sáb, 14 de junho de 2025

Variedades Digital | 14 e 15.06.25

Resumo de sábado – 14/06/2025

Germano Rigotto - Foto: Cedida

 

Edição de Chico Bruno

 

Manchetes dos jornais e reportagens de capas de revistas

 

CORREIO BRAZILIENSE – Israel e Irã aterrorizam o mundo com bombas e morte

 

O ESTADO DE S. PAULO – Mísseis do Irã atingem Tel-Aviv após Israel ampliar ofensiva

 

O GLOBO – Irã revida, troca ataques com Israel, e conflito escala

 

FOLHA DE S. PAULO – Irã ataca Israel após ofensiva contra instalações nucleares e comandantes

 

Valor Econômico – Não circula hoje

 

VEJA: Ele mentiu

 

A defesa de Jair Bolsonaro nunca escondeu que uma das estratégias para tentar livrar o ex-presidente da acusação de golpe é desqualificar as revelações feitas pelo tenente-coronel Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens fez um acordo de delação premiada e, em troca de benefícios, ajudou a PF a montar o quebra-cabeça do suposto plano urdido no fim de 2022 para anular as eleições, impedir a posse de Lula e manter o ex-capitão no poder. Na segunda 9 e na terça 10, o Supremo Tribunal Federal começou a interrogar os oito réus acusados de integrar o núcleo central da conspirata. Cid foi o primeiro a ser ouvido. De uma maneira geral, repetiu boa parte do que já havia dito antes. Em vários momentos, no entanto, soou tatibitate ao narrar certas passagens e foi acometido por alguns estranhos lapsos de memória. Ao longo de quase quatro horas de depoimento, repetiu incontáveis vezes “não me lembro” e “não me recordo”. Ao assinar o acordo de delação premiada com a Justiça, ele assumiu o compromisso de falar a verdade, manter em segredo o teor de suas revelações, não ter contato com outros investigados nem usar redes sociais. Celso Vilardi, um dos advogados de Bolsonaro, sabia que Cid havia desrespeitado ao menos duas determinações impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF — e as provas de que isso de fato aconteceu estão em um conjunto de mensagens trocadas entre o tenente-coronel e uma pessoa do círculo próximo a Jair Bolsonaro.

 

CartaCapital: Golpistas bufões

 

O show de gafes, omissões e mentiras protagonizado por Bolsonaro e seus comparsas durante os depoimentos ao STF. Em seus depoimentos ao STF, os golpistas disseram não se lembrar do que fizeram no verão passado.

 

Crusoé: ‘Xadrez 4D’ na Corte

 

Como o depoimento de Jair Bolsonaro impacta o julgamento da trama golpista.

 

Destaques de primeiras páginas e fatos mais importantes do dia

 

Quem cruzou primeiro as linhas vermelhas? – Teerã e Tel Aviv vivem há dois dias sob o terror de ataques aéreos e drones com explosivos. Há destruição nas duas cidades. Desde a madrugada de sexta feira (hora local), quando os israelenses lançaram uma ofensiva sem precedentes contra a capital e diversas regiões iranianas, atingindo o programa nuclear do país persa e matando líderes militares e cientistas, o mundo avalia o quanto o conflito pode escalar. Alguns dos 100 mísseis balísticos do Irã romperam o escudo de defesa Domo de Ferro e caíram sobre Tel Aviv, deixando pelo menos um morto e 63 feridos. O governo de Benjamin Netanyahu mobilizou todos os reservistas para as “arenas de combate” espalhadas pelo país e alertou que o inimigo cruzou “todas as linhas vermelhas”. Segundo a missão do Irã na ONU, desde a quinta-feira 78 pessoas morreram nos ataques. Pelo lado israelense, uma pessoa morreu e outras 60 ficaram feridas e estão centro tratadas em hospitais locais. Duas estão em estado crítico, segundo o Times of Israel.

