No coração de Gislaine Amaral pulsa um amor que não conhece limites biológicos. Mãe de três filhos – Pedro, de 24 anos, e as gêmeas Thais e Beatriz, de 10, ela vive intensamente os desafios e as alegrias da maternidade, construída com escolhas corajosas e afeto incondicional.
Pedro chegou em sua vida com apenas 10 dias de idade. Foi ali que ela começou, como ela mesma diz, “sem saber nada”, a aprender na prática o que é ser mãe. As gêmeas vieram anos depois, já com um ano e meio, em um processo de adoção marcado por persistência e amor. “Eu falei para a moça que cuidava delas na Casa de Acolhimento: ‘Eu volto para buscá-las’. E fui. Porque era pra ser”, recorda Gislaine.
Após a separação, Gislaine criou os três sozinha. O apoio veio da irmã e das sobrinhas, mas o dia a dia foi desafiador. “Eu trabalhava, cuidava deles sozinha e não sei como consegui passar por tudo”, desabafa. Perdeu a mãe no meio do caminho, o que tornou tudo ainda mais difícil. “Ela era meu esteio. Fiquei sem chão, mas a gente tem uma força que nem sabe que tem”, afirma com emoção.
Hoje, Pedro mora em Santa Maria, cursando Filosofia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e as meninas não desgrudam da mãe. “Elas estão sempre perto, uma senta do lado, a outra grita do outro. É uma ligação impressionante”, conta com carinho. Para ela, o amor de mãe do coração é o mesmo: “É um destino. O filho chega em ti. Porque é pra ti.”
No Dia das Mães, Gislaine celebra com lágrimas e aconchego. “É um dia feito pra mim e pra eles. Um dia iluminado”. E deixa uma mensagem poderosa para todas as mães solo: “Nunca desistam. A gente é mais forte do que imagina. O amor deles é o que nos sustenta.”
Mais do que uma história de adoção, a trajetória de Gislaine Amaral é um retrato do que significa ser mãe: estar presente, amar sem medida e resistir com coragem, mesmo nos dias mais difíceis. Uma mãe que escolheu, insistiu, cuidou e, acima de tudo, amou todos os dias, em todos os momentos.