O governo tentou, mais uma vez, enganar o povo brasileiro. No anúncio do aumento do IOF, o ministro da Economia, Fernando Haddad, afirmou, de forma leviana, que a medida não teria impacto sobre pessoas físicas. Disse que afetaria apenas operações específicas envolvendo empresas. A verdade, no entanto, é bem diferente — e é meu dever escancarar isso para todos os brasileiros.
O aumento do IOF atinge, sim, diretamente o cidadão comum. Quem faz compras internacionais no cartão de crédito, quem adquire moeda estrangeira para viajar, quem investe em previdência privada — como os planos VGBL, especialmente aqueles com aportes mensais mais robustos — já está sentindo no bolso esse golpe do governo.
Mas não para por aí. Esse aumento encarece também o crédito, o financiamento, os custos para quem empreende e gera empregos no Brasil. E quando o custo sobe para quem produz, essa conta chega, inevitavelmente, à ponta. Chega ao consumidor. Chega ao trabalhador que luta, todos os dias, para manter seu sustento, sua família e sua dignidade em meio a uma inflação sufocante, salários corroídos e endividamento crescente.
Haddad mentiu. Tentou esconder da população o real impacto dessa medida, que nada mais é do que um confisco disfarçado de ajuste fiscal. Uma decisão que, na prática, representa um assalto contra quem trabalha, produz e empreende neste país.
Diante desse absurdo, eu não me calei. No mesmo dia do anúncio, protocolei um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para sustar integralmente os efeitos desse aumento do IOF. Essas medidas não se sustentam. Elas não têm respaldo técnico, jurídico nem econômico. São um golpe contra o setor produtivo e contra a população brasileira.
Além disso, protocolei imediatamente um requerimento de convocação do ministro Fernando Haddad, que terá que ir ao Parlamento explicar essa barbeiragem — uma manobra tão desastrosa que, poucas horas depois da repercussão negativa, obrigou o próprio governo a recuar de parte das medidas anunciadas.
Mas deixo aqui muito claro: não aceitaremos recuos parciais. Não aceitaremos migalhas. O recuo tem que ser total. Nenhuma dessas medidas pode permanecer de pé. Nenhuma.
O Brasil não aguenta mais ser governado por quem joga nas costas do trabalhador, do empreendedor e da classe média o peso da sua própria incompetência. O cidadão não suporta mais ver seu dinheiro ser confiscado, seu poder de compra ser esmagado e seu futuro ser comprometido por decisões irresponsáveis, tomadas por quem deveria, na verdade, estar estimulando o crescimento, o desenvolvimento e a geração de empregos.
Esse aumento do IOF é criminoso do ponto de vista social, moral e econômico. É um ataque frontal contra quem produz, contra quem trabalha e contra quem sonha com um Brasil melhor. Por isso, reafirmo meu compromisso: seguirei na linha de frente, lutando dentro e fora do Parlamento, para barrar esse confisco, defender a nossa economia e proteger o povo brasileiro dos sucessivos golpes deste governo.
Deputado Federal Zucco (PL-RS)
Líder da Oposição na Câmara dos Deputados