qua, 28 de maio de 2025

Variedades Digital | 24 e 25.05.25

O jogo dos sete erros: o desastre do aumento do IOF e a luta da oposição para revogá-lo

Deputado Federal Zucco - Foto: Cedida

 

O Brasil assistiu, estarrecido, ao anúncio do aumento do IOF feito pelo governo no último dia 22 de maio. Uma decisão tomada de forma unilateral, sem diálogo com o setor produtivo, com o Congresso Nacional ou com a sociedade. Um verdadeiro ataque à economia, à competitividade e ao bolso de quem trabalha e produz no país.

O impacto foi imediato: disparada do dólar, queda da bolsa e reação de repúdio de todos os setores. Diante desse cenário, o deputado federal Zucco (PL-RS) apresentou o Projeto de Decreto Legislativo nº 214/2025, que susta os efeitos desse aumento abusivo e inconstitucional. A proposta já conta com amplo apoio de 12 frentes parlamentares e de todas as grandes confederações empresariais do país, como CNI, CNA, CNC, CNF, CNseg, OCB e Abrasca. Agora, precisamos avançar nas assinaturas para o requerimento de urgência e levar a proposta para votação direto no plenário. A cada dia que passa é um dia a mais de confisco sobre os setores produtivos.

O Jogo dos Sete Erros do Aumento do IOF

🔴 Erro 1 – Improviso absoluto
O governo surpreendeu mercado, indústria, comércio, agronegócio e até o próprio setor financeiro, sem qualquer aviso, debate ou análise técnica. Uma medida puramente arrecadatória e arbitrária.
🔴 Erro 2 – Confisco disfarçado de política fiscal
O objetivo não é outra coisa senão tirar dinheiro do setor produtivo para tapar o rombo das contas públicas. Não há contrapartida, nem política pública, nem estratégia econômica.
🔴 Erro 3 – Contradição com a reforma tributária
Logo após o Congresso aprovar uma reforma com a promessa de simplificação e redução de impostos, o governo rasga o espírito da reforma e, por decreto, aumenta impostos, traindo a confiança da sociedade e do próprio Parlamento.
🔴 Erro 4 – Ataque ao setor produtivo
O aumento do IOF encarece o crédito, sufoca empresas, inviabiliza investimentos e penaliza quem gera emprego. Micro, pequenas e médias empresas, agronegócio, indústria e exportadores são os mais afetados.
🔴 Erro 5 – Amadorismo fiscal
A reação do mercado foi devastadora. O governo precisou correr para redesenhar a medida, expondo seu improviso, sua fragilidade técnica e sua total desconexão com a realidade econômica.
🔴 Erro 6 – Insegurança jurídica e instabilidade econômica
Aumento de impostos por decreto, no meio da regulamentação da reforma tributária, gera pânico no mercado e desestimula investimentos, nacionais e estrangeiros.
🔴 Erro 7 – Destruição da confiança
O IOF turbinado é um recado claro: o governo não tem compromisso com a previsibilidade, nem com a responsabilidade fiscal. Quando a confiança quebra, quebra junto a economia.

O que muda na prática?
• IOF no crédito PJ: de 1,88% para 3,95% ao ano.
• Pequenos negócios (Simples Nacional): IOF dobra em empréstimos até R$ 30 mil.
• Câmbio em espécie: salta de 1,1% para 3,5%.
• Forfait (exportação): passa de 0% para 3,5%, prejudicando diretamente quem exporta.
• VGBL (previdência privada): taxa de 5% para aportes acima de R$ 50 mil mensais.
• “Risco-sacado” e cooperativas acima de R$100 mi/ano passam a ser tributados.

Por que o PDL é necessário?

O IOF tem natureza extrafiscal, ou seja, deve servir para regular setores específicos da economia, e não para arrecadar de forma permanente. Quando o governo utiliza esse imposto como instrumento arrecadatório, pratica desvio de finalidade, confisco disfarçado e afronta a Constituição.

O Congresso já está mobilizado. E o Brasil inteiro também.

Com o apoio massivo de 12 frentes parlamentares e de todas as confederações nacionais que representam a indústria, o comércio, o agronegócio, os serviços e o setor financeiro, o Congresso se prepara para derrubar esse decreto abusivo.

O recado é claro:
👉 Tolerância zero com aumento de impostos.
👉 O setor produtivo não aceita pagar a conta da incompetência fiscal.
👉 O Brasil quer previsibilidade, segurança jurídica e respeito à Constituição.

A batalha contra o aumento do IOF não é apenas técnica, é uma luta política, econômica e, sobretudo, uma defesa da liberdade econômica e do futuro do país.

O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta, vai receber uma comitiva de deputados da oposição às 16h para tratar de pautas de interesse do grupo parlamentar. O encontro vai acontecer no gabinete da presidência.

Liderança da Oposição na Câmara dos Deputados

Do celeiro do mundo ao pão nosso de cada IOF

Do celeiro do mundo ao pão nosso de cada IOF Não é novidade para ninguém que um aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) impacta o produtor rural de forma bastante direta, principalmente porque ele depende fortemente de operações financeiras para conduzir suas atividades. Mesmo que haja isenções ou alíquotas reduzidas para algumas operações específicas do agronegócio (como o crédito