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🟢 *XP POLÍTICA – Câmara aprova urgência do PLP 128, que prevê corte linear de 10% nos incentivos fiscais*
*A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (8) o regime de urgência para o PLP 128/2025, projeto do deputado Mauro Benevides (PDT-CE), que propõe um corte linear de 10% nos benefícios fiscais concedidos pela União.*
🟢*Poder360 – Haddad insiste em IOF e Motta diz que mais imposto não passa*
Reunião entre governo e cúpula do Congresso na noite de ontem foi inconclusivo sobre como resolver o impasse. Hoje, Hugo Motta e Davi Alcolumbre vão conversar com líderes partidários para dizer como foi o clima do encontro.
🇺🇸 TRUMP & TARIFAS: Na terça-feira, Trump afirmou que não haveria mudanças ou extensões na série de tarifas que *anunciou para países, como Japão e Coreia do Sul. As novas tarifas variam de 25% a 40% e devem entrar em vigor em 1º de agosto.*
🇺🇸 BODE NA SALA: *Trump também anunciou uma taxa de 50% sobre as importações de cobre e insinuou que novas tarifas específicas para cada setor serão anunciadas em breve.*
👉 *Ele ameaçou impor tarifas de até 200% sobre produtos farmacêuticos importados para os EUA, mas disse que “dará às pessoas cerca de um ano, um ano e meio” até que as tarifas entrem em vigor.*
🇺🇸 JUROS NOS EUA: Hoje os investidores acompanharão a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). O título de 10 anos subiu 1 ponto-base, para 4,407%, e o de 30 anos permaneceu estável, em 4,93%.
🇧🇷 *MACRO BRASIL: O real devolveu parcialmente a depreciação de segunda-feira, apreciando 0,6%, a R$ 5,48. A taxa de 10 anos subiu 6 bps, a 13,51%, e a NTN-B longa avançou 4 bps, pagando inflação + 7,04%.*
*O Globo – Haddad e Motta se reúnem pela primeira vez após derrubada do decreto do IOF e tentam conciliação*
O encontro na noite de ontem, na residência oficial do presidente da Câmara, contou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Hugo Motta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e lideranças parlamentares.
*Folha – Imposto mínimo para quem ganha acima de R$ 1,2 milhão poderá baixar para até 8%, diz Lira*
O deputado federal Arthur Lira disse ontem que não descarta fechar o relatório do projeto que eleva a faixa de isenção do IR para R$ 5.000 nesta semana ou na próxima e afirmou que o texto poderá prever uma alíquota mínima menor do que a proposta pelo governo.
*Folha – PEC propõe excluir juros dos precatórios da meta fiscal, auxiliando governo a partir de 2027*
De acordo com o parecer do deputado Baleia Rossi, os pagamentos dos juros e correção monetária passariam a ser classificados como despesas financeiras. A proposta deve ser votada na próxima semana pela Câmara.
*O Globo – Governo precisa de alternativas ao IOF para 2026 porque não vai mudar a meta fiscal, diz Tebet*
A ministra do Planejamento afirmou que o governo não vai mudar a meta fiscal para 2026, de superávit primário de 0,25% do PIB, o que representa uma economia de R$ 34,3 bilhões. Por isso, o governo precisa encontrar alternativas para fechar as contas públicas.
*G1 – Comissão do Congresso aprova reajuste de 9% em salários das Forças Armadas*
O texto repete o teor de uma MP editada governo federal em março deste ano, em vigor desde então. Segundo o governo, em 2025, a medida vai custar R$ 3 bilhões. No próximo ano, o impacto será de R$ 5,3 bilhões.
*CNN – CCJ da Câmara analisa hoje PEC da Segurança Pública*
Elaborada pelo Ministério da Justiça, a proposta atribui à União a responsabilidade de formular a política nacional de segurança pública, coordenar o sistema penitenciário e elaborar um plano nacional para a área. A oposição pode apresentar um pedido de vista, o que atrasaria a apreciação em pelo menos uma sessão.
*Estadão – Estimamos saída de 180 mil servidores em dez anos e não devemos repor nem um terço, diz Esther Dweck*
Ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos admite que a reforma administrativa defendida pela pasta vai, sim, gerar economia para o governo no médio e curto prazos.
