sáb, 14 de junho de 2025

Variedades Digital | 14 e 15.06.25

Fepal entrega ofício a Celso Amorim pedindo o rompimento das relações do Brasil com “israel”

Entidade também disponibilizou resumo atualizado e detalhado com os números assombrosos dos 613 dias de genocídio executado pelo regime sionista em Gaza

São 67.113 exterminados (considerando os 11,2 mil sob os escombros). Isso equivale a 3% da população de Gaza de antes do genocídio. Se fosse no Brasil, seriam 6,41 milhões de mortos. Mas, pelos critérios da prestigiada revista científica The Lancet, segundo a qual haveria mais quatro mortos para cada assassinado diretamente, poderiam ser assombrosos 280 mil mortos, sem considerar os que estão sob escombros. Isso representaria 26,8 milhões de brasileiros exterminados.

O número de crianças exterminadas é de 18.197. As desaparecidas sob escombros são 4.000. No total, 22.197 crianças assassinadas. No Brasil, seriam 2,1 milhões. Em Gaza, morreram nas mãos de “israel” 10.000 crianças a mais do que em todas as guerras no mundo entre 2019 e 2022, de acordo com os levantamentos da ONG Save the Children. Além disso, 40 mil crianças ficaram órfãs de pai ou de mãe por causa das bombas de “israel”. De pai e de mãe, foram 17 mil.

O índice de extermínio de mulheres é igualmente chocante. Contando com as 700 desaparecidas sob escombros, cuja chance de serem encontradas com vida é praticamente nula, são 13.100 pessoas do sexo feminino exterminadas por “israel” desde o 7 de outubro de 2023. Pelo menos 1.000 delas estavam grávidas. Aumentaram em 300% os abortos involuntários e, nos próximos nove meses, até 60 mil palestinas de Gaza deverão dar à luz sem as mínimas condições sanitárias, com hospitais destruídos, em barracas, sem comida ou medicamentos e na ausência de um profissional de saúde. Afinal de contas, 1.411 deles foram assassinados pela invasão sionista, 1.500 foram feridos com gravidade e 500 sequestrados e levados para os campos de concentração de “israel”.

A expectativa de vida em Gaza, que era de 75,5 anos até o início do genocídio, caiu para 36 anos (homens) e 44 anos (mulheres). Os que não morreram, estão feridos com gravidade ou mutilados (133.315). Setenta por cento são mulheres e crianças. Noventa e dois por cento das residências estão destruídas. Se o genocídio terminasse hoje, por algum milagre, seriam necessários até 14 apenas para remover os escombros de Gaza.

Esses dados assustadores, atualizados neste 11 de junho de 2025, foram apresentados na manhã de hoje pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) ao assessor especial da Presidência da República, ministro Celso Amorim, e a parlamentares, em Brasília. “É por isso que afirmamos: ‘israel’ promove contra o povo palestino o maior genocídio da história”, diz a Fepal em seu documento. “‘israel’ busca uma solução final em pleno século 21 e este é televisionado, transmitido ao vivo para os mais de 8 bilhões de habitantes do planeta.”

Levando em conta os critérios da revista The Lancet, o número de exterminados em Gaza seria o equivalente a 95 milhões de europeus durante a Segunda Guerra Mundial. “israel” despejou mais toneladas de explosivos em Gaza do que Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha fizeram sobre Dresden, Hamburgo e Londres durante aquele conflito global. São 85 mil toneladas de explosivos, uma capacidade destrutiva seis vezes maior do que a da bomba atômica lançada pelos EUA sobre Hiroshima.

“Para nós, levar ao conhecimento dos parlamentares, ministros e outras autoridades, bem como à sociedade brasileira como um todo, os dados do genocídio, é essencial para que saibam que este é o maior genocídio de todos os tempos”, diz Ualid Rabah, presidente da Fepal, que esteve no encontro. “As pessoas não sabem que ‘israel’ extermina 9.997 crianças por milhão de habitantes em Gaza, o que é 3,55 vezes mais que todo o período nazista, por exemplo. Quando elas sabem disso, entendem o que é o Holocausto Palestino. Estamos seguros que o ministro Amorim tem essa visão, mas ele precisa ter os dados precisos do genocídio.”