 

Ex-ministro de Bolsonaro entra na mira do STF – O ex-ministro do Turismo Gilson Machado foi preso preventivamente pela Polícia Federal, por ordem do Supremo Tribu nal Federal (STF), sob suspeita de participação em um plano para que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, fugisse do país. À noite, porém, a detenção foi revogada e substituída por medidas cautelares. O ministro Alexandre de Moraes argumentou que a prisão preventiva não se fazia mais necessária, porém determinou que Gilson Machado compareça à Justiça a cada 15 dias e o proibiu de sair da comarca. Ordenou, ainda, o cancelamento do passaporte dele. A detenção do ex-ministro foi pedida ao STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão justificou haver a suspeita de que Gilson Machado tentou obter um passaporte português para Cid. Também ontem, o tenente-coronel teve a prisão preventiva determinada por Moraes, mas o ministro a revogou an tes mesmo do seu cumprimento. Mesmo assim, ordenou que o militar prestasse esclarecimento à PF. Em nota assim que foi preso, no Recife, Gilson Machado declarou “total inocência” e se disse injustiçado. “Diante da decretação da minha prisão preventiva, venho a público reafirmar minha total inocência. Não cometi crime algum. Não matei, não roubei, não trafiquei drogas”, enfatizou. “O que fiz foi apenas pedir informações sobre a renovação do passaporte do meu pai, um senhor de 85 anos.”

 

Expectativa pela extradição – Depois de fugir do Brasil para evitar a prisão, a putada federal licencia da Carla Zambelli (PL-SP) pode ser presa nas próximas horas. Segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, as autoridades brasileiras já têm in formações sobre o paradeiro da parlamentar na Itália. “Já existe alguma ideia de onde ela esteja, e imaginamos que ela, em breve, será extraditada”, afirmou Lewandowski em um evento da Universidade Santo Amaro (Unisa), em São Paulo. O ministro disse esperar que Zambelli seja mandada para o Brasil “o mais brevemente possível”. O governo italiano informou, ontem, que a deputada está no país desde 5 de junho. Ela se beneficiou de uma brecha na burocracia da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) para entrar no território. A congressista chegou ao país às 11h40 da quele dia, poucas horas antes de a Interpol incluir seu nome na lista de difusão vermelha a pedido da Justiça brasileira. O pedido de inclusão, no entanto, havia sido feito no dia anterior pela Justiça brasileira, que também determinou a prisão preventiva da deputada.

 

Governo pagou menos de 1% das emendas – Depois de cobranças de líderes partidários do Congresso, o governo finalmente abriu os cofres e começou a pagar as emendas parlamentares apresentadas em 2025. O valor repassado, no entanto, representa menos de 1% (0,0017%) do total reservado no Orçamento deste ano: R$ 860,3 mil de R$ 50,4 bilhões. Os dados são da plataforma Siga Brasil, do Senado Federal. Do que foi reservado este ano, R$ 25 bilhões são para emendas impositivas, que o governo é obrigado a pagar. O Planalto precisará acelerar a liberação dos recursos se quiser aprovar projetos de seu interesse no Congresso, como a medida provisória (MP) que acendeu a ira de diversas áreas do setor produtivo com aumento de impostos para tentar colocar as contas públicas em ordem. Em 2023, por exemplo, os valores pagos até 10 de junho já ultrapassavam os R$ 7 bilhões. Até quarta-feira passada, data da última atualização dos dados, os parlamentares haviam apresentado quase sete mil emendas ao Orçamento de 2025, sendo que 85,7 milhões foram empenhados (reservados para pagamento).

 

Para engordar a renda – Em meio aos discursos no Congresso sobre a necessidade de corte de gastos, a Mesa Diretora da Câmara apresentou um projeto de lei que extingue a proibição do acúmulo de aposentadoria como parlamentar com o salário de cargos eletivos, em âmbitos federal, estadual, distrital ou municipal. O texto é assinado pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e pelos representantes de PL, PP, União Brasil, PT e PSD na Mesa Diretora. O projeto propõe alterar a Lei 9.506 de 1997, que criou o atual regime de previdência dos deputados e senadores. A legislação vigente diz que o parlamentar federal que tiver direito ao benefício da aposentadoria não poderá receber o pagamento enquanto estiver no mandato de deputado, senador ou outro cargo eletivo. A Câmara não informou qual será o impacto orçamentário da mudança. Caso o projeto seja aprovado, permitirá que deputados e senadores — participantes do Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC) — acumulem a aposentadoria (proporcional ao tempo de contribuição) com o salário de R$ 46.366,19, pago atualmente.

 

Fora da conta – Nas ações apresentadas ao STF, a AGU pede a autorização de crédito extraordinário para o custeio do ressarcimento às vítimas do golpe das associações. Essas despesas, propõe a Advocacia-Geral da União, ficariam de fora dos limites de gastos do governo federal previstos para os anos de 2025 e 2026.

