Hoje, o Brasil celebra o Dia Livre de Impostos, uma mobilização nacional que escancara o peso insustentável da carga tributária que sufoca empreendedores, comerciantes, trabalhadores e toda a sociedade produtiva. É o dia em que o cidadão brasileiro vê, na prática, a diferença brutal entre o valor de um produto sem impostos e o preço final inflado pelo apetite insaciável do Estado.
A ironia amarga é que, justamente neste dia simbólico, ocorre a reunião de líderes da Câmara para discutir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), um novo golpe contra quem produz, empreende e gera empregos neste país. E mais: ao invés de derrubar imediatamente esse decreto abusivo, a cúpula do Congresso resolveu conceder mais 10 dias para o governo apresentar uma alternativa.
O que isso significa, na prática? Dez dias a mais de confisco sobre o setor produtivo brasileiro. Dez dias em que comerciantes, empresários, agricultores, transportadores e profissionais de todos os setores continuam pagando por um governo que não corta gastos, não faz a lição de casa, não aperta a própria máquina, mas aperta, sem piedade, o bolso de quem trabalha.
Não estamos falando de uma medida isolada. A reação foi imediata e contundente: 12 frentes parlamentares se posicionaram contra. Todas as grandes confederações do setor produtivo – comércio, indústria, agropecuária, serviços, seguros – emitiram notas de repúdio exigindo a derrubada imediata desse decreto. O Brasil produtivo disse não. A sociedade disse não.
Por isso, nosso mandato, em nome de toda a sociedade, apresentou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para sustar esse verdadeiro atentado contra quem movimenta a economia brasileira. É inaceitável que o governo, que já demonstra total incapacidade de gerir os recursos públicos com responsabilidade, siga punindo justamente quem produz riqueza neste país.
Um governo que gasta mal, que alimenta uma máquina inchada e ineficiente, não tem o direito moral nem econômico de impor mais um centavo de imposto sobre o povo brasileiro. Não merece um dia sequer a mais de imposto extra.
O recado precisa ser claro: o caminho não é confiscar mais. É promover uma ampla reforma administrativa, cortar gastos, combater privilégios, enfrentar a má gestão e promover reformas que desonerem quem trabalha e empreende.
O Brasil produtivo não aguenta mais carregar nas costas um governo gastador. O Dia Livre de Impostos não é apenas uma data simbólica. É um grito de basta.
Deputado Federal Zucco (PL-RS)