A audiência com Celso Amorim foi uma iniciativa da deputada Natália Bonavides (PT-RN), solicitada por deputados que pedem a ruptura de relações do Brasil com “israel”. Estiveram presentes, além de Bonavides, as deputadas Erika Kokay (PT-DF), Maria do Rosário (PT-RS), Jack Rocha (PT-ES), Juliana Cardoso (PT-SP), Jandira Feghalli (PCdoB-RJ), Luciene Cavalcanti (PSOL-SP), Fernanda Melchionna (PSOL-RS) Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e os deputados João Daniel (PT-SE), Petrus Ananias (PT-MG), Padre João (PT-MG), Helder Salomão (PT-ES), Valmir Assunção (PT-BA), Paulo Pimenta (PT-RS), Pedro Uczai (PT-SC), Nilto Tatto (PT-SP), Alexandre Lindemeyer (PT-PT-RS), Glauber Braga (PSOL-RJ) e Ivan Valente (PSOL-SP).

No final de maio, parlamentares já haviam produzido um documento pedindo “a suspensão de relações comerciais com Israel, condicionada ao cessar-fogo e à autorização de ajuda humanitária” que, segundo eles, seria “um mecanismo robusto de pressão política e econômica, que favorece o diálogo entre as nações e a busca pelo fim do conflito”. Ele foi dirigido ao presidente Lula e aos ministros da Casa Civil, Rui Costa, Relações Exteriores, Mauro Vieira, e Defesa, José Mucio.

Nesta quarta-feira, junto com o resumo sobre o terror sem precedentes estabelecido por “israel” em Gaza, a Fepal entregou a Celso Amorim um ofício pedindo ao governo brasileiro que rompa relações com a ditadura genocida israelense. O documento reconhece e agradece o governo brasileiro pela sua posição diplomática em denúncia do genocídio em curso, mas pede “que o Brasil rompa relações diplomáticas e econômicas com Israel, assim permanecendo até que este regime reconheça a totalidade dos direitos nacionais, civis e humanitários do povo palestino, dentre eles o reconhecimento de seu estado”.

O documento também pede uma ação humanitária brasileira que leve a Gaza um hospital de campanha, integrado por equipes da Força Nacional do SUS e das Defesas Civis estaduais, devidamente
equipadas, para que auxiliem no atendimento à saúde do povo palestino sob cerco e ataque genocidário há 613 dias.

Além disso, o ofício solicita o envio de uma comitiva de observadores, com técnicos e parlamentares, para documentar e registrar as condições locais para fins da já ocorrida adesão do Brasil ao pleito da África do Sul de investigação pela Corte Internacional de Justiça do crime de genocídio e para lastrear eventuais medidas jurídicas no país. Ainda pede tratamento legal especial aos parentes próximos dos brasileiro-palestinos recentemente repatriados de Gaza, para que possam reunir-se a eles no Brasil.

“Esperamos que o governo brasileiro, além de nos atender no pedido de rompimento com o regime genocida de ‘israel’, também encaminhe positivamente nossos outros pedidos, que têm intuito humanitário imediato na saúde, para salvar as centenas de milhares de palestinos feridos e doentes, no quesito dos direitos humanos, enviando delegação de parlamentares e especialistas que verifiquem os crimes israelenses no terreno, assim como para aliviar a dor dos repatriados de Gaza, que esperam poder retirar seus familiares do campo de extermínio em que foi tornada a região”, completa o presidente da Fepal.

Acesse abaixo o resumo atualizado e detalhado com os dados chocantes desses 613 dias de genocídio em Gaza. Acesse também, em seguida, o ofício entregue pela Fepal ao governo brasileiro.

 

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