 

Ajuda indireta – A estratégia da AGU ajuda o Ministério da Fazenda no duro debate com o Congresso Nacional sobre o equilíbrio fiscal. Uma vez que o ressarcimento aos aposentados e pensionistas é inevitável, o governo pretende assegurar algum planejamento orçamentário e evitar que o cidadão — sempre o lado mais frágil da história — não veja nunca mais os valores que lhe foram roubados.

 

Deixa eu falar – O ministro do STF Flavio Dino se manifestou ontem sobre um assunto que o ex-presidente e réu Jair Bolsonaro tentou abordar no interrogatório desta semana: críticas a segurança das urnas eletrônicas. Bolsonaro pediu para mostrar o vídeo de Dino colocando em dúvida a confiabilidade dos equipamentos eletrônicos, mas não foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes.

 

Veja bem – Na capital mineira, Flavio Dino comentou suas próprias declarações. “São fatos de mais de 15 anos, que têm sua explicação naquele momento, da tecnologia então existente, antes da biometria e de outros mecanismos de auditabilidade que foram desenvolvidos”, esclareceu.

 

As coisas mudam – Perguntado se havia mudado de entendimento sobre as urnas, Flávio Dino disse não se tratar de “questão de opinião”. “As urnas é que mudaram”, argumentou.

 

Quem diria… – Em tempos de intensa polarização, a oposição tem trabalhado para manter alguns vetos presidenciais da reforma tributária. A Frente Parlamentar do Empreendedorismo defende que o veto 3/2025 seja mantido “como forma de assegurar proteção dos consumidores, estabilidade regulatória e promoção de um ambiente propício ao desenvolvimento de energia sustentável”.

 

Sintonia – A FPE também apoia o veto ao dispositivo que exige seguro de danos estruturais no programa do governo Minha Casa Minha Vida. De acordo com o setor, a obrigação não responde às demandas do Tribunal de Contas da União (TCU) e onera os empreendimentos. Por fim, os parlamentares de oposição concordam com o veto ao artigo que restringe a assinatura avançada a contratos preliminares. Na avaliação da bancada, o item dificulta, sem qualquer benefício, a celebração de contratos no Minha Casa Minha Vida.

 

Alerta no agro – Setores do agro relatam à coluna preocupação com 2026. Eles avaliam que, em razão do custo de produção e da falta de crédito, a safra do próximo ano pode ser impactada. “Não é uma safra recorde porque não temos preço. Se o produtor colheu bem, a saca de arroz vale R$ 60, mas para pagar a produção — sem lucro — deveria ser R$ 90”, alerta uma fonte. O agravamento da situação decorre de uma quebra simultânea de safra e de renda, circunstância que não ocorria desde 2006.

 

Boas práticas – A Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig) prorrogou até 27 de junho o prazo para inscrições no Prêmio Marco Maciel — que reconhece as melhores práticas do setor de Relações Institucionais e Governamentais (RIG). A cerimônia será realizada em agosto e organizações públicas, privadas ou mistas, entidades da sociedade civil e movimentos sociais podem inscrever seus projetos em diferentes categorias. Mais informações no site da Abrig.

 

Governo quer evitar crise maior do INSS – O governo está trabalhando para evitar que o escândalo dos descontos indevidos no INSS se torne um problema ainda maior na Justiça. O plano é evitar uma onda de ações judiciais com pedidos de ressarcimento, agravando os litígios previdenciários. Segundo estimativas, nove milhões de descontos associativos foram incluídos nos pagamentos do INSS nos últimos cinco anos. Para impedir uma litigância em massa e decisões que comprometam a sustentabilidade do INSS, a Advocacia Geral da União (AGU) ingressou com ações no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedidos para o governo resolver, de maneira administrativa, o impasse com os aposentados e pensionistas. A ideia é apresentar um plano de adesão aos segurados, evitando assim conflitos no âmbito do Judiciário. “Nós confiamos que a nossa proposta vai ser muito boa. Quem teve o desconto indevido vai receber de forma prática e segura”, disse o ministro Jorge Messias. É mais uma iniciativa do governo para evitar que o desgaste provocado pelo escândalo do INSS provoque mais desgastes políticos ao governo Lula.