*Valor – Alocação de fundos de pensão em títulos públicos é recorde*
Os fundos de pensão atingiram no primeiro trimestre deste ano uma alocação de R$ 820 bilhões em títulos públicos, de um total de R$ 1,22 trilhão de ativos do setor. O patamar é recorde da série histórica do Ministério da Previdência, que começa em 2010, tanto em números absolutos quanto em percentual, de 67,2% do total.
RESUMO DE QUARTA-FEIRA – 09/07/2025
Edição de Chico Bruno
Manchetes dos jornais
FOLHA DE S.PAULO – Consignado do INSS para menor de idade atinge 492 mil benefícios
O GLOBO – STF amplia ofensiva sobre emendas e aponta desvios para fins eleitorais
O ESTADO DE S.PAULO – Projeto de isenção do IR pode ter alíquota mais baixa para alta renda
CORREIO BRAZILIENSE – Polícia e MP do DF prendem 51 e quebram rede nacional de tráfico
Valor Econômico – Lira estuda reduzir alíquota do IR dos mais ricos; parecer pode incluir solução para IOF
Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia
Recorde – Quase meio milhão de beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com menos de 18 anos sofrem descontos em seus benefícios devido a empréstimos consignados contratados por seus representantes legais. Dados obtidos pela Folha indicam que, em junho deste ano, havia 492,1 mil benefícios ativos em nome de menores de idade com descontos decorrentes de operações de crédito. Crianças e adolescentes podem ser titulares de benefícios como pensão por morte e BPC (Benefício de Prestação Continuada) para pessoas com deficiência. A possibilidade de contratação de empréstimos consignados pelos representantes legais já existia, mas uma norma do INSS flexibilizou o acesso a partir de agosto de 2022, último ano de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e às vésperas da campanha eleitoral. Em 23 de junho, o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) decidiu suspender a contratação de empréstimos consignados por meio de representantes legais sem aval prévio da Justiça. A medida atendeu a um pedido do MPF (Ministério Público Federal), que viu ilegalidade no ato de 2022 e risco de perda patrimonial imposta aos beneficiários. Segundo relatos de técnicos do governo, a nova gestão do INSS, que assumiu no fim de abril (após a operação da PF), pretendia revogar o ato de 2022 e restabelecer a exigência de autorização judicial prévia, mas a decisão do TRF-3 acabou saindo antes disso.
Desvios – O STF intensificou investigações sobre desvios de emendas parlamentares para financiar campanhas eleitorais, aprofundando a tensão com o Legislativo. O ministro Gilmar Mendes autorizou buscas no gabinete e residências do deputado Júnior Mano (PSB-CE), suspeito de centralizar um esquema de fraudes. A operação, sob sigilo, envolve crimes como lavagem de dinheiro e compra de votos. A investigação também inclui menções ao líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e ao deputado Eunício Oliveira (MDB-CE), ex-presidente do Senado. Emendas indicadas pelos dois parlamentares e pelo deputado Yury do Paredão (MDB-CE) foram citadas na apuração. Nenhum dos três foi alvo da operação deflagrada nesta terça-feira (8), mas, a partir dessas menções, o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a abertura de um inquérito específico.
Jeitinho – Relator na Câmara dos Deputados do projeto que isenta o Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil, Arthur Lira (PP-AL) disse nesta terça-feira, 8, que avalia incluir as medidas compensatórias para a derrubada do IOF em seu texto. O deputado afirmou que a sugestão foi levada por representantes dos partidos, notadamente do PSD e do MDB, à reunião de coordenadores hoje pela manhã sobre o projeto do Imposto de Renda. Lira afirmou que o relatório exclusivamente tratando sobre o Imposto de Renda estava pronto para ser apresentado no último dia 27, mas recebeu o pedido do governo para que fosse adiado em meio à escalada da tensão política do IOF. Lira argumenta que a proposta do governo para compensar a isenção para quem recebe até R$ 5 mil arrecada mais do que o necessário. Dessa forma, os deputados discutem reduzir a alíquota mínima da alta renda de 10% para 9% ou 8%. “Todos sabem que as contas de uma alíquota mínima de 10% dá compensação muito maior do que a renúncia estimada para 2026, de R$ 25,8 bilhões, e uma arrecadação de R$ 34 bilhões. Então lógico que, se nós estamos buscando a neutralidade pontual da isenção dos R$ 5 mil, a gente vai buscar uma alíquota que seja mais eficaz. Se vai ser possível ou não, é discussão nós estamos tendo também, inclusive, com a Fazenda”, afirmou. Lira também afirmou que existem discussões para trocar a tributação sobre a alta renda por uma taxação sobre os dividendos, considerando a progressividade do nível de renda do contribuinte.
