de Bolsonaro. Uma mostra disso é que o tarifaço impacta setores da direita fortemente ligados ao bolsonarismo, a exemplo do agronegócio. A avaliação é compartilhada por especialistas ouvidos pela Coluna do Estadão. “O que está em jogo aí é muito mais o embate entre o grupo Trump com o Moraes por causa de decisões em relação a redes sociais do que de fato em relação ao bolsonarismo”, afirmou Rodolfo Teixeira, doutor em sociologia política pela Universidade de Brasília. E completou: “Quando o Trump foi eleito pela primeira vez, ele teve a chance de conversar mais tempo com o Bolsonaro, à época presidente, e não o fez”.

*10-07 | XP News*

Bom dia,

🔴 Mercados em baixa às 6h45 de Brasília: S&P -0.17%, Dow Jones -0.22%, Nasdaq -0.13% e o índice europeu STOXX 600 +0.60%.

🚦*– Tarifação do TRUMP de 50% no Brasil.

📉 Impacto Geral: *Embora os EUA representem “só” 12% das exportações brasileiras, são nosso segundo maior parceiro comercial. Em 2024, vendemos US$ 40,3 bilhões para eles.*

👉 Com a tarifa de 50% anunciada por Trump, boa parte dessas exportações corre sério risco. *O impacto no PIB é pequeno (2,2%), mas o estrago nas empresas, regiões e empregos pode ser enorme.*

🧱 *Setores mais afetados: Petróleo e derivados, Ferro e Aço, Aeronaves e Equipamentos (Produtos da Embraer, peças e componentes) e Café, carnes, frutas, celulose.*

🚨 *VOLUME DA BOLSA:* No dia 9 de julho de 2025, o volume diário do EWZ (que representa a Bolsa brasileira lá fora) foi de 36.7 milhões de ações, significativamente acima da média dos últimos 30 dias, que estava em cerca de 23.8 milhões de ações. *Isso representa um aumento de ~54% sobre o volume típico — um dos maiores patamares registrados desde a criação do ETF, em julho de 2000.*

🇧🇷 *MACRO BRASIL: Reagindo às tarifas impostas ao Brasil, o real depreciou 2,3% no mercado futuro, a R$ 5,57, enquanto a taxa de 10 anos subiu 22 bps, a 13,71% — tendo chegado a avançar mais de 30 bps após o anúncio.*

🚨 *Valor – Brasil registra saída recorde de dólares no 1º semestre*
*Entre janeiro e junho, fluxo cambial ficou negativo em US$ 14,3 bi; desmonte de posições em derivativos ajudou real no período.*

*Folha – Lula reage a Trump e diz que elevação de tarifas será respondida com lei de reciprocidade*
“É falsa a informação, no caso da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, sobre o alegado déficit norte-americano. As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos”, escreveu Lula no X (antigo Twitter).

*Folha – Governo Lula devolve carta de Trump e convoca novamente chefe da embaixada dos EUA*
O Itamaraty convocou o chefe da embaixada dos EUA em Brasília, Gabriel Escobar, para uma segunda reunião, ontem, em novo gesto para demonstrar contrariedade com a ofensiva de Donald Trump contra a gestão do petista. O Itamaraty devolveu a carta endereçada a Lula, na qual o republicano diz que Jair Bolsonaro é perseguido e anuncia a imposição de uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros.

*G1 – Tarifaço de Trump: veja os itens mais vendidos do Brasil para os EUA*
Um levantamento com base em dados públicos de comércio exterior, revela os principais produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos entre janeiro e junho de 2025:

* Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos — US$ 2,37 bilhões

* Produtos semimanufaturados de ferro ou aço (baixo carbono) — US$ 1,49 bilhão

* Café não torrado, não descafeinado — US$ 1,16 bilhão
* Carnes bovinas desossadas e congeladas — US$ 737,8 milhões

* Ferro-gusa (ferro fundido bruto não ligado) — US$ 683,6 milhões

* Celulose (pasta química de madeira não conífera) — US$ 668,6 milhões

* Óleos combustíveis e preparações de petróleo — US$ 610,2 milhões

*CNN – Câmara Americana de Comércio vê impacto severo e apela por racionalidade*
“Trata-se de uma medida com potencial para causar impactos severos sobre empregos, produção, investimentos e cadeias produtivas integradas entre os dois países”, disse a Amcham Brasil. “Reiteramos a importância de uma solução negociada, fundamentada na racionalidade, previsibilidade e estabilidade”.

