Um grave episódio de violência escolar mobilizou a comunidade educacional de Sant’Ana do Livramento e gerou uma nota oficial de repúdio da Associação dos Orientadores Educacionais do Rio Grande do Sul (AOERGS). O caso ocorreu em uma escola da rede estadual, onde um estudante de 16 anos agrediu fisicamente e verbalmente uma orientadora pedagógica após ser advertido por utilizar o celular em sala de aula, prática vedada pela Lei nº 15.100/2025.
Segundo informações da equipe diretiva, o aluno utilizou injúrias contra a orientadora e chegou a arremessar um banco contra ela. Um professor que tentou intervir em defesa da colega também foi insultado e agredido pelo adolescente. A Patrulha Escolar foi acionada e compareceu à instituição para registrar a ocorrência e prestar apoio à equipe escolar.
A situação gerou forte comoção entre profissionais da educação e entidades representativas. A AOERGS se manifestou publicamente por meio de uma nota de repúdio, reafirmando a necessidade de garantir ambientes escolares seguros e de respeito mútuo.
“Nenhuma forma de violência contra profissionais da educação pode ser tolerada ou naturalizada”, pontua a entidade em nota.
Confira, na íntegra, a nota de repúdio e solidariedade divulgada pela AOERGS:
Porto Alegre, 29 de junho de 2025
NOTA DE REPÚDIO E SOLIDARIEDADE
A Associação dos Orientadores Educacionais do Rio Grande do Sul (AOERGS) vem a público manifestar seu mais veemente repúdio ao episódio de agressão física e verbal ocorrido em uma escola estadual de Sant’Ana do Livramento (RS), no qual uma orientadora educacional e um professor foram agredidos por um estudante de 16 anos, após o cumprimento das normas escolares quanto ao uso indevido de celular em sala de aula, em consonância com a lei nº 15.100/2025.
A AOERGS expressa solidariedade à colega orientadora educacional, bem como ao professor e à equipe diretiva da escola. Reiteramos nosso total apoio diante desse grave ato de violência, que fere não apenas os profissionais atingidos, mas também a dignidade e a segurança de toda a comunidade escolar.
Reafirmamos que nenhuma forma de violência contra profissionais da educação pode ser tolerada ou naturalizada. É fundamental que os espaços escolares sejam preservados como ambientes seguros, de respeito mútuo e valorização do trabalho educativo. Situações como essa evidenciam a urgência de ações efetivas de proteção aos educadores e de políticas públicas que promovam a cultura da paz nas escolas.
Exigimos que as autoridades competentes apurem rigorosamente os fatos e que medidas educativas e legais sejam adotadas para que episódios como este não se repitam. Seguiremos vigilantes e comprometidos com a defesa da escola pública, da educação de qualidade e da valorização das(os) orientadoras(es) educacionais e demais profissionais da educação.
ASSOCIAÇÃO DOS ORIENTADORES EDUCACIONAIS DO RS