Desmantelamento – A Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) da Polícia Civil do DF e a 3ª Promotoria de Entorpecentes do Ministério Público (MPDFT) desarticularam, ontem, um grupo criminoso que se instalou em Samambaia para armazenar e vender drogas. Os entorpecentes vinham da Região Norte escondidos em carros trazidos por caminhões cegonha. A Operação Irmãos prendeu 50 pessoas e cumpriu 70 mandados de busca e apreensão em Rondônia, Goiás, Ceará e DF. “Apesar de o núcleo estar em Samambaia, havia ramificações em outras regiões, como Taguatinga, Guará e o Plano Piloto, onde o poder aquisitivo é mais alto”, afirmou o delegado Luiz Henrique Sampaio, da Cord.
Justiça da Flórida manda notificar Moraes – A Justiça da Flórida, nos Estados Unidos, assinou nesta terça-feira, 8, uma nova citação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido das empresas Trump Media & Technology Group, ligada ao presidente americano Donald Trump, e da plataforma de vídeos Rumble. Ao Estadão, a assessoria da Suprema Corte disse que não tem informações e não vai comentar o caso. A ação é movida pelas duas empresas, que acusam Moraes de censurar conteúdos publicados nessas redes sociais no Brasil. Duas tentativas de notificação anteriores, em março e em junho, foram frustradas. A diferença da citação anterior para esta é que, agora, o endereço do ministro aparece completo no documento. Segundo a Justiça distrital da Flórida, Moraes tem um prazo determinado de 21 dias para responder à queixa, ou poderá ser julgado à revelia, o que significa que uma decisão poderá ser tomada contra o réu sem que ele apresente defesa. A Advocacia-Geral da União já está “monitorando” a ação que a Rumble Inc. e a Trump Media & Technology Group Corp, do grupo do presidente norte-americano Donald Trump, movem contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nos EUA. Advogados norte-americanos já auxiliam a AGU nos EUA.
Inquérito contra Eduardo é prorrogado – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o inquérito que apura a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL–SP) nos Estados Unidos. A decisão foi tomada ontem em função de solicitação da Polícia Federal (PF), apresentada em 3 de julho. Segundo o magistrado, a medi da se justifica pela “necessidade de continuidade das investigações e da realização de diligências pendentes”. O inquérito foi instaurado em maio, a pedido da Procuradoria–Geral da República (PGR), com base em declarações recorrentes do deputado, nas quais ele afirmava estar “se dedicando a conseguir do governo dos Estados Unidos a imposição de sanções contra integrantes do Supremo Tribunal Federal, da Procurado ria-Geral da República e da Polícia Federal”. A investigação tem como objetivo verificar se houve tentativa de influenciar ou intimidar o andamento o processo no STF relacionado à tentativa de golpe de Estado, além de apurar eventuais ações voltadas a obstruir as investigações sobre a trama. Eduardo Bolsonaro sustenta que ele e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, são alvo de perseguição política.
Sidônio adia comparecimento a audiência – O ministro da Comunicação Social do governo, Sidônio Palmeira, adiou para depois do recesso parlamentar o comparecimento ao Congresso para prestar esclarecimentos sobre uma campanha publicitária que gerou intenso desgaste para o Legislativo na opinião pública e reacendeu o mote eleitoral do “nós contra eles”. Foram utilizados vídeos — feitos por inteligência artificial na maioria dos casos — afirmando que bilionários, bancos e bets (chamados de “BBB”) são privilegiados e que só essa parcela minoritária da população quer evitar dividir a conta de impostos. A publicidade veio depois da derrubada, pelo Congresso, do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras. Mas isso não quer dizer quer outros integrantes do governo deixarão de comparecer ao Parlamento para dar informações a deputados e senadores. Entre os que deverão se apresentar diante dos congressistas estão o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues e o ministro Frederico de Siqueira Filho (Comunicação).