 

Uma imagem gerada por Inteligência Artificial (IA) — em que um jovem negro segura uma metralhadora e é observado por um policial branco — foi usada como capa do vídeo da sessão “Uso de menores por facções e falhas nas políticas socioeducativas” da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputa dos, realizada na última quarta-feira. O ministério da Igualdade Racial repudiou, por meio de no ta, a escolha da imagem por perpetuar um estigma da população negra periférica. “Não é apenas uma demonstração de racismo algorítmico, mas um desserviço à sociedade brasileira, especialmente no contexto de morte de tantos jo vens negros todos os dias. Consideramos grave que uma comissão da Casa que representa o povo brasileiro utilize uma imagem racista, reforçando ainda mais os danosos estereótipos sobre a população negra”, criticou o órgão em nota.

 

PSDB interrompe fusão com Podemos – O PSDB decidiu interromper o processo de fusão com o Podemos, que vinha sendo negociado havia meses, e responsabiliza o antigo parceiro pelo fracasso da empreitada. O principal ponto de conflito é a discussão sobre o comando da nova legenda. Em conversa nesta quinta-feira (12), a presidente do Podemos, Renata Abreu, informou ao deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), um dos principais dirigentes tucanos, que seu partido não abre mão de manter a presidência da futura legenda por ao menos quatro anos. A pessoa indicada para o posto seria a própria Renata. O PSDB vinha defendendo uma transição com gestão compartilhada, com dirigentes dos dois partidos se revezando a cada seis meses no cargo num primeiro momento, até que uma nova direção fosse escolhida de comum acordo daqui a dois anos.”Nesses termos colocados pelo Podemos a fusão não nos interessa, não pretendemos apenas entregar o PSDB para outro partido administrar. O que lamentamos é que tenha havido essa intransigência na reta final”, diz Aécio.

 

Para 36%, Janja atrapalha o governo – Centro de polêmicas durante o mandato de Lula (PT), a primeira-dama Janja da Silva tem suas ações vistas como prejudiciais ao governo por 36% dos brasileiros. Outros 14% pensam que elas ajudam a administração. Já 40% creem que Janja nem atrapalha nem ajuda, enquanto 10% afirmam não ter opinião formada sobre o assunto. Janja protagonizou diversos episódios em que foi alvo de crítica por parte de ministros, aliados e adversários de Lula, que a veem com excesso de protagonismo num governo em que ela não tem cargo ou mandato eletivo.

 

Gestão Lula é vista como pior que a de Bolsonaro – Pesquisa Datafolha revela que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva é pior avaliado que o de Jair Bolsonaro em relação ao combate à inflação e à segurança pública. No entanto, Lula supera Bolsonaro nos critérios de educação e geração de empregos. Esses dados refletem percepções distintas da população sobre as gestões, destacando áreas de preocupação e avanço.

 

Haddad ignorou pedido de bets – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ignorou um pedido formal de “reunião urgente” feito pelo setor de bets nove dias antes de o governo Lula aumentar a tributação dessas empresas. As associações citaram “profundas preocupações” a Haddad no documento enviado no último dia 2. Na quarta-feira, 11, o imposto sobre a receita das companhias de apostas passou de 12% para 18%, alíquota que valerá a partir de outubro. A iniciativa foi parte de uma medida prosivória, alternativa ao recuo do Palácio do Planalto na alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Procurada pela Coluna do Estadão, a Fazenda não respondeu. As entidades também solicitaram reuniões à presidência da Câmara e a três pastas: Casa Civil, Turismo e Esporte. O Ministério do Esporte afirmou que não tem competência para discutir a taxação de bets, e que só atua no combate à manipulação de resultados em eventos esportivos. Casa Civil, Turismo e Câmara não responderam.

A prisão injusta do General Braga Netto, mantida há quase seis meses, sem nenhum tipo de condenação e baseada em acusações frágeis, tem que acabar! Se, até mesmo, a imprensa reconhece que tal restrição de liberdade é descabida, o que falta para soltá-lo? Braga Netto não é, nem nunca foi, ameaça para a democracia.

Mourão surpreende novamente e sobe o tom pedindo nova decisão de Moraes

Os advogados do general Braga Netto pediram ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a soltura do ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro. O pedido foi feito após o militar prestar depoimento ao STF. Braga Netto negou as acusações. “Diante de todo o exposto, ratificando os pedidos já submetidos a esse STF e especialmente diante da atual