*Estadão – Mídia internacional aponta cunho político e ‘tom marcadamente diferente’ nas tarifas ao Brasil*
A rápida escalada e os impactos econômicos da disputa foram destacados pelo The Wall Street Journal, Reuters, The New York Times, Financial Times e Le Monde.

*O Globo – Toffoli determina que gastos com ressarcimento de fraudes do INSS devem ficar fora da meta fiscal*
Na semana passada, Toffoli homologou acordo prevendo que a devolução dos valores desviados não deveria ser incluída no limite do arcabouço fiscal. O governo federal, contudo, pediu que os pagamentos fossem excluídos da meta. Esse ponto foi atendido em nova decisão do ministro, desta quarta.

*Folha – Relator recua em projeto que afrouxa Lei de Responsabilidade Fiscal após repercussão negativa*
O parecer do senador Efraim Filho tirava dos limites da LFR gastos com terceirizados em todas as áreas, flexibilizando um dos pilares da lei, que é o controle das despesas de pessoal.

*O Globo – Congresso vai buscar solução para o IOF sem aumento de alíquota, diz Motta*
O presidente da Câmara afirmou que a resolução para o impasse do IOF não passará por aumento da taxa. Ele afirmou que a conversa com o governo na noite de terça-feira foi “colaborativa”, mas negociações seguem até a audiência com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, na semana que vem.

*Valor – Comissão do Senado adia votação do novo Código Eleitoral*
O relator da matéria, senador Marcelo Castro, havia feito um acordo para que a votação na CCJ acontecesse na manhã de ontem, mas não houve consenso sobre temas como divulgação de notícias falsas e voto impresso.

*Globo Rural – Plano prevê crédito rural com juro menor a protetores de floresta*
Está em estudo a concessão de descontos nos juros dos financiamentos bancários aos agricultores e pecuaristas que preservam mais do que a lei exige. Ainda falta definir parâmetros e métodos de comprovação para concretizar a proposta, mas a ideia pode entrar em vigor ainda na atual temporada agrícola.

🚦 *Furla News Especial – Tarifação do TRUMP de 50% no Brasil.*

📉 Impacto Geral
*Embora os EUA representem “só” 12% das exportações brasileiras, são nosso segundo maior parceiro comercial. Em 2024, vendemos US$ 40,3 bilhões para eles.*

👉 Com a tarifa de 50% anunciada por Trump, boa parte dessas exportações corre sério risco. *O impacto no PIB é pequeno (2,2%), mas o estrago nas empresas, regiões e empregos pode ser enorme.*

🧱 Setores mais afetados:

1. *Petróleo e derivados*
• US$ 7,6 bi – 18,85% das exportações para os EUA

2. *Ferro e Aço*
• US$ 5,9 bi – 14,7%
• Já enfrentam 25% de tarifa extra nos EUA
• Com 50%, o mercado praticamente fecha
• Impacto direto em ES e MG

3. *Aeronaves e Equipamentos*
• 6,85% da pauta
• Produtos da Embraer, peças e componentes
• Risco de perda para concorrentes americanos e canadenses

4. *Café, carnes, frutas, celulose*
• De 3% a 5% da pauta cada
• Produtos agrícolas que competem em preço perdem espaço para Colômbia, Vietnã, Argentina etc.

Isolamento, sanções e culpados: o Brasil de Lula caminha para o abismo

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Eletrobras entrega Escola Espinilho e celebra operação total do Parque Coxilha Negra

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