O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito, apresentado nesta data pelo
Vereador Relator Marcos Felipe, retrata com precisão os fatos ocorridos no trágico
incêndio da Pousada Garoa, alinhando-se de forma clara com a linha de defesa de
Cristiano Roratto, ao apontar elementos que indicam a origem criminosa do sinistro.
A CPI foi contundente ao destacar o depoimento do morador mais antigo da pousada,
que apresentou, com firmeza e riqueza de detalhes, o nome, a fotografia, o RG e o CPF
do indivíduo que, segundo ele, iniciou o incêndio após acalorada discussão com outros
residentes — incluindo uma das vítimas fatais. Tal informação foi ignorada no inquérito
policial original.
O relatório se mostrou criterioso, técnico e corajoso ao confrontar diversas omissões da
investigação conduzida pela Polícia Civil. Entre os pontos ignorados pelo inquérito,
destacam-se: o boletim de ocorrência registrado por moradores antes do incêndio,
vídeos e áudios captados no local, e os testemunhos de pessoas que estavam presentes
no momento dos fatos, todos desconsiderados de forma injustificável.
O documento da CPI recomenda expressamente a reabertura do inquérito policial, com
a realização de diligências urgentes para identificar o indivíduo que foi visto em fuga no
momento exato do início do incêndio, conforme registrado em imagens e corroborado
por testemunha ouvida sob sigilo, que confirmou sua identidade e o envolvimento
direto após as discussões havidas no interior do prédio.
É hora de virar a chave: a verdade está emergindo, e não pode mais ser ignorada.