Conciliação sob risco – Muitos deputados acreditam que vai resultar em mais confusão com o governo, se o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) ir em frente com a ideia de juntar partes da Medida Provisória do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) à proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. A avaliação de muitos é a de que não será possível colocar tudo dentro do mesmo projeto. Há quem diga, inclusive, que os assuntos não podem ser misturados, porque são tributos de natureza diferente, nesse sentido, tem muita gente na Casa suspeitando que a intenção da união das propostas é para isentar dividendos. Um imbróglio desses é tudo o que o Executivo não pediu, especialmente, às vésperas da audiência de conciliação que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes marcou para tentar resolver o debate do IOF. A sugestão de levar a parte das letras de crédito da Medida Provisória do governo para o IR é uma forma de “confrontar” o Planalto.
Nem tudo está perdido – Lira tem defendido a redução da alíquota de tributação dos super-ricos de 10% para 9% ou 8%, a fim de “manter a neutralidade fiscal”. Assim, avaliamos os deputados, aumentando as chances de aprovação do texto. Muitos políticos acreditam que o governo sugeriu 10% com uma gordura de corte para garantir a aprovação da matéria.
Muito além de Júnior Mano – As avaliações que chegaram à cúpula do Congresso é que a Casa não está livre de ver novos casos de busca e apreensão semelhantes ao que ocorreu esta semana no gabinete de Júnior Mano. Há uma gama de investigações em curso sobre o que foi feito das emendas parlamentares.
Salvas pela bancada – Antes de se filiar ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), o deputado Júnior Mano (CE) fez de tudo para tentar virar presidente do União Brasil em seu estado. Chegou a ter uma conversa séria nesse sentido com o presidente do partido, Antonio Rueda. A bancada não deixou e ele abalou para o PSB, onde se tornou vice-presidente.
Prazo dado – Parlamentares alegaram que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), vai esperar o projeto do governo de corte de incentivos fiscais até 2 de agosto. Caso contrário, a Casa vai tocar o projeto do deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE) — que prevê corte escalonado de até 10%, em dois anos.
Descolado do governo – Os governantes estão cada vez mais inconformados com as posições do presidente do Banco Central do Brasil (Bacen), Gabriel Galípolo. Ontem, por exemplo, afirmou em almoço na Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) que, enquanto a inflação não atingir a meta de 3%, a instituição continuará elevando os juros. Segundo Galípolo, é uma forma de fortalecer o BC como instituição independente.
Lula ligou – Um dos novos presidentes regionais do PT que o presidente Lula fez questão de telefonar para cumprimentar foi o do Distrito Federal, Guilherme Sigmaringa Seixas. Filho do ex-deputado Sigmaringa Seixas, o novo dirigente do PT-DF é Lula “desde criancinha”. Na primeira eleição presidencial, 1989, quando ele tinha quatro anos, falou para quem queria ouvir: “Papai, vota no Lula”. Mas Sigmaringa Seixas, à época presidente local do PSDB, votou no tucano Mário Covas.
Por falar em PT… – O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) ao chegar na sessão do Conselho de Ética da Câmara, falou em voz alta: “Já pode votar presidente? Só não me peça para votar no PT”, disse rindo antes de registrar o voto para eleger o segundo vice-presidente da mesa.
Laços mais estreitos – A visita de estado do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, ao Brasil marca uma nova etapa nas relações entre os dois países e já renderá frutos. Em agosto, por exemplo, uma missão de empresários comandada pelo grupo Líderes Empresariais (Lide) segue para Mumbai, para o Lide Brasil Índia Fórum 2025. É um caminho para ampliar o fluxo comercial entre os dois países, atualmente, na casa de US$ 12 bilhões.
Sobre o que – O fato do líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), ter dito que acionaria a Polícia Federal para investigar uma viagem de parlamentares conservadores aos Estados Unidos, deu mais trabalho ao Conselho de Ética da Casa. Na verdade, qualquer ação por lá será em vão. À coluna, Lindbergh afirmou ter dito que iria à PF, mas não o fez. Neste caso, a representação contra ele no colegiado é “sobre nada”.
Hacker pede para ir para o semiaberto – A defesa de Walter Delgatti Neto, que foi condenado por auxiliar a deputada federal licencia da Carla Zambelli (PL-SP) a invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pediu, nesta semana, para que o hacker cumpra sua pena em regime semiaberto. Ele está encarcerado no Presídio de Tremembé (SP) há dois anos. Como a pena de Delgatti é de oito anos e três meses de detenção, a defesa argumenta que ele já cumpriu 20% do tempo previsto e teria direito à progressão.
Alcolumbre vai promulgar – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que promulgará o projeto que aumenta de 513 para 531 o número de deputados federais, caso o presidente Lula não sancione. Aprovado por Senado e Câmara, o projeto enfrenta resistência do governo, que considera improvável a sanção. O aumento pode gerar impacto financeiro anual de R$ 64,6 milhões, mas será ajustado sem aumento de despesas. A proposta beneficia oito estados com mais cadeiras, sem prejuízo para outros.
Senado adia votação do PL que autoriza bingo e cassino – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), adiou a votação do projeto de lei que legaliza os jogos no Brasil em cassinos e casas de bingo, além de permitir o jogo do bichinho e regulamentar as apostas em corridas de cavalos. O item esteve na pauta do Plenário ontem, apesar da resistência da bancada evangélica e de partidos de oposição, como o PL. Alcolumbre adiou a votação devido ao baixo quórum da sessão e, segundo ele, ao alto número de pedidos para que a matéria fosse debatida e votada em outra ocasião. No momento do adiamento, 56 dos 81 senadores haviam marcado presença. O presidente do Senado não informou quando o item deve voltar à pauta.
Reajuste das Forças Armadas avança no Congresso – A Medida Provisória (MP) que reajusta o salário-base dos militares avançou ontem no Congresso. A proposta, que autoriza o reajuste linear de 9% a todos os membros do serviço ativo, reserva e pensionistas das Forças Armadas, foi aprovada por uma comissão mista. O texto deve ser referendado pelos plenários da Câmara e do Senado até o dia 8 de agosto para que não perca a validade. Metade do aumento para as forças armadas será pago imediatamente. O restante, ou seja, 4,5%, será concedido a partir de 1º de janeiro do ano que vem, caso a MP passe pelas duas Casas.
Relator da PEC da Segurança acena a governadores – Relator da PEC de Segurança Pública na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o deputado Mendonça Filho (PE-PE) apresentou ontem um relatório com uma emenda à proposta enviada à Câmara pelo governo Lula. O parlamentar retirou do texto o trecho que reforçava a competência “exclusiva” da União para legislar sobre “normas gerais de segurança pública, defesa social e sistema prisional”. Após críticas de governadores, Mendonça disse que o trecho pode prejudicar a autonomia dos estados e impedir mudanças nas leis estaduais sobre o assunto. Embora o Congresso seja responsável por definir a legislação penal, as entidades da Federação também têm regras sobre a conduta e procedimentos policiais e penitenciários.
Deve 12 milhões a União – O deputado Júnior Mano (PSB-CE), que foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira, 8, por suposto desvio de emendas parlamentares, deve cerca de R$ 12 milhões à União. Na eleição de 2022, o parlamentar declarou ter R$ 371,5 mil em bens, apenas 3% do total da dívida em seu nome. Procurado pela Coluna do Estadão, o deputado não respondeu. Sobre a operação da PF, Júnior Mano afirmou não ter “qualquer participação em processos licitatórios, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos”. Segundo um levantamento da Coluna do Estadão em dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), Júnior Mano não pagou tributos federais nos anos de 2019, 2021, 2023 e 2025, período em que já era deputado. A maior dívida foi registrada em 2023, com R$ 10,7